POR AMOR

capítulo 26

Pov Portuga:

Tava com o menorzinho no colo enquanto a Lua estava na cozinha, o moleque me encarava com um sorriso bobo no rosto, eu não sabia bem o que fazer, mas senti meu coração aquecer ao ver aquele sorriso. Caralho parceiro, eu sou pai.

O menor tava brincando com a minha correntinha, deitei ele no meu colo e fiquei balançando ele, no começo ele começou a se debater mas logo acalmou, vi minha mãe fazendo isso ontem, negócio parece tá funcionando.

Viajei no tempo quando vi o menor já tava dormindo novamente, eu manjo nesse negócio, caraca, fiz o meu próprio filho dormir. Ajeitei ele na minha cama colocando alguns travesseiros nas laterais para que ele não caísse, segunda-feira eu já tomo providencia do quarto do garoto.

Saí dali sem fazer barulho e fui para a cozinha, a mina estava de costas, mexendo com a mamadeira, ela estava tão distraída com aquilo ali que nem percebeu a minha presença no local, me aproximei dela, era óbvio que eu ia aproveitar o momento para dar um baita susto na moça.

A distância entre eu e ela estava de mais ou menos setenta centímetros, estávamos um pouco próximo um do outro, fiquei impressionado porque a mina não percebeu a minha presença até então, se fosse pra matar ela, matava numa boa.

Coloquei os dedos na cintura dela onde obviamente ela se assustaria, dito e certo.

Lua: Ô porra._falou alto virando assim que assustei ela.

De imediato eu coloquei a mão na boca dela, se ela acordar o menor ela vai fazer ele dormir, deu mó trabalho.

Ela me olhou sem entender, até eu não me entendi, estava com a mão na boca dela até agora, a gente estava se encarando, ela tentava fugir do meu olhar mas não conseguia, tava perdidão na imensidão daqueles olhos castanhos, papo de boiolagem mesmo.

Sua respiração estava ofegante, quando ela colocou a mão em cima da minha para tirar da boca, eu fui ágil, em passo rápido ela estava com o corpo colado ao meu, nossos rostos com poucos centímetros de distância, era inevitável, sua respiração estava debatendo contra a minha, talvez essa seja uma oportunidade única, tá maluco que vou deixar escapar, peguei mermo. Não costumo beijar, não é porque eu não sei, mas é porquê eu não sei onde a boca que eu tava beijando estava, o negócio é só sexo e paz, Mas a Lua era diferente, ela não era qualquer uma, e caraca, é a Lua!

Nossas línguas estavam em perfeita sintonia, pareciam dançar uma bela música, em momento algum ela deixou de retribuir o beijo, irei usar isso a favor da minha defesa quando isso aqui acabar, parecia que ela queria aquilo mais que eu, ou não. Suas unhas percorria pela a minha nuca me causando arrepios, a falta de ar se fez presente naquele momento, encerramos o beijo com selinho e eu sorri durante o beijo, droga. Foi inevitável, porém foi bom.

Lua: I-isso não devia ter acontecido._falou se afastando de mim me deixando com uma enorme cara de paisagem.

Portuga: Aconteceu, e agora vai fazer o que? Me beijar de novo?_sorri sacana.

Lua: Pode ter certeza que isso nunca vai acontecer, cadê o Anthony?

Portuga: Nunca diga nunca!_dei ênfase.

A mesma deu de ombros e saiu, vi pela sombra na parede ela subindo as escadas, porra, cadê o replay do beijo?

Fiquei ali escorado na bancada rindo da situação, bebi um gole d'água, desliguei a televisão e fui para o meu quarto, por um momento eu ia bater na porta do quarto dela para pedir desculpas, mas eu não me arrependi de nada que aconteceu, ela não foi obrigada a me beijar, consciência tranquila é outro nível.