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Ai gente, papo reto, não vou ficar me matando pra fazer maratona, escrever capítulo com tanto carinho pra vcs, pra ninguém engajar, ninguém fazer nada. Tô tendo vários compromissos esse ano e não deixo vocês, tão assim por que?

Se não estiverem gostando de alguma coisa, chega e fala diretamente comigo, me manda uma mensagem, geral sabe que eu escuto. E se não tiver gostado, não lê, não precisa ficar comentando umas coisas desnecessárias pra eu lê não.

Maratona 1/3

Cecília 🇧🇷

Acordei bem cedo e fui pra minha casa, tava me arrumando pra escola quando a tia Lu me ligou desesperada, dizendo que haviam ligado do hospital.

Já comecei a ficar nervosa com a situação e nem peguei bolsa, só desci até a casa dela, que tava entrando no carro, com o tio Coringa e o Rian.

No caminho eles me disseram que a Jade não iria pra escola hoje, por medo dos pais procurarem ela, mas o Guilherme tinha saído pra academia e de lá ia pra escola, como sempre.

Assim que a gente chegou eu vi a moto do meu padrinho estacionada, meu coração tava desesperado, só de pensar em qualquer em relação ao meu pai.

A gente passou pela recepção e seguimos pro carro, me aproximei da minha mãe que tava sentada na poltrona, beijei a cabeça dela pedindo bença e olhei pra ele ali, que tava com os olhos fechados ainda.

Meus padrinhos estavam do lado e por incrível que pareça, o Henrique também, e eu não tava entendendo nada.

Cecília : O que aconteceu em? -Perguntei com medo da resposta, ainda apoiada nos ombros da minha mãe.

Júlia : Amor. -Se aproximou de mim. -Preciso que você fique calma com o que eu vou te falar. -Olhei pra ela, que colocou o meu cabelo pra trás. -Os médicos identificaram alguns movimentos, nessa madrugada...um progresso, eles acreditaram que seria algo positivo e foi, claro, porém voltou a estaca zero, agora a pouco.

Soltei minha respiração, passando a mão no meu rosto e minha mãe me puxou, me colocando sentada no colo dela.

Madu : Vai ficar tudo bem. -Sussurrou no meu ouvido e ela apoiou o meu rosto no peito dela.

Ficou tudo em silêncio por uns três minutos, eu tava apreensiva e todo mundo ficava meio sem jeito com a situação, e nem queria ir embora também.

Tudo mudou em questão de segundos quando o aparelho começou a bipar sem parar, eu levantei rápido e vi a mão dele se mexer, junto da cabeça.

Cecília : Pai, pai. -Falei chorando. -Por favor papai, acorda, eu tô aqui. -Senti minhas lágrimas caírem e eu vi os olhos deles se abrirem, procurando tudo que havia naquela sala.

Meu sorriso foi de canto a canto e eu só ouvi alguém falar que iria chamar o médico.

Deco : E ai feia, já pagou o que tava me devendo la na boca?

Eu neguei com a cabeça rindo e eu vi a mão dele seguindo a da minha mãe, e apertou, ela tava chorando também, e a tia Luiza nem se fala, igual uma doida.

E assim foi, eu queria gritar pro mundo todo que meu pai tava bem, ali, na minha frente, conversando comigo.

A médica veio, fez alguns exames e conversou, explicou e deixou claro que era um verdadeiro milagre, e de verdade, eu só sabia agradecer a Deus por tudo.

Deco : Pô linda. -Passou a mão no rosto da minha mãe. -Eu tava praticamente morto aqui e tu ficou esses dias todos aqui, vai pra casa, descansa, logo mais eu tô lá.

Madu : Uns dias a mais não faz diferença. -Ele negou com a cabeça, mas ela só ignorou, beijando o rosto dele.

A gente conversou por horas, sobre tudo, inclusive sobre o Max, ele ficou bem sentindo com a situação, disse que achava ele um cara da hora e que nunca iria conseguir agradecer a ele, por ter salvado a minha vida, e a verdade, é que eu nunca ia conseguir ser capaz de agradecer a ele por tudo.

Deco : Agora é só curtir, ficar de marola, tirar um tempo e fazer o estoque de álcool, porque tá zerado já. -Eu neguei, rindo e a tia Lu voltou outra vez, com a comida dele.

Porém, o horário de visita acabou e eles pediram pra gente sair da sala, já que a tropa toda tava ali, fazendo maior farra.

Minha mãe teria que ficar mais um pouco, pra assinar uns papéis, já que foi ela que deu entrada, mas hoje mesmo ela iria dormir em casa e até o fim da semana ele ganharia alta.

Eu fui na frente pra passar na lanchonete, e comprar um salgado, sai pra parte externa e dei de cara com o Henrique, mas ele tava do outro lado, fumando.

Meu olho bateu no dele e a gente ficou se encarando por um tempinho, mas eu logo sentei no branquinho ali e comi, deu uns minutos e ele atravessou pelo estacionamento, meu coração acelerou e ele sentou do meu lado.

Henrique : E ai, ta bem? -Perguntou depois de um tempo e eu senti que ele tava me olhando, concordei com a cabeça, e acabou que eu olhei pra ele também. -Queria te pedir desculpas por ontem, no papo. -Passou a mão no rosto e eu concordei.

Cecília : Sei que não era sua intenção. -Cocei a cabeça tentando ignorar toda aquela situação chata. -Tava fazendo o que aqui, aquele horário?

Henrique : O de sempre, esses dias eu tava passando aqui esse horário, menos movimento. -Fiquei surpresa, no sentido bom e só concordei, ficando quieta, e ele também, era um desconforto sem fim, eu queria muito que isso se resolve-se, mas queria também que ele demonstrasse ser diferente.

(…)

Transceder  ²  [M] Onde histórias criam vida. Descubra agora