capítulo 68

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Pov Lua:

O Dn se ofereceu para me levar e eu aceitei, por quê a casa do Portuga é longe da barreira e eu já estava atrasada para o churrasco. Aproveitei a situação e fiz um pequeno ciúmes do Portuga, minha idéia foi um sucesso, pelo menos eu acho.

E foi basicamente isso que aconteceu ontem, hoje eu tirei o dia especialmente pra mim. Eu ia passar o dia dentro de casa, sem fazer absolutamente nada, meu corpo estava cansado, a minha rotina ultimamente vem sendo bem cansativa. É complicado mas eu preciso me adaptar, foi o que eu escolhi para o meu futuro, independente do meu cansaço, é a profissão que eu admiro e amo.

A pergunta é: o que fazer no domingo em casa para evitar o tédio de forma que não seja cansativa?

O Portuga está enchendo o meu whatsapp de mensagens, e eu estou com preguiça de responder, peguei um livro que eu havia ganhado de uma menina no hospital e sentei na varanda para ler o mesmo, fiz suco e um misto quente. A vista era bonita, eu ainda não me acostumei, sempre fico admirando a casa, era o meu sonho.

Ligação...

Portuga: Cólfoi gata, vai deixar no vácuo mermo? Qual que é as ideia?

Lua: Pelo amor de Deus, sossega com essas gírias, tirei o domingo pra descansar, tá bom?

Portuga: Dá pra abrir a porta pelo menos? Chocolate tá derretendo aqui pô.

Lua: Não acredito que você está aqui fora, calma eu já estou indo, vou desligar aqui, espera aí!

Ligação off...

Eu queria paz, como que eu vou ter paz com o Portuga aqui. Pelo menos ele teve o senso e trouxe chocolates. Ajeitei meu pijama, tava arrumadinho, não era necessário eu trocar de roupa, até porque a minha preguiça não permitia. Calcei os chinelos e caminhei até a porta, abrindo a mesma.

Portuga: Porra, some assim não!_falou assim que me viu.

Lua: Ala, achou que eu tinha morrido?_brinquei vendo o mesmo me olhar sério.

Portuga: Sei lá o quê que eu achei, comprei flores e chocolates!

Dessa vez não era girassóis, era uma florzinha bem delicadinha, ela ia ficar perfeita na minha penteadeira. Dei um abraço nele para agradecer porque eu não iria ser mal educada até esse ponto.

Lua: Entra!_dei passagem para ele entrar.

Portuga: Arrumadinho aqui, parece casa de patricinha...

Lua: Nem ouse!_interrompi antes dele terminar a frase e ele sorriu.

Portuga: E o motivo da dona ter me ignorado no whatsapp, sem eu ter feito absolutamente nada dessa vez!_se jogou no sofá.

Lua: Estava afim de descansar, ter um tempo só pra mim._sentei no sofá ao lado dele.

...

O ideal era um dia só pra mim, dia de paz, sozinha, com a presença do Portuga não foi o planejado, porém foi melhor do que eu pensei. Assistimos filmes, fizemos o almoço juntos, foi divertido, porque fizemos coisas espontâneas, por fim sentamos na varanda, ele deitado em meu colo enquanto apeoveitávamos a linda vista.

Minhas mãos faziam um cafuné em sua cabeça, ambos estavam em silêncio, sabe aquele romance no final de todo domingo? Era aquilo que estava rolando, era bom.

O Portuga roubava alguns selinhos meus, enfim a gente ficou no maior love, ele sabe ser legal, carinhoso e muito cuidadoso, ele é uma boa pessoa, e seria um ótimo companheiro se não fosse tão galinha.

Tava tão bom que eu pedi para ele dormir aqui, sabendo que amanhã ele teria que levantar cedo para voltar pro morro, minha atitude foi tão espontânea que até eu me estranhei, e como diz o Portuga "deixa rolar".

Tava tão bom que eu pedi para ele dormir aqui, sabendo que amanhã ele teria que levantar cedo para voltar pro morro, minha atitude foi tão espontânea que até eu me estranhei, e como diz o Portuga "deixa rolar"

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Acho que a melhor parte de hoje foi quando a gente cantou karaokê pagode, juro. O Portuga canta muito bem, algo que me incomoda bem pouco, mas incomoda é às gírias, e nesse caso eu estou pedindo o impossível.

Já era noite, na varanda sentia a brisa fria do mar, o clima em si estava frio, ótimo para dormir de conchinha e horrível para quem vai acordar amanhã cedo, eu poderia muito bem faltar se não fosse estágio obrigatório.

Tomei um banho assim como ele, ele tinha roupa aqui, porque eu havia pegado umas blusas dele antes de me mudar, porque eu não tinha blusa masculina, e ele havia trago uma cueca e uma bermuda no carro, inclusive vou aderir essa idéia quando eu tiver o meu carro.

Dormimos agarradinhos sem maldade com aquele tempinho bom, eu adormeci rápido, suas mãos faziam um carinho bobo em minhas costas e isso era o ponto certo para me fazer dormir.

Ele me faz bem, ele me trata bem, respeita o meu tempo, mas o medo de estar me apegando a essa otário é maior, certo que ele pediu para deixar rolar, mas sei lá, o Portuga é aquele cara que não se apega facilmente, e eu estou tentando cuidar da minha saúde mental, mas mesmo sabendo dos riscos eu quero deixar rolar, é gostosinho o momento.

A casa dia ele me surpreende ainda mais com as suas atitudes e gestos, e o problema é que pequenas coisas me conquistam, eu sou uma pessoa tão boba com essas coisas, que se uma pessoa pegar um pouco de terra e colocar em um potinho e me entregar e falar que lembrou de mim, aquela terra no potinho se tornará especial pra mim, eu sou apaixonada por pequenos detalhes.

A flor que ele me deu ficou perfeita na penteadeira, e os chocolates a gente comeu, fui obrigada a dividir com ele, deveria ser um crime dividir chocolate.

POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora