capítulo 93

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dias depois.

Pov Lua:

Tô vivendo, aquele papo de ser desapegada de tudo, eu jurava que funcionaria com o Portuga, me iludi feio. Ele até tentou contato comigo, quebrei o meu chip até, privei absolutamente todas as minhas redes sociais, ando com medo, eu não sei do que ele é capaz.

Estava terminando o plantão junto com a Manu, em plena madrugada a Manu insistindo em me levar para uma balada para tirar minha cara de cansada.

Manu: Por favor Lua, eu até pedi para o Leonardo deixar eu ir com você, vai somente as meninas!

Lua: Não cara, vão vocês, eu tenho um trauma enorme de balada, boate qualquer coisa que se relaciona com isso!

Manu: Tá bom, eu te entendo perfeitamente! Cara eu te admiro de um tanto, acho que eu na sua pele eu nem conseguia sair de casa, não tenho forças para suportar um fim de relacionamento assim!

Lua: Pense bem, não é por que eu carrego bem, que o fardo não é pesado. A vida está me ensinando muita coisa de uma vez só!_sorri fraco e ela me abraçou.

Manu: Eu fico tão feliz por você estar conseguindo e ao mesmo tempo fico triste...

Lua: Do jeito que o mundo está, quem tá sozinho, tá no lucro!_pisquei e ela sorriu.

Eu tenho sérios problemas em não conseguir desabafar com ninguém, pra mim não vai adiantar absolutamente nada eu falar dos meus problemas para os outros sabendi que é coisas que só eu consigo resolver. A Manu sempre conversou muito comigo sobre isso, eu confio nela de olhos fechados.

...

Acordei com o Kaio me chamando para lanchar, e me levantei indo até a varanda, a varanda daqui se tornou o nosso lugar preferido. Me aconcheguei nas almofadas e mais atrás vinha ele com uma bandeja farta.

Kaio: Um lanche merecido para a minha melhor doutora!_colocou a bandeja no centro.

Ele havia preparado misto quente, suco, torrada, café, e colocou duas bananas cortadas com granola e uvas passas.

Lua: Desse jeito eu fico sem costume demais!_sorri.

Kaio: Pô, come esse negócio tudo, mó trabalho fazer um trem desse, e a dona também não está se alimentando corretamente, pô a regra número um de um término é ficar gostosa pra mostrar quem perdeu!

Lua: Você fala da minha vida amorosa como se tivesse uma estável!_brinquei e ele me olhou indignado.

Kaio: O foco é você!_apontou pra mim.

...

Lua: E como está ele?_perguntei para o meu pai.

Carlos: É sério isso?

Meu pai veio me ver, aquela preocupação de sempre, e cada dia que passa o ódio dele aumenta ainda mais pelo Portuga, porém, pelo bem da união do PCC, eles não podem se tornar inimigos, ou seja, meu pai tem contato diretamente com o Portuga, e foda-se se ele machucou os sentimentos da filha do Grego (Carlos) contanto que não haja nenhum tipo de rivalidade entre eles.

Lua: Sei lá, me bateu uma curiosidade, ele estava drogado naquele dia, não estava?_olhei curiosa.

Carlos: Não vi ele, quem está mexendo pra mim é o seu irmão, porque eu acho que se eu ver aquele idiota por agora o bagulho não vai ficar bonito pro lado dele!_tomou um gole do suco.

Carlos: Amanhã eu vou resolver um negócio na máfia, tô até prevendo o meu arrependimento!_coçou a nuca.

Carlos: E você? Como você está? Você está realmente bem?_me olhou.

Lua: Eu estou bem!_sorri fraca.

Kaio: Ah, ela está ótima, ele só teve umas três crises essa semana, tem vezes que eu pego ela chorando pelos cantos escondida, e ela está se entregando completamente para o trabalho!_me olhou com um sorriso cínico no rosto e o meu pai me olhou sério.

Lua: A gente, qual foi? Eu já sentia crises bem antes de tudo isso acontecer, e quanto mais trabalho, mais dinheiro na minha conta.

Kaio: Ia fazer cinco meses que você não sentia crises, você mesma me falou, e agora você não come, vive passando mal, sono desregulado, Lua, você tá fudendo com a sua vida!

Agora eu tenho um porta voz e nem sabia, olha que maravilha!

Carlos: Lua, por favor! A gente pega no seu pé, porque te queremos bem, não adianta nada sofrer por alguém que não te merece, quando se trata de amor o bagulho é foda, vinte e três anos que sua mãe morreu e eu ainda amo ela, mas eu não deixo de me relacionar com ninguém, são casos totalmente diferentes, eu sei, mas ficar assim por conta daquele cara, pô filha.

Lua: Gente, vocês querem que eu faça o que? Por que a minha única forma de descontar toda a minha angústia é através do meu serviço!

Carlos: Não sei, você pode ir pra Rússia comigo, eu tenho uma casa lá, obviamente afastada da máfia, e você pode passar uma semana ou mais lá, você precisa descansar!

Lua: Gente, não tem nem como eu simplesmente tirar folga do serviço, não tem nem dois meses que eu comecei a trabalhar.

Tinha como,muitas pessoas do hospital estava me devendo favores e digamos que são muitos, ultimamente eu estava pegando vários plantões seguidos, era uma maneira de eu ocupar a minha mente.

Eu poderia pensar muito na proposta, mas do jeito que o meu psicológico está, eu preciso recorrer à um descanso.

Lua: Na verdade, pode ser!_falei e ele sorriu vitorioso.

Kaio: Ae mermão, assim que eu gosto!_fez um toque com o meu pai, ele e o Kaio ultimamente estão em uma amizade inabalável.

Lua: Vocês dois, são impossíveis juntos, misericórdia!_fiz careta e eles riram.

Uma semana não ia ser tão ruim, é a primeira vez que eu saio do país, ansiedade é pra poucos, porque eu tenho que ser assim?

Conversei com a Janine, e troquei o meu plantão com ela, uma semana apenas basta, não consigo ficar tão longe assim, isso é que meu pai vai ficar apenas três dias, os outros quatros dias vai ser eu e o Kaio, apesar que meu pai vai apenas para trabalho, resumindo, sem tempo para passeios e essas coisas, ou seja, eu e o Kaio vamos ter que nos virar nos trintas para conhecer o lugar.

POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora