capítulo 72

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Pov Lua:

Sabe o que significa felicidade? Pois é, agora eu me encontro feliz, realizei outro sonho meu, uma casa, um carro, uma faculdade, uma família, amigos, com a total certeza eu estou vivendo a melhor fase da minha vida. O André está mais empolgado que eu, até porque eu ainda estou sem acreditar que eu consegui.

Antes de voltarmos para o morro o André decidiu comprar um celular para o Kaio, fizemos uma vaquinha e compramos, não é o da última geração, mas é um celular bacaninha.

André: Namoral, o carro é a sua cara Lua, pique de doutora rica tá ligado?_sorriu olhando novamente o carro.

Lua: Cara, eu estou tão feliz, você não tem noção, eu estou vivendo um sonho!_falei e ele me abraçou.

O carro era um Corolla GLi novo de fábrica, saiu caro mas valeu a pena. Dirigimos até o morro, foram os cinquenta minutos mais confortáveis da minha vida. Passamos na barreira, e eu na cola do André, achei que iríamos parar na casa dele ou na do Portuga, mas ele seguiu direto.

Paramos próximo em um campinho, de longe eu avistei o Kaio jogando sem camisa, umas meninas na arquibancada gritando os meninos, estava a maior putaria, e nem era ciúmes da minha parte.

Travei o carro e fui andando até o campinho com o André do meu lado, ele tirou a camisa me entregando, e foi correndo até o campo onde os meninos estavam, do outro lado estava a Karina, Luísa, Manu e a Vitória uma menina que se mudou a pouco tempo para o morro.

Fui até elas e reparei que estava jogando o André, o Kaio, o meu pai, o Portuga, o Ld e o Pereira, o outro time era dos vapores, não conhecia muito pelo nome, apenas de vista mesmo.

Lua: O jogo está de quanto?_perguntei para as meninas.

Karina: Está de três a dois para o time do Portuga, dois gols foram do Kaio e o outro do ld._explicou.

Manu: O Kaio é o que está mais batalhando no time, tudo por duas caixas de cerveja, vê se pode?_riu.

Vitória: Mais ele joga muito bem, o moleque tem o dom!

Lua: Também, eu que ensinei ele!_falei convencida.

Karina: Menos meu amor!

Lua: Para, eu estou feliz, o Kaio me chamou para um café de dia das mães que vai acontecer na escola dele, fiquei emocionada por ele me chamar!

Luísa: Filha ele gosta muito de você, escutei ele falando com o Portuga hoje mais cedo que você é uma luz na vida dele, que mesmo sendo do jeito que ele era você não pensou duas vezes para ajudar._abri a boca surpresa, eu nunca pensei que o Kaio falasse assim de mim.

Começamos a torcer por eles,e logo o jogo empatou, os meninos estavam mais focados ainda, o que duas caixas de cerveja não faz. Minutos depois o jogo virou ficando cinco a três para os sem camisas, e logo depois apitou encerrando o jogo.

Os meninos vieram em nossa direção, o André correu para abraçar a Karina, mas ela fugiu por conta do suor. Logo atrás veio o Kaio mais suado que o normal, molhado de suor, me deu um beijo na testa e veio me abraçando mais eu neguei o abraço fazendo ele me olhar debochado.

Lua: Você está todo suado, não trouxe roupa nem pra tomar banho!_falei autoritária.

Kaio: Pô Lua, eu não sabia que os caras ia jogar bola e não trouxe uma roupa reserva, até lá o suor seca pô, o carinha do Uber nem vai reclamar da sujeira!

Lua: Você vai andando porque eu não vou deixar você entrar assim no meu carro!

Kaio: Para de caô pô, você nem tem carr... mentira, cadê véi?_olhou em volta e eu apontei para o Corolla estacionado do outro lado da rua, e ele me olhou impressionado.

Lua: Bonitão né?

Kaio: Lua tu é foda véi, sério, você merece isso e muito mais parça!_fez um toque comigo e me abraçou, mesmo estando suado.

Antes de eu responder qualquer coisa o Portuga chegou atrás dele.

Portuga: Oi!_me deu um selinho, isso já virou comum entre nós, principalmente no meio de gente.

Lua: Eaí!

Portuga: Quem é foda?_olhou pra mim e pro Kaio.

Kaio: A Lua meu parceiro, viu o carrão que a mina tá, comprou pô, tô falando com você Lua, esquece o Portuga, esse otário não presta!_brincou.

Portuga: Teu cu moleque, me respeita!

Lua: Kaio, tem um negócio pra você, tá lá no carro, bora lá vê.

Eu tava ansiosa para mostrar ele o celular, um dos defeitos de eu querer presentear os outros é isso, eu fico ansiosa para mostrar.

Portuga: Tu não ficou com raiva de mim por conta desse moleque não né?

Lua: Lógico que não, relaxa!_sorri.

Kaio: se liga Portuga, apresentar ela pra uns parceiros meu, tá ligado né, naquele pique!_brincou.

Levei o Kaio até o carro e peguei o embrulho e entreguei o mesmo. Pedi para que fizessem o embrulho de forma que não parecesse ser um celular.

Kaio: Tá maluca Lua? Mexo com drogas não pô, pirou foi?_levantou a embalagem.

Lua: Termina aí logo, a maconha é da boa!_brinquei e ele me olhou sério.

Ele terminou de desembrulhar já sem paciência, quando pegou no celular ele me olhou impressionado, e eu sorri apenas.

Kaio: Parça, isso é demais pra mim, posso aceitar isso não!_me entregou o celular.

Lua: Qual foi, estou te dando cara!_devolvi o celular em suas mãos.

Kaio: Caraca, você já fez demais por mim só por me botar na tua casa, sem nem me conhecer direito, me deu comida, roupa, tô vivendo bem, me tirou das ruas, me ajudou nos surtos, a única coisa que você exige de mim é nota boa e eu tô me esforçando pô, deixa de caô, posso aceitar isso não!

Lua: E eu estou orgulhosa de você, e isso é um presente meu e do André, é feio recusar.

Antes que eu respondesse ele me abraçou e eu retribuí, larguei de lado todo o suor e a sujeira que ele estava.

Kaio: Aí cara, tá ligado que eu te amo, você mora aqui ó, tu é minha mãezona parceira, gatona de corpo e alma!_apontou para o coração.

Lua: Também te amo, e eu tenho orgulho de quem você está se tornando, foi arriscado colocar você em casa sem aí Menos te conhecer mas valeu a pena.

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POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora