25. O Primeiro Amor

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ANNA

— Eu estou bem, vovô, eu juro.

— Você jura?

— Eu juro.

— Esses desgraçados, eles ainda vão pagar por tudo que fizeram a você. Só fiquei sabendo disso agora de manhã, seu pai escondeu de mim.

— Ele fez bem, o senhor não tem que se preocupar.

— É impossível com minha netinha do outro lado país correndo perigo. Tem certeza que não quer voltar?

— Não, não quero. Sei que devo ficar aqui. Não se preocupe, vovô, tudo acontecerá de acordo com a vontade de Deus. Ele já falou comigo aqui, sei que vai ficar tudo bem, talvez aperte um pouco, talvez minha fé falhe um pouco, mas sei que Ele está comigo, é o suficiente.

— Que bom, querida. Fico contente que pense assim. Vou deixar você ir agora.

— Bom dia, vovô. Te amo mais que flores.

— Bom dia, meu anjo

Eu desliguei a chamada. Alice estava sentada na minha frente.

— Vai se atrasar para o café da manhã. — ela disse.

— Fazia tanto tempo que não falava com meu avô. Olha, minha mãe está ligando também.

Atendi a ligação.

— Anna, bom dia.

— Bom dia, mãe, como tem estado?

— Vou bem, ficamos sabendo da explosão. Fico feliz que esteja bem, mas estou ligando porque seu pai irá te ligar em poucos minutos. Ele quer que você volte, está assustado por causa da explosão, tente acalmar ele, Anna, você deve permanecer aí.

— Eu sei.

— Aproveito essa ligação para dizer que você foi muito bem na iniciação, agiu de maneira firme, fiquei satisfeita.

Um sorriso brotou no meu rosto, Alice até estranhou.

— Sério, mãe? Que bom, eu fico realmente feliz que tenha aprovado, vou tentar agir melhor nas outras vezes.

— Não espero diferente de você. Eles querem provocá-la, Anna, não caia nisso.

— Não vou cair.

— Vou desligar agora, não esquece do que lhe falei.

— Certo.

Desliguei a chamada.

— Você rindo enquanto fala com sua mãe, isso é novidade.

— Ela gostou da minha atitude na iniciação.

— É claro que gostou. Anna, você já está atrasada para o café, é melhor ir agora.

Meu celular começou a tocar de novo, era o papai. Mostrei a tela do celular para Alice e atendi.

— Filha.

— Bom dia, pai, como o senhor está?

— Estou preocupado, Anna, com você. Sua mãe tem tentado me convencer desde ontem a te deixar aí, mas eu não sei mais se vale a pena o risco.

— Papai, eu sei que a explosão lhe assustou, mas eu já estou acostumada com isso. Mesmo aí há ataques constantemente, e a escola é tão protegida quanto o palácio, senão mais. Sim, há rebeldes, mas não é diferente daí. Nem temos como saber se aquele ataque foi mesmo para mim, eu que inventei de ir no salão de baile durante o café da manhã.

Flor De Um Reinado: Convertei-vosOnde histórias criam vida. Descubra agora