Pov Portuga:
Estava na boca resolvendo os descarregamento de armas, eu havia acabado de comprar uma menina em troca de droga, isso é certo? Não, mas quem estabelece as regras aqui sou eu, e talvez essa menina me sirva para alguma coisa.
Portuga: Marca um dez aqui pra mim, vou lá na barreira resolver uns negócios com o Toquinho._falei com o JV.
Ser responsável pelo morro não é coisa fácil, eu sabia que seria difícil, estou aqui por conta do meu pai, ele amava esse morro, tanto que morreu por ele. A minha nunca gostou da idéia de eu tomar conta do morro, mais eu estou aqui por ele, e só saio daqui morto.
Portuga: Qual foi Toquinho, o Sorriso já chegou?_perguntei fazendo um toque com ele.
Toquinho: Chegou agora chefe, já deve estar lá na boca te esperando!
Portuga: Que porra, vim de lá agora, mas tá bom, toma conta aí!_falei indo em direção a boca.
Sorriso: Ae viado, falei pra você me esperar aqui mané, qual a dificuldade?_reclamou.
Portuga: Sem perreco Sorriso, demorou por que? Cadê a mina?_perguntei indo direto ao ponto.
Sorriso: Pô, venderam a menina sem ela ao menos saber, a mina começou a surtar, por isso atraso, mas ela tá aí, tá no carro.
Portuga: Trás ela até aqui parceiro, preciso dar uma palavrinha pra ela, ela tem que entender como vai funcionar a partir de hoje._falei autoritário sem ser grosseiro.
Sorriso: Ou, trata ela na suavidade, a mina é cheia de traumas ae, pelo o que eu fiquei sabendo.
Portuga: Deu uma de bom coração agora foi? Tô te entendendo não._ri do que ele havia falado.
Sorriso: Namoral, por mais que tu seja dono dela, só faz o esforço rapaz._saiu para fora para pegar a menina.
Pov Lua:
Sorriso: Lua, o patrão tá te chamando, brota aqui!_falou gentil.
Tava pensando, talvez não seja tão ruim morar aqui, aparentemente o pessoal é tudo gente boa.
Portuga: Essa foi a mina que eu comprei? Dahora essa ae, qual teu nome mina?_falou assim que cheguei.
Portuga, cara lindo da porra, ele tinha um bom sotaque carioca, o que deixa ele ainda mais interessante, sorriso maravilhoso, tatuagens pelo corpo, musculoso, mané é lindo.
Lua: Prazer, me chamo Lua._respondi ao olhar uma arma em sua cintura.
Portuga: Lua, é o seguinte, te comprei, e a partir de hoje você vai morar na minha casa, eu espero que no fundo do seu coração você não seja uma X9, por que eu não tenho dó de gastar chumbo, você só passa da barreira com a minha autorização, todos te conhecem a chance de você fugir não existe, se for para sair se casa que seja comigo ou com o Sorriso, não vou proibir você de usar seu celular, fica a vontade, mas se eu souber que você está passando informação daqui para os inimigos, já sabe o que acontece_colocou a arma na mesa_ você não vai receber visitas._falou autoritário
Ok, o que estava ruim, agora piorou, não sei se ele sabe mais eu faço uma faculdade, inclusive estou na reta final, não posso parar agora.
Lua: Eu faço faculdade, como que fica?_perguntei simples.
Portuga: Fácil, não vai mais fazer a faculdade.
Lua: Quê? Não, por favor, eu estou na reta final, já estou quase me formando!_implorei.
Portuga: Quem...
Lua: Eu._respondi inocente.
Portuga: Te perguntou?_terminou a frase.
que lindo, faria o mesmo se eu tivesse cinco anos de idade
Portuga: leva ela lá pra casa e volta pra eu conversar com você!_falou para o Sorriso.
Ótimo, fui comprada por um cara que tem a maturidade de uma criança. O Sorriso estava me levando para casa, o morro não é isso tudo que falam, muito pelo contrário, o morro tem umas casas muito bem construídas e aparentemente de luxo, algumas casas são simples, as outras nem tanto, crianças brincando na rua, jogando bola descalço, outras descendo o morro com um carrinho de rolimã, uns estavam brincavam de guerrinha de mamona.
Eu nunca havia entrado em uma favela, tinha uma visão totalmente diferente da que eu estou vendo.
Paramos em uma casa enorme, ao redor havia seguranças, era uma casa branca, algumas janelas, gramado verde, aparentemente área de churrasco, não consegui ver, o muro da casa era alto, tinha apenas um espaço pequeno detalhado que dava para ver algumas características.
Sorriso: Pode ir na frente Lua, a tia Luísa vai te mostrar o seu quarto._falou meigo e eu apenas sorri como resposta.
Óbvio que eu não entrei, fiquei esperando o mesmo, um pessoal estava me olhando, estava um pouco encomodada, não era algo tão inconveniente.
Entrei na casa junto com o Sorriso, era a casa perfeita, na garagem havia dois carros, um deles era uma BMW, e o outro não consegui indentificar por completo, era uma marca conhecida. E no canto havia uma moto, linda linda.
Algumas plantas ao redor da casa, na lateral da casa tinha a área de churrasco, a churrasqueira de tijolinho vermelho, uma bancada enorme com alguns bancos ao redor, e ao lado uma piscina.
É luxo demais para um traficante.
A casa ficava no alto do morro, era possível ver a vista de toda a cidade do Rio de Janeiro, a orla da praia, o pão de Açúcar e o Cristo Redentor.
Eu estava completamente apaixonada por aqui, talvez não seja tão ruim morar aqui igual eu pensava.
A casa era bem arrumada, três sofás, uma televisão gigantesca no painel, as decorações se revezavam em tom de pálio e branco. Quadros com fotos de família, e um espelho enorme, inclusive muito bom para tirar foto.
Sorriso: Tia Lu?_gritou entrando na casa.
Luísa: Para de gritar imbecil, tomei um susto._colocou a mão no coração.
Luísa, um mulher linda, não aparentava nada ser uma pessoa mais velha, e nem uma pessoa sofrida como todos dizem por aí, aparentava ser uma pessoa muito boa e bem vaidosa.
Sorriso: Foi mal tia, vim trazer a mina que o Portuga comprou.
Luísa: Ele não fez isso, eu não sabia que o Pedro seria capaz de fazer isso, o que passa na cabeça daquele moleque, acha que só por que comanda esse morro que ele deve sair por aí comprando mulheres como se fosse uma mercadoria.
Sorriso: Olha tia, eu não sei o que rolou para ele fazer isso, agora eu tenho que ir, falei para ele que só iria trazer a Lua e voltava para terminar meu serviço!_deu um beijo na testa da mulher e beijou a minha também, eu até estranhei o ato.
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POR AMOR
FanfictionSe eu errar que seja por muito, por amar demais, por me entregar demais, por ter tentado ser feliz demais. - Clarice Lispector 12/01/2022