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Cecília 🇧🇷

Hoje tinha sido a conversa da Jade com o delegado e aparentemente tudo havia dado certo, mas infelizmente ela precisou passar por diversos questionamentos, o porque de não ter falado nada antes.

O pai dela estava solto e pela lógica era pra ela ficar com a vó, mas aqui era mais seguro, pelo menos até conseguirem prender o pai dela. Saber que o tio Coringa e a tia Lu se importavam com ela me deixava bastante confortável.

Vi meus pais chegando do serviço e fui pra cozinha passar o café, eles entraram me dando beijos e eu fiquei ali conversando com eles.

Cecília : Sabe pai, eu achei muito estranho o Henrique sair assim...ir embora dessa forma, sério mesmo que o senhor não sabe de nada? -Perguntei meio xoxa e ele negou, colocando o pão na boca.

Deco : Pô neguinha, tem lance que não dá pra entender né. -Minha mãe olhou pra ele mas eu nem insisti no assunto.

Madu : Hm. -Apontou pra mim. -Amanhã tem horário vago la no studio, se quiser ir fazer a tatuagem. -Fiquei animadinha e o meu pai me olhou de canto.

Deco : Outra? -Perguntou e eu gargalhei concordando, passando requeijão no meu biscoito.

Eu tenho três, uma é a assinatura do meu vô. Ele é meu tudo, pai do Heitor, sempre me deu toda atenção do mundo e sempre me mimou mais que tudo.

A outra eu fiz com os meus pais, nós três temos São Jorge na costela, desde novinha eles sempre me ensinaram a pedir proteção pra ele.

Ai logo em seguida veio a borboleta com uma cobra, idêntica a da minha mãe. Mas a de agora vai ser pro meu anjo da guarda...pro Max, eterno na minha memória e na minha pele.

Cecília : Vou assistir jogo com os meninos no bar. -Falei jogando meu café por cima. -Vamo comigo?

Deco : Se der mais tarde a gente brota, cachorra da tua mãe ta me devendo uma... -Ela bateu no ombro dele, antes do mesmo terminar de falar e eu ri negando com a cabeça.

Madu : Ridículo você, papo reto, Luan. Enche a porra da boca de comida.

Terminei de tomar meu café e subi pra tomar banho, vesti a blusa com o vulgo do Henrique que eu tinha roubado dele e amarrei pra ficar bem piriguete.

Passei as corrente de ouro com o vulgo do meu pai e calcei minha kenner branquinha. Joguei meu perfume no pescoço e desci as escadas correndo. Nem avisei meus pais porque eles estavam no banho e eu imaginei a putaria dos dois.

Fui descendo o morro falando com os crias e parei na esquina da casa da tia Lu. Heitor apareceu do meu lado com a blusa dele do Vasco e eu fiz careta.

Ai logo em seguida desceu o Gui, a Jade e o Rian, os três estavam com a blusa do galo e eu só observei, principalmente a Jadoca.

Cecília : Sofredora desde quando? -Perguntei no deboche e ela fez a mesma cara pra mim, colocando a mão na cintura.

Rian : Deixa de recalque, só entra pra família quem é galo doido. -Bateu na minha testa. -Tamo ensinando pra Jade o que é bom gosto e tu nessa onda errada ainda.

Da tropinha só eu e o Henrique éramos flamenguistas, então a gente sempre arrumava alguma confusão ou aposta com os meninos.

Mas a Jade nem sabia nada de futebol, não ligava...pra falar a verdade eu também não, eu torcia bastante, sabia o básico. Mas do jeito que ela tá grudada no tio Coringa certeza que ele vai fazer a garota se tornar fanática.

Descemos pro bar na maior zuação e eu mandei um vídeo nosso pro Henrique, mostrando a blusa dele no meu corpo.

• whats
Henrique : kkkkkkkkkkkkkkkk até a Jade?
ta gata demais, manto ficou ainda mais lindo em você 😍😍😍 agora desamarra a blusa e tampa o shorts pra bunda não ficar de fora

Cecília : ovo mole? se manca ovo mole.
Kkkkkk vou guardar o celular, tenta não sumir.

Henrique : jae neguinha, nós sempre.

whats

Pedimos uma grade de cerveja e ficamos só nós ali assistindo o jogo. Guilherme e Jade pagando de casal em um modo absurdo e o Rian como sempre, enchendo a paciência de todos.

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