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Rian 😜

Papo reto, cheguei na praia triste. Sou nada sem a Cecilião, única que abusa dos cara comigo sem caô nenhum.

Eu logo fui jogar altinha com os cara, mas depois fui ficar de boa e peguei uma água de coco.

Os cara começaram a chegar e eu continuei quieto na minha, até fechei o olho e coloquei o óculos pra fingir que tava dormindo.

Mas ai eu parei de caô, falei com uns caras e uns que tava longe eu nem dei ideia. Só levantei e fui andando.

Max : Rian. -Me chamou e eu olhei pro lado e fiz um toque com ele. -Tu sabe da Cecília?

Rian : Pô, olha aqui no meu bolso. -Falei de zueira e ele riu entre os dentes. -Ta no morro, clima tá tenso entre os brodi hoje.

Curto muito minha vida, bota fé. Acho que vivo da melhor forma possível e sou grato por isso. Minha mãe é médica, gatíssima minha princesa e meu pai é chefe da facção.

Única coisa ruim que ele me deu foi o Guilherme como irmão, papo reto, cara chato pra caralho, amo ele, principalmente quando ele não tá em casa.

Heitor e Henrique são meus primos, gosto muito dos dois, mas eu fecho parceria mesmo é com a Cecília, papo reto, amo aquela maldita mais que tudo nessa vida.

Nem tinha que ter vindo nessa praia. Fazer o que? Fumar? Beber? Se for pra fazer isso eu faço sozinho em casa, se a Ceci estivesse aqui e a gente já tava fazendo o estrago juntos.

Mas eu brisei mermo na novinha que tava passando, sem caô, linda demais, tava com as amigas, parecia que era a mais nova ali.

Elas passaram olhando e eu encarei ela, que deu um sorrisinho, pisquei de volta pra ela que negou com a cabeça rindo, falando com as outras, esquece né, o pai encanta todas.

Heitor : Po Rian larga de ser cuzão, vem fechar o time. -Só neguei com o dedo e fui acompanhado a gatinha com o olhar.

Ela abriu a canga e ficou la com as amigas, mas ai eu parei de gadiar e fui jogar com os cara.

Rian : Sabe jogar não, buceta? -Falei quando o Guilherme perdeu o toque da bola de novo.

Gui : Tu só sabe reclamar, né. -Falou e eu concordei, pegando a bola de novo.

Rian : Ou seja, melhore pra eu não ter o que falar.

Foi dando a tardinha e a galera que tava indo embora e outra chegando, pra aproveitar o vento fresco, me amarro nessa, de passar o dia todo aqui, trás paz.

Mas ai o movimento começou a ficar estranho, percebi de longe, mas já comecei a da ideia nos cara pra gente ir.

Não deu outra, começou a ter arrastão e eu só fui vendo a galera começar a correr pra pra orla. A gente foi saindo na mesma hora e os cara nem perceberam que eu não fui com eles, parei quando eu vi a menina de mais cedo machucada, tava sangrando, ai eu me aproximei dela e das amigas.

Rian : Pô qual foi. -Agachei perto dela, que tava encostada em uma cadeira. Tava sangrando o braço e a coxa, parecia facada

-Eu não tô conseguindo falar com ninguém, Anna. -A outra falou desesperada com o celular na mão, ai que ela se tocou que eu estava ali. -Deram uma facada nela, e...

Rian : Bora levar ela pro hospital, tem um aqui perto. -As outras duas confirmaram. -Não consegue levantar ne? -Ela negou, quase chorando de dor e eu peguei ela no colo.

As duas vieram atrás, no telefone ainda e eu tentei ser mais rápido, indo com ela mais a frente. A gente chegou no hospital e já vieram atender ela, levaram ela pra dentro e eu fiquei na recepção.

Rian : Alguma de vocês tem dezoito? -Perguntei e uma confirmou. -Acho que vai precisar pra preencher as parada.

