A Lua desceu do carro e tinha uns caras na segurança da casa, rezei mentalmente do jeito que eu consigo fazer. De onde a gente estava dava para ter uma visão bem ampla da entrada da casa, e pelo visto teremos que fazer o restante do percurso a pé, chegar de carro chamaria muita atenção e a estrada tá o cascalho puro.
Imagino eu que foi mais ou menos uns cinco minutos até o cara de capuz sair da casa olhando de um lado para o outro, infelizmente não consegui reconhecer o rosto. O cara fez um sinal para o segurança revistar a Lua e um ódio percorreu pelo meu corpo, é foda ver outro cara passando a mão no corpo da mulher da sua vida, mó sacanagem.
O segurança fez um sinal de que estava tudo certo para o cara e a Lua fazia um gesto que eu não consegui decifrar.
Kaio: Porra, tira a merda do capuz!_falou impaciente do meu lado.
No carro está eu, o Kaio e o Sorriso, no outro está o Grego, Ld, e mais três vapores de confiança.
Sorriso: Que enrola parceiro, meus sobrinhos estão lá merda, parte pra agressão logo!_socou o banco.
Portuga: Se estragar o estofamento de couro eu te mato, esqueço até que você é o irmão da lua._brinquei.
Voltamos a atenção para a visão que estava na nossa frente, bagulho demorado pra quem não tem um pingo de paciência é tortura. O mané tirou o capuz revelando a sua identidade e eu forcei para tentar lembrar quem era.
Sorriso: Ixi, aquele ali não é o boyzinho que tava com a Lua no dia da compra? Que porra é essa!_sorriu nervoso.
João, era o nome do moleque. Antes da Lua ir embora ela falava direto que o cara tinha se afastado,que nunca mais conversou com ela.
Eu sabia que aquele cara não queria só amizade, um homem conhece o outro e sabe das intenções. O engraçado é que eu vivia falando isso, nunca fui com a cara desse indivíduo, machão além de mexer com meus filhos está mexendo com a Lua, tem merda na cabeça?
A Lua ria, ria sem acreditar na figura a sua frente. De onde estávamos dava para ver tudo, perfeitamente, só não dava para escutar.
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Nem ela esperava por aquilo, ou esperava, não sei. Só sei que depois da crise de risos seu olhar ficou sério, e frio, qualquer um estremecia diante daquele olhar.
Eles conversavam, não dava para entender, mas a Lua não parava de debochar da cara do otário.
Em passo rápido um dos seguranças caminhou ficando atrás da Lua, vi o mesmo tirar um pano do bolso, minha vontade era de sair do carro e atirando em todos, mas eu não podia me precipitar, não agora.