Pov Lua:
Ia passar na casa do Portuga e pegar umas roupas minhas, primeiro que eu já estou ignorando ele, ele não é trouxa de não perceber.
Nesse exato momento estou tirando as minhas roupas no guarda roupa dele, são pouquíssimas roupas, uma bolsa cheia.
Portuga: Cólfoi vida?_me olhou sem entender.
Lua: Tirando minha roupas para você colocar as da loira aqui!_falei como se fosse a coisa mais simples e ele gargalhou.
Portuga: Cê era loira amor, agora ficou morena, tá pensando em ficar loira de novo é?_cruzou os braços rindo.
Lua: Que horas a outra chega de São Paulo? Pagou avião particular pra trazer ela?_olhei para ele que me olhou ainda sem entender.
Portuga: Lua, eu fui na reunião do PCC porra, teu pai, teu irmão, estavam lá, amor estávamos resolvendo negócios de tráfico, não tava com loira nenhuma cara!_sentou na cama.
Lua: Ah óbvio, os negócios do tráfico você resolveu na boca da moça da boate então?_sorri cínica.
Portuga: Vem com deboche não, fui pra boate, teu irmão tava lá, vim embora com ele, cê acha mesmo se eu tivesse feito alguma coisa que te prejudicasse eu ia voltar vivo?
Lua: Depende, você tem provas?
Portuga: Provas, porra Lua, Cólfoi do lance de confiar em mim?_se estressou.
Lua: Porra, Cólfoi do lance de ser fiel a mim?_respondi no mesmo tom de voz dele.
Portuga: Tá louca!_sorriu negando com a cabeça e saiu do quarto.
E eu continuei pegando as roupas e colocando na bolsa do Kaio, dez minutos se passaram e nada do otário aparecer, sentei na cama tentando assimilar tudo, ele simplesmente saiu da discussão como se o que ele tivesse feito a coisa mais normal da vida.
Saí do quarto, olhei no corredor e nada dele, desci para a sala, eu poderia muito bem sair daqui e nunca mais voltar, mas ele precisa ouvir umas verdades.
Portuga: Acalmou? Podemos conversar como pessoas civilizadas?_surgiu do escritório, sua feição estava diferente.
Lua: Toma!_tirei a aliança do dedo e me estiquei para que ele pegasse.
Portuga: Ixi, primeiro, tá assim por que?_me olhou estranho, fiquei desconfortável.
Lua: Vamos de suposição? Suponhamos que você receba um vídeo meu na balada, beijo a boca de um homem que não era você, você ia querer se acalmar diante da situação?
Portuga: Nesse caso a gente discutiria feio!_falou firme.
Lua: Ótimo, e aí qual a sua explicação?_reforcei o meu olhar.
Portuga: Explicação para o que doida?_se aproximou de mim, e eu pude perceber, droga.
Lua: Vem cá, me tira uma dúvida, seu nome é Pedro mesmo? Porque você me falou que não fuma, não usa drogas, detesta traição.
Portuga: Não uso, faz dois anos, e sim eu não suporto traição.
Lua: E ainda insiste em mentir pra mim?_sorri irônica.
Portuga: Porra, já falei pra tu parar com esse deboche!_ameaçou.
Portuga: Eu nunca menti pra você parceira, deixa de onda!
Lua: Olha meu amigo, sinceramente, você deveria tomar cuidado, estão soltando clones de você por aí!_peguei meu celular e comecei a procurar o vídeo.
Entreguei o meu celular para que ele vesse, e o mesmo olhou o vídeo atento, deve ter repetido o vídeo umas quatro vezes ou mais, seu olhar era de ódio, sua pupila dilatada, um certo medo percorreu sobre a minha pele.
Portuga: Eu posso explicar, eu juro que eu não fiz nada!_continuou com o meu celular na mão.
Lua: Precisa de mais explicações que esse vídeo? Vai me dizer que a hora que você virou a menina te agarrou? Que o beijo foi forçado? Pelo amor de Deus né Portuga, como eu pude ter sido tão ingênua de querer um relacionamento com um traficante?_cocei a cabeça.
Portuga: Não é bem assim...
Lua: Lógico que é, e o pior é que eu acreditei quando você me jurou amor e fidelidade,porra um traficante, tava na cara, mas não eu como burra que sou caí igual pato, e o prêmio da maior trouxa do ano vai para quem, isso mesmo, Lua! Cadê os aplausos?_bati palmas debochada.
Portuga: Por...
Lua: E como uma ótima pessoa que eu sou, eu estou liberando espaço para a outra, coitada, mais outra para ser feita de trouxa! E eu achando que você não usava drogas, cara você é um traficante, é óbvio que vai usar drogas, boba foi eu.
Portuga: Para de falar o que você não sabe!_estressou.
Lua: E o que eu também não sei? Você se relacionou comigo para depois me vender e você lucrar dinheiro?_peguei o meu celular da mão dele.
Portuga: Cala a boca...
Lua: Nossa, calar a boca? Tranquilo, agora de não importa, eu vou sair, afinal, não será legal ela chega aqui e ver outra mulher!_acenei com a mão e me virei.
Foi rápido demais, quando eu me virei eu senti um forte puxão no meu cabelo, fazendo com que eu fosse para trás seu uma vez.
Portuga: Você vai me escutar!_gritou.
Lua: É assim? Não tem argumentos e parte para agressão? Mais outra mentira "odeio homens que bate em mulher"._imitei a voz dele.
Ele me olhou com mais ódio ainda, e eu naquele momento senti medo. Ele segurou o meu queixo com bastante força, fechei os meus olhos quando eu vi ele levantando a mão em direção ao meu rosto, ele vai me bater.
Senti meu rosto arder por conta do tapa, tentei revidar mas suas mãos foram rápidas para me segurar, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa eu escutei um barulho de tiro.
Carlos: Solta a minha filha agora porra!_apontou a arma para o Portuga que não hesitou em me soltar.
Luísa: Agora Pedro!_ordenou o filho.
Sorriso: Solta ela agora!_apareceu na porta.
Ótimo, agora o fuzuê tá pronto, do lado da Luísa estava o Kaio. Meu pai não havia abaixado a arma, continuava com ela apontada para o Portuga que me segurava ainda, o André também estava segurando a arma em direção ao Portuga, a Luísa olhava para o filho decepcionada e ao mesmo tempo furiosa, o Kaio não é de agora que está nervoso.
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POR AMOR
FanfictionSe eu errar que seja por muito, por amar demais, por me entregar demais, por ter tentado ser feliz demais. - Clarice Lispector 12/01/2022