capítulo 55

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Pov Portuga:

Segurei a mão do meu menor, e fomos andando pela praia até chegar no local do evento.

Minha ficou conversando com o Carlos, os casais foram de pegar nas escondidas, e a Lua foi até o barzinho pegando uma água de coco.

Portuga: Qual a possibilidade do seu pai estar dando em cima da minha mãe?_perguntei baixo no ouvido dela, e a mesma arrepiou, anota aí, além de elogios, falar no ouvido também é o ponto fraco da mina.

Lua: Não sei, talvez eles estejam apenas conversando, como amigos, deixa a sua mãe Portuga, ela merece curtir a vida._me olhou aconselhadora.

Portuga: Eu sei pô, a coroa precisa viver, só quero proteger ela parça._expliquei.

Ela ficou brincando com o Anthony no colo, falando com ele com aquela voz enjoada que usamos para conversar com bebês. Por uma parte, chegava a ser engraçado, e era incrível como o meu menor gostava da mina, ele ria, falava algumas coisas que eram impossíveis traduzir.

Sou do tipo que não demonstra muito, mas sente mais do que devia. E é isso, o povo acha que o Anthony é uma pessoa qualquer, mas o moleque mudou a minha vida, o carinha não tem culpa dos meus erros, e é tão gratificante escutar ele falando "papai".

Me sinto culpado pela Lívia ser a mãe dele, faltou responsabilidade no ato, mas não justifica que deve tratar o menino como se fosse um nada, cara, criança é incrível, dá trabalho, requer responsabilidade, cansa, mas é bom, meu herdeiro e tudo mais, eu tenho uma certa dificuldade em falar que eu amo a pessoa, mas eu amo esse menor mais que tudo nessa vida, dou minha vida pela dele.

Lua: Esquece nenê, o seu papai está viajando na maionese._riu me fazendo dispersar dos meus pensamentos.

Portuga: Ala, tava pensando em uns negócios ae, o quê que era?_olhei sério para ela.

Lua: Sua mãe, ela disse que vai embora e perguntou se quer que leva o Anthony!_me entregou o menor.

Pensei um pouco, eu precisava curtir, amanhã eu trago o menor para brincar na praia. Conversei com a minha mãe, a coroa estava com algo na mente, o Carlos se ofereceu para dar carona, olhei estranho para os dois, mas minha mãe me repreendeu com um tapa no ombro.

Voltei para onde eu estava com a Lua e ela estava sentada na cadeira olhando sorrindo para o celular, chamada de vídeo eu acho.

Ela conversava sobre estar com uma saudade, a voz era masculina. Parada estranha, me senti incomodado por uma coisa que nem faz tanto sentido.

O pior foi quando eles foram se despedir, "me liga princesa, não se esqueça de mim" "tá bom meu amor, vou ligar sim, te amo" "também te amo gatona, se divirta"...muita melação que eu estava começando a virar diabético.

Fechei a cara, e ela começou a me zoar falando que eu estava com ciúmes e mais uns caralhos, emocionada.

O pessoal sumiu real, bando de gay, começou os shows acústicos e a mina surtou quando viu que era Natiruts.

Lua: Caraca, eu sou fã deles!_falou me olhando com os olhos cheios de lágrimas.

Sorri com aquilo e abracei ela de lado, foi isso família, deixei o meu orgulho de lado e fiquei lá com a mina na seriedade, parecíamos casal, tudo muito lindo.

Lua: Eu te desejo não parar tão cedo
Pois toda idade tem prazer e medo
E com os que erram feio e bastante._cantava loucamente.

Portuga: Que você consiga ser tolerante..._completei a música olhando nos fundos dos olhos dela, multidão castanha, dilatou quando se encontrou ao meu olhar.

Lua:Quando você ficar triste, que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra que rir é bom
Mas que rir de tudo é desespero._cantava enquanto me olhava.

Senti um negócio estranho, parecia frio na barriga, negócio meio louco.

Lua/Portuga: Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor pra recomeçar
Pra recomeçar...

Isso foi o caminho para rolar o que tanto eu quanto ela queria, foi um beijo romântico, segurava forte a sua cintura, enquanto sua mão estava posicionada em minha nuca.

A gente se envolvia, o beijo se envolvia, se encaixa, parada diferente, combinava perfeitamente como uma eurritmia. Momento estava propício para aquilo, o beijo foi se tornando intenso, cada um respeitando o seu próprio espaço. A falta de ar se fez presente, e ela voltou para a sua posição normal, e eu fiquei abraçado com ela pela cintura.

Enquanto ela cantava loucamente as músicas que tocavam eu ficava na brisa repensando meus atos, não posso brincar com essa mina, ela não merece sofrer, ao mesmo tempo que eu tento me afastar, eu me aproximo ainda mais.

Eu não acho que isso seja amor, mas eu também não sei o que acontece, é estranho o que se passa, nunca senti essa sensação estranha e desconhecida por ninguém.

As atrações da noite era Natiruts, Alceu Valença, e logo em seguida começaria com harmonia do samba e mais outro que eu não lembro.

Pausa para a preparação do palco para a próxima atração, a mina vira pra mim e fala "eu estou com fome" e a única coisa que eu fiz foi sorrir, cara eu sorri porque a mina estava com fome, qual o sentido?

Lua: Pô, você fumou? Usou drogas ou alguma coisa assim?_me tirou dos meus pensamentos.

Portuga: Ala fia, tá loucona, é óbvio que não!_falei sério.

Lua: Pareceu, tá todo viajando aí, sorrindo pro vento, ou foi a cerveja que a gente bebeu mais cedo ou você andou cheirando pó!_sorriu, parça, que sorriso.

Portuga: Saí, vem bora procurar alguma coisa pra comer, esquece isso._puxei ela  pela mão para me acompanhar e ela acabou de queixando de dor.

Lua: Cuidado, ainda dói!_apontou para o curativo.

Portuga: Desculpa gata, acabei me esquecendo que ainda tem esse curativo aí.

O povo que veio com a gente, desapareceu, sumiu, sei lá, fugiu de vista, não tem lógica estarem se pegando até agora, ou tem.

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POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora