17. Tudo às Claras

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ANNA

Eu adorava o domingo, ir à missa pela manhã era o melhor jeito de começar o dia, principalmente quando era do Pe. Justo, que também celebrava as missas no palácio. Eu tinha a sensação que tinha dedo do vovô nisso.

— Eu nunca vou esquecer aquela sua homilia, padre. — eu falava com ele no corredor após a missa. — Coragem e paciência. Suas palavras salvaram minha vida.

— Palavras do Senhor, Anna, Ele sempre sabe o que você precisa ouvir. —respondeu sabiamente.

— É a sabedoria da qual o Senhor falou na missa de hoje. — lembrei.

— De fato. Um pai tem sabedoria que seu filho ainda não entende quando pequeno. E nós somos bem pequenos, Princesa Anna.

Eu sorri.

Depois de me despedir do padre fui para o meu quarto conversar com as meninas enquanto esperava a hora do almoço. Íris infelizmente e felizmente decidiu não ficar comigo, ela estava certa em se preocupar com sua segurança. Estavam comigo agora Odette e Miranda.

— O que vocês acham de almoçar comigo hoje? — perguntei. — Eu queria conhecê-las melhor.

— Alteza, não é apropriado. — disse Odette.

— Eu posso reservar uma sala de jantar fechada, e então iremos nós três, o que acham?

— Mas os outros não vão estar. — disse Miranda.

— Eu almoço com eles todos os dias, aposto que não vão se importar se hoje eu almoçar separada.

Elas apenas assentiram parecendo não acreditar que eu realmente faria aquilo.

Eu levantei da cama e peguei uma caixinha no guarda roupa. Sentei na mesa que havia ali e convidei elas para sentarem comigo, elas já estavam ficando acostumadas com isso. Quase não faziam nada para mim além de companhia.

— Vou aproveitar esse tempo livre para fazer minhas unhas. — abri a caixinha com os esmaltes.

— Alteza, há um grande salão de beleza no palácio para serví-la.

— Eu sei, eu sei. Ainda vou usá-lo muito, tenho certeza, mas hoje tenho tempo para fazer eu mesma. Ah, eu posso fazer a de vocês também. — sorri animada e elas deixaram.

Eu aproveitei a manhã com elas duas, conversamos bastante. Eu esperava que no futuro pudéssemos nos tornar amigas.

Perto da hora do almoço, Gabriella bateu na minha porta, ela vinha fazendo aquilo quase todos os dias.

— Anna, almoço, vamos.

— Ah, eu não vou comer no salão hoje, na verdade. — expliquei.

— Por quê?

— Vou comer com as meninas.

— Que meninas?

— Essas meninas. — apontei para as duas ao meu lado.

— Está tentando fazer amizades novas? Eu sou só um acessório para você? — ela brincou fingindo um drama.

— Alteza, você está mais do que convidada a se juntar a nós. — falei.

— Eu aceito o convite, alteza. Vou chamar as minhas meninas também já que é para ser assim. Você tem cada uma, Anna. — ela riu e saiu do quarto.

Na hora do almoço fomos para uma das salas, com lugar para 7, já que Gabriella havia convidado três de suas meninas.

— Anna, já vou avisando, depois do almoço vou te esperar na piscina, não quero desculpas. — ela disse assim que sentamos. Aquilo era um problema, havia um complicação para mim ao ir em lugares como piscinas ou praias.

Flor De Um Reinado: Convertei-vosOnde histórias criam vida. Descubra agora