-Eu sou prima dela, nossa de verdade muito obrigada, eu não tava conseguindo pensar direito.

Rian : Não tem estresse, levaram o que de vocês? -Perguntei enquanto ajeitava a mochila nas costas.

-Celular da Anna e a minha carteira. -A outra respondeu e eu só concordei quieto.

Deu um tempo e a recepcionista chamou pra perguntar se ela iria ficar ali mesmo, porque teria que fechar a conta, elas estavam sem nada, por conta do assalto, ai eu fiz o pix e foram atender a menina da forma certa.

Passou um tempinho e a enfermeira liberou pra irem vê ela, disse que não foi nada demais, só deu ponto na garota e ela teria que tomar soro. Ai as meninas falaram que se eu quisesse eu podia entrar, então eu fui.

Rian : Por que você não correu garota? -Perguntei e ela riu fraquinho, negando com a cabeça. -Vai ficar aqui até amanhã com esse soro pingando pouco, tu vigia a enfermeira ai na porta que eu vou abrir mais o carai desse trem.

Ela riu e eu fiz a parada lá, pro soro pingar mais rápido, sentei ali na poltrona do lado dela, que veio perguntar meu nome, agradecer, essas parada.

Rian : Seu nome Ana, né? -Ela confirmou e eu fiquei ali de boa. Ia esperar ela receber alta pra pedir um carro e deixar elas em casa.

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mãe 🤍 : Rian filho da puta onde você tá??? Me atende meu filho, eu tô preocupada com você. Por que você não chegou aqui com o seu irmão???

Rian : Tô com a sua nora mãe, relaxa.

mãe 🤍 : Para de graça agora, me fala logo onde você ta, que raiva Rian, que raiva. Você e seu irmão, vão ficar sem sair por tempo indeterminado, tá entendendo? Por ele ter te esquecido e você por não me da noticias.

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Eu contei a história toda pra ela e até mandei uma fotinha com a Ana, mas irmão, deu nem vinte minutos e o furacão chegou.

Luiza : Eu vou te matar, Rian. -Entrou no quarto e eu levantei, ela já veio pra cima me descendo o tapa. -Você acha que eu sou obrigada a ficar passando por isso, né garoto? -Estalou a mão no meu ombro e eu passei a mão.

Rian : Para de fazer isso na frente da garota mãe. -Eu ri. -Desse jeito ela vai achar o que de mim?

Luiza : Que você é um irresponsável por não me avisar onde tá, eu pensei que você tivesse morrido naquele arrastão.

Rian : Morri de amor mãe, relaxa. -Ela parou de falar comigo e foi falar com a Ana.

Perguntou dos pais e ela disse que não tinha, morava com a tia que tava viajando, mas falou das primas.

Luiza : Tudo bem, eu vou conversar com a médica que te atendeu, no seu retorno eu vou te transferir pro hospital onde eu trabalho, pra vocês não precisarem se preocupar com as contas.

Ana : Não precisa se preocupar, de verdade. O que o Rian fez já tá se ótimo tamanho.

Ela negou com a cabeça e saiu do quarto, provavelmente teria ido com com a doutora.

Anna : Sua mãe é linda, de verdade. -Eu concordei.

Rian : Ela é malucona, mas é gente fina. No outro hospital acredito que vai ser melhor, ela é a médica chefe lá, vai conseguir te da uma atenção maior.

Ela concordou, mas minha mãe logo voltou me mandando ir embora pra casa, por conta de caô do meu pai, mas falou que ia ficar com a Ana até a alta sair, pra ela levar ela pra casa.

Rian : Vou obedecer a ordem patroa antes que de ruim pra mim. -Ela riu. -Mas então fica nessa, qualquer lance tu fala que a gente dá um jeito.

Anna : De verdade, muito obrigada. Não sei o que seria se você não tivesse lá. -Eu pisquei e sai de lá, falei com a minha mãe e quando eu saí do hospital vi o segurança do meu pai me esperando.

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