Transceder ² [M]

•54•

+ 60

Henrique 🕊️

Madu : Meu bem, por mim você nunca tinha saído da minha barra, não queria essa vida pra você! -Falou depois de me abraçar e eu ri.

Henrique : Pô tia, tem coisa que não dá pra gente controlar né. -Ela concordou e eu fiquei um tempinho ali trocando ideia com ela.

A questão é que o R7 resolveu pedir união mesmo, pra invadir o morro la, então como era final de ano e eu já tinha passado natal longe, eu resolvi vir pro ano novo.

Elisa, a Geovanna e os gêmeos vieram comigo, subiram pro baile e eu tava de boa.

Me aproximei deles nesse tempo e era maneirinho, porque eu estava me identificando pra caralho até porque geral ali passava pelas mesmas questões que eu, em relação a família.

Rian : Caralho viado, achei que tava numa onda maneira, assustei bonito com os cara igual ali, que isso, papo de doido. -Bati na nuca dele que reclamou.

Jade : Gatinhos, pode fazer a ponte. -Guilherme puxou o cabelo dela e eu neguei com a cabeça.

Eu tava na grade do lado da Cecília e na roda tava o Heitor, Guilherme, Rian e a Jade.

Rian : Pô galera, parada mó feia a gente ficar aqui né, bora la pelo menos comprimentar, ver as tchucas.

Cecília : Eu não, e eu em. -Cruzou os braços. -Eu já estava aqui bem antes, eles que sejam educados e venham falar comigo, capaz que eu vou, capaz.

Ela saiu andando na direção do Deco e da tia e eu nem esquentei a cabeça por já saber do jeito dela. Os cara quiseram ir la e eu apresentei quem tinha pra apresentar.

Geovanna : Qual deles é o Deco, pra reunião amanhã? -Perguntou e eu apontei pra ele, que tava com o Coringa e o Xt. Ele viu e se levantou, se aproximando da gente.

Deco : E ai, suave? -Apertou na mão da Elisa, da Geovanna e dos gêmeos. -Podem ficar de a vontade ai, qualquer parada que precisarem podem me acionar, se Deus quiser amanhã a gente se encontra.

Já tinha adiantado um pouco do assunto pra ele, que falou pra eu vir com eles e a gente conversar pessoalmente.

Henrique : Chega aqui. -Puxei a Jade pra fora da roda, que estava com o copo de bebida. -Chama a Cecília pra descer pro banheiro la de baixo com você.

Jade : Pra que? Tô sem vontade de it. -Colocou o pirulito na boca e eu fiz cara de impaciente, vendo ela ri. -Chama ela.

Henrique : Se eu chamar ela não vai, nem vai querer descer e você sabe.

Jade : É, isso é. -Misturou a bebida com o pirulito. -Vou fazer esse esforço por você. Vou chamar ela, desce com o Guilherme.

Henrique : Jae. -Fiz um toque de mão com ela e voltei pra perto dos meninos. Ela esperou um pouco e foi chamar a Cecilia.

As duas desceram e eu peguei outro copo de whiskey, Geovanna tava sentada do meu lado e eu tirei o celular do bolso dela pra devolver.

Henrique : Vou descer. -Ela tirou o rosto do meu ombro e pegou o celular da minha mão.

Ajeitei minhas correntes no pescoço junto com o boné e dei a volta me aproximando do Guilherme.

Henrique : Bora pegar gelo comigo. -Ele me olhou sem entender, mas da mesma forma veio.

Desci as escadas passando pelos caras e vi a Jade perto das tendas que vendiam as bebidas, me aproximei dela e o Guilherme riu negando com a cabeça.

Jade : Ela ta no banheiro, fiquei de esperar ela aqui, vai la. -Concordei e o Guilherme ficou com ela.

Fiquei esperando a Cecília e quando ela saiu eu puxei ela pelo braço, levando pro beco que tinha ali atrás, era fechado e ninguém passava.

Cecília : Que isso, Henrique. -Falou assustada e eu ri. -Caralho, que susto. -Me deu um tapa e eu encostei ela na parede.

Henrique : Qual foi a que você tá desse jeito? Me bloqueou, não respondeu meus áudios e ta ai me evitando?

Cecília : Não vou ficar com você aqui, vai la naquela mulher, vai. -Falou sem me olhar e eu gargalhei prendendo ela mais pela cintura.

Henrique : Qual delas? -Tirei onda e ela fechou a cara, cruzando os braços. -Ta vendo, teu mal é esse, não sabe conversar, perguntar. Vê alguma coisa e toma explicações próprias.

Cecília : E o seu é mentir pra mim, Henrique. -Neguei com a cabeça permanecendo calmo.

Henrique : Posso ter feito qualquer parada mas eu nunca menti pra você, que isso, tenho todos os meus defeitos, mas mentir é um lance que eu nunca precisei.

Cecília : Ah é? Engraçado que antes de você ir, veio cheio de papo, falando comigo que precisava ir em missão e...

Henrique : Se eu falei que ia pra porra de uma missão, eu fui caralho.

Cecília : Missão com cara de férias, né? Porque no dia que a gente se falou...

Henrique : Papo reto Cecília, tu viu uma coisa, me bloqueou e não quis me ouvir mais, e eu nem tinha obrigação em me justificar, mas fui, corri atrás pra deixar claro que naquela noite eu estava conversando exclusivamente com você. Elisa passou atrás no vídeo, porque tava la é isso. Não posso controlar os passos de ninguém pô.

Ela ficou calada olhando pro lado e cruzou os braços, soltando a respiração e voltou a olhar pra mim.

Cecília : E você não tem nada com ela? Com a ruiva? -Perguntou e eu ri, olhando pro lado.

Henrique : A gente ficou uma vez e não passou disso. -Fui sincero.

Fiquei com outras nega la sim, mas parada de quando eu ia em festa com os cara.

Henrique : Fica de boa pô, depois eu eu voltar tô sem data pra vir pra cá outra vez. Bora ficar de boa. -Passei a mão no pescoço dela, dando em selinho no canto esquerdo da boca da mesma.

Cecília : Meus pais sabem da gente. -Falou e eu olhei pra ela, meio assim e surpreso pra caralho. -Não falei nada, meu pai chegou jogando verde e ouviu o que queria.

Ela me abraçou e eu ri passando minhas mãos pela cintura dela, que segurou meu pescoço passando as unhas pela minha nuca. Mordi o lábio dela, que me deu um selinho, pedi passagem com a língua e ela cedeu.

(…)