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Parte 1/2

Cecília ♟️

o dia em que eu mo...

(…)

Os dias foram passando bem devagar essa semana, a ausência do meu pai em um casa, minha mãe estressada por isso eram coisas que me faziam ficar mal.

Meu pai estava em falta aqui com a gente, vivia na boca, correndo pra cima e pra baixo, e eu aqui sem entender nada, e sem falar também, até porque ele me passou a senha daquele cofre, mas eu nem imaginava onde ele ficava.

Deco : Fala minha linda. -Entrou me beijando e eu até estranhei, mas sorri com a presença dele ali perto de mim. -Bora pegar sua mãe e da um giro, nosso dia hoje.

Cecília : Não vai voltar pro trabalho hoje? -Perguntei e ele negou, olhando pra porta, vi tristeza no fundo dos olhinhos dele.

Deco : Não mais, meu único interesse é vocês. -Beijou minha testa e saiu, ligando pra minha mãe, que estava no studio.

Me ajeitei a a gente saiu, fomos buscar ela de carro e a gente foi sentar em um barzinho, ele pediu umas coisas, mas o clima tava meio estranho e pesado ainda.

Deco : Sei que eu tô no erro com as duas, mas é um lance fora do meu controle, as duas são os amores da minha vida, sem caô. -Segurou a mão da minha mãe e olhou pra mim. -Luto pelo seu futuro, meu bem, te quero fornada, feliz, com alguém que te mereça, espero que você siga os caminhos da tua mãe, mulher forte, verdadeira, honesta...

Não tava entendendo legal, mas preferi só me encostar mais nele, pra sentir o cheiro dele ali, pertinho de mim.

Madu : Eu fico estressada porque eu te amo, eu sinto tua falta, com a gente. -Murmurou e ele beijou a cabeça dela, abraçando de lado também.

Deco : Eu também te amo, um dia vocês vão entender, o porque eu faço isso, por vocês. Só guarda na memória e no coração, tudo o que a gente já viveu, tô triste e lembro de vocês, só fazer isso, vão me sentir com vocês também, mermo se eu tiver longe.

Me deu um aperto tão grande no coração, a gente foi comendo e eu só reparando na felicidade dos dois ali na minha frente, relembrando várias parada da juventude deles.

Deco : É o que eu te falo, neguinha, vida de festa, balada, é boa, até a gente encontrar quem faz nosso coração bater mais forte, quem a faz a gente querer evoluir, aprender, quando tu tiver interesse em alguém, vê suas vontades primeiro, suas prioridades, te quero feliz, da mesma forma que eu sou com sua mãe.

Cecília : Vocês são lindos. -Olhei toda orgulhosa pra eles, que deram um selinho, sorri.

Continuei comendo e ficou tudo certo, até o celular do meu começar a tocar desesperadamente, não deu outra, pros fogos serem lançados.

Deco : Amo as duas pra sempre, pô. -Levantou, abraçou minha mãe, ficou um tempinho com ela ali, beijou a cabeça dela e se virou na minha direção, me abraçando. -Cuida dela por mim, ela vai te pedir pra ficar sozinha nos momentos de crise dela, mas não deixa, permanece ali em silêncio. Você é forte, linda, o mundo é seu minha filha, conquista ele por nós.

Falou tudo muito rápido e baixo no meu ouvido e eu comecei a chorar, sem parar, minha mãe tava tremendo, ele voltou e parou na frente dela.

Deco : Dezoito anos e eu continuou sendo apaixonado, da mesma forma que eu era naquela época, te amo minha vida, fica com Deus e fica forte.

Madu : Não, amor...por favor, não vai. -Ele sorriu e só olhou pra gente.

Deco : Preciso defender meu morro, é a casa de vocês, amo as duas, não esquece, segue essa meta, as duas. Não quero vocês juntas no momento da invasão, tá? Cada uma em um canto, com os menor.

Deu dois beijos rápidos na gente e saiu correndo, só ouvi ele mandando radinho pros meninos pegarem a gente aqui.

Abracei minha mãe de lado e não demorou pros meninos chegarem, foram subindo com a gente, falei com ela rápido, antes de separaram a gente, me levaram pra um esconderijo e ela pra outro.

Foram horas de tiroteio, começou a chover e fazer muito barulho e os meninos foram ver, continuei sentada no chão, até ouvir os disparos pararem.

Levantei em um reflexo rápido e fui me afastando pra trás, quando percebi que forçavam a maçaneta, fui encostando na parede e quando ela abriu, eu vi o Max, com uma glock na mão.

Comecei a tremer, com medo e negando com a cabeça, enquanto ele me olhava sem reação nenhuma.

Max : Calma, calma. -Falou e eu neguei com a cabeça, com medo, lembrando daquele homem que é pai dele.

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