capítulo 35

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Pov sorriso:

Cheguei em casa cansadão por não ter feito absolutamente nada, não fui no hospital hoje pois suspenderam as visitas da minha "irmã", bando de pau no cu.

Carlos: Qual foi a dos Papagaios querendo se aliar ao jacarezinho?

Carlos, meu pai, tem quarenta e cinco anos, coroa tá conservado, dono da máfia russa e dono do Jacarezinho, um dos mais temidos por todos.

Sorriso: Tá querendo se aliar com todos para fortalecer e conseguir tomar o morro do Portuga, nem inventa de cair na lábia do papagaio._orientei.

Carlos: Fé, são um bando de sem o que fazer mesmo, por isso o Papagaio tá do jeito que tá.

Sorriso: Sim, inclusive o Portuga tá atrás do Papagaio, só vai sossegar quando tiver a cabeça do cara na parede dele.

Carlos: Se tem esse ódio todo é porquê alguma coisa aconteceu._bebeu o whisky.

Sorriso: Cara tá obcecado pelo morro, tá tentando de todas as formas tomar isso aqui do Portuga, só que dessa vez foram longe demais. O Portuga fez um negócio aí, e segunda a mina saiu foi pra faculdade e o papagaio seguiu ela, por que ele sabia que se tivesse a Lua em mãos ele consegue tudo com o Portuga, e com essa perseguição toda a Lua acabou sofrendo um acidente, o motorista que tava com ela morreu no acidente e a Lua tá recuperando no hospital, teve uma fratura na perna esquerda.

Carlos: E o Portuga gosta dessa mina?

Sorriso: Sei lá, mané não fala essas coisas com nós não.

Carlos: Tu não serve nem pra ser FBI, e minha nora?

Sorriso: Tá na casa dela criando coragem para visitar a Lua, semana que vem eu converso com o Portuga a respeito.

Carlos: Crianças, na minha época eu não tinha essa de pedir permissão para namorar com ninguém não._falou se gabando.

Sorriso: Ala, se você tivesse uma filha mulher ia querer que te pedissem permissão.

Carlos: Ter eu tenho, só não sei se está viva, situação diferente, e eu ia fazer questão da permissão, cala a boca que você também ia querer, tu ia ser um irmão chato pra porra.

Sorriso: Ala, mas o senhor lembra o nome dela pelo menos da sua outra filha?

Carlos: A mina nem deve existir, vai caçar o que fazer rapaz, teu patrão tá muito bonzinho._saiu dali.

Ri mentalmente, e fiquei ali mesmo pensando em como chegaria no Portuga para falar que eu pego a irmã dele e agora quero algo sério com ela de forma com que ele não me mate.

Pov Lua:

Tava farta de ficar assistindo televisão, ou pela janela, ou os girassóis no criado mudo, tava farta daquele quarto, só queria sair dali.

Tá um tédio aqui, sem acompanhante, deitada numa maca, não consigo andar, corpo dolorido, nem um livro ou celular para distrair.

Fechei os olhos na tentativa de dormir, mesmo sabendo que eu não estava com sono e aquilo era só tédio, ouvi a porta sendo aberta, mas permaneci de olhos fechados, poderia ser um dos médicos ou enfermeiras para certificar minhas medicações.

***: Aqui diz que a Senhorita Lua Rodrigues Santana se encontra de olhos fechados por estar à toa._falou com humor, aquela voz não era estranha.

Abri os olhos e me deparei com a cena mais bizarra possível, o Portuga de jaleco, com uma caderneta na mão e um uma caneta na outra fingindo anotar algo importante.

Lua: Como você conseguiu entrar aqui? Você é louco?

Portuga: É assim que você me recebe? Beleza então, cadê o "tô com saudades" vim te fazer companhia parça, agora vê, eu fico mó gatão de médico._riu convencido.

Lua: Esse médico não é nem um pouco confiável. Enfim como conseguiu entrar aqui vestido desse jeito?

Portuga: Tenho meus contatos, e como você está?_sentou na ponta da maca me observando atentamente.

Lua: Ainda sinto dores, não chega a ser insuportável, essa noite eu senti bastante dor de cabeça, me falaram que é normal devido o impacto do acidente.

Portuga: Tomou remédio?

Lua: Sim, bastante, já estou enjoada de tanto remédio na minha veia, nem é necessário isso tudo, o acidente nem foi tão grave assim.

Portuga: Para uma futura médica você anda mal informada, um acidente que QUASE te matou, só isso._me olhou irônico.

Sorri de lado, era óbvio que eu estava zoando, eu sabia o quão necessário era todas aquelas medicações, e toda vez eu faço questão de perguntar a função de cada um para a minha recuperação.

Portuga: Cara, te contar, você me deu susto enorme, eu surtava se você morresse.

Lua: Ixi, me beijou uma vez e já está apaixonado assim a ponto de surtar se eu morresse? Emocionado._ri

Portuga: Tu é convencida né? Misericórdia. Nem seria por isso também, seria, assim, uma parte, a outra era porque isso só Aconteceu por minha culpa._riu forçado.

Lua: Falamos sobre isso, e isso não foi sua culpa, seria se você tivesse planejado, feito propositalmente, mas nem você sabia do risco, e eu não morri, e mesmo se eu tivesse morrido, isso não seria sua culpa.

Portuga: Seu aniversário é que dia mesmo?_trocou o assunto em imediato.

Lua: Não gosto de falar sobre isso, não gosto do meu aniversário.

Portuga: Essa não foi a pergunta que eu te fiz, vai negar mermo? Tava até pensando em te levar em um jogo do mengão quando você melhorasse.

Lua: Mentira, cara eu tô acamada, não fica fazendo essa surpresas assim não que daqui eu posso ir para o nicrotério 19255105-1 vai ser ataque cardíaco.

Portuga: vou te levar mesmo sabendo que você não entende absolutamente nada de futebol._riu debochado.

Lua: I ala, sei mais que você hétero top. Quer que eu fale os jogadores? Eu posso falar.

Portuga: Relaxa aí princesa, porra você é muito competitiva, me lembra de nunca duvidar de você. Aliás, você faz aniversário quando?

Olhei cínica para ele, que retribuiu o meu olhar com deboche, ficou naquela dos olhares, estava engraçado o momento.

Portuga: Vai falar não, você sabe que eu descubro a qualquer custo, e você sabe disso._se aproximou.

Lua: Tanto faz._permaneci o meu olhar sobre ele.

Portuga: Certeza?

Ele estava próximo demais, eu estava ficando ofegante com aquela aproximação, eu sabia que aquilo não ia prestar, eu ia me render completamente àquele homem, e isso não pode acontecer.

Lua: vinte de agosto!_falei rápido vendo ele sorrindo satisfeito com a resposta que obteve.

Portuga: Foi mais fácil do que eu pensei, muito fácil, vinte de agosto, anotado e agendado._fingiu anotar na caderneta que ele havia trago como "médico".

POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora