POR AMOR

capítulo 46

Pov Portuga:
Dia seguinte...

Se arrependimento matasse eu já estaria morto, eu não sabia que a mina ia levar o que eu falei a sério. A mina é cabeça dura, qualquer coisa que eu falo sobre ela, ela tem um porém para aquilo.

Fiquei conversando com ela por um tempo bom, até eu conseguir arrancar um sorriso daquele rosto. Sinto que ainda sou o culpado por ter feito ela chorar, eu juro que não foi por que eu quis, eu só não imaginava que iria afetar tanto o psicológico da mina.

E agora estou aqui na floricultura comprando flores para me redimir com a Lua, a mina passa por tanta coisa sozinha que eu sei que não é fácil.

Comprei uns girassóis como de costume, e comprei uma cesta de doces, por que no final eu sei que ela vai dividir comigo, essa é a intenção.

Voltei para casa e ela estava no banho porém com a porta do quarto aberta, deixei o mimo e voltei rapidamente para a boca, para planejar o baile de amanhã.

Sorriso: Aí, tão pedindo o alvará para colocar barraquinha lá no baile._falou assim que eu cheguei.

Portuga: Depende, são aqui do morro?

Sorriso: Não, são lá do independência, no asfalto!

Portuga: Então, nesse caso você cancela o pedido, temos que dar preferência para os daqui, eles que se fodam pra lá._, peguei a caderneta com anotações.

Ld: Tudo certo com os DJs, bebidas e iluminação.

Portuga: Já está tudo pronto então!

Sorriso: Como a Lua está hoje? Era para ter passado lá ontem depois do apagão, só que eu estava tão cansado que nem deu certo passar lá.

Portuga: Acho que está bem, e a minha irmã? Ela não dormiu lá em casa ontem a noite.

Sorriso: Nem vem, ela não dormiu lá em casa ontem, ela estava na casa da sua tia com a sua mãe e acabaram ficando por lá mesmo.

Portuga: Eu sei, estava te gastando só!_ri.

Ficamos lá resolvendo o mínimo, uma qualidade minha é gostar das coisas todas resolvidas antes de precisar.

Sorriso: Chamou os outros para o baile?

Portuga: Chamei o Terror, Vincent, e o Barão, todos vão com as fiéis.

Ld: Estou pensando em levar uma mina que eu estou saindo também._riu enquanto mexia no celular.

Sorriso: Vou levar a minha fiel, sabe como é né?

Portuga: Tô pensando em levar minha basuca, amor da minha vida, tão ligado._falei debochado.

Ld: Tá solteiro por que quer, tá na cara que você já deu uns pegas na Lua, a mina é firmeza parceiro.

Portuga: Ala, tá viajando na maionese, deixa de neurose papai!

Sorriso: E eu sou a Peppa Pig, tá comprando flores para um defunto então? Pelo amor de Deus, assume!

Portuga: Pronto, ela estava se sentindo mal e eu comprei para ela, e de qualquer forma eu não devo satisfação para nenhum de vocês dois._menti.

Sorriso: Não se esqueça que ela é a minha irmã, e você deve satisfação sim, porque eu tenho que dar satisfação da sua irmã?

Portuga: Porque ela é a minha irmã? Sossega André, tá reclamando tanto assim libera a minha irmã para a pista.

Sorriso: Meu pau, deixa eu e a sua irmã em paz. Vive o teu que eu tô vivendo o meu.

dias depois...

Os dias que se passaram foram super tranquilos, nada muito relevante. Dia de baile hoje, o morro tá o movimento que só.

A relação minha com a Lua está ótima, para resumir tudo por completo, temos uma relação de amizade, mas nada disso justifica a minha vontade de ficar com ela, às vezes é precisa lápis de cor na amizade.

Com muito esforço conseguimos convencer a Lua de ir no baile, até porque se ela for passar a vida toda dentro de casa é perigoso entrar em depressão.

Pov Lua:

Pela primeira vez eu saí de casa depois de saber que eu estou sendo perseguida, fui fazer a minha unha e dar um glow up no meu cabelo, fazia anos que eu não ia em um salão.

Eu não queria ir no baile, e sim, era porque eu estava com medo, eu estou indo, mas não vou sair do camarote.

Fiz prancha no meu cabelo, e vesti uma roupa mais arrumadinha e coloquei um salto. Não sou profissional em maquiagem, mas consigo fazer o básico, e pronto.

Estava na sala esperando a Karina e a Luísa terminarem de arrumar. Do meu lado estava o Portuga, e estávamos esperando os restante do pessoal chegar.

Portuga: Resolveu clarear o cabelo?_quebrou o silêncio que estava entre nós.

Lua: Sim, ficou um castanho claro, depois escurece de novo, eu nem ia fazer nada._falei mexendo no meu celular.

Portuga: Ficou lindo parça, o foda é que você combina com qualquer mudança.

Lua: Ah tá, vou pintar o cabelo de verde e imitar o incrível Hulk vai ficar lindo, confia.

Portuga: É óbvio, qualquer cor vai te deixar linda parça, entenda.

Lua: Exagero._cortei o assunto.

Eu estava tensa, eu não queria ir, queria ficar ali, tranquila, sem perigo algum de alguém me matar, eu só estou indo pela minha paz, estão insistindo demais no pé para eu ir nesse baile, preciso sair para distrair a cabeça, realmente, mas só queria fazer isso depois que tudo isso acabasse.

Portuga: Ae, você está linda!_me elogiou novamente.

Lua: O que você está querendo? Você está me elogiando demais, qual foi a merda da vez?_tirei a minha atenção do celular e voltei o meu olhar para ele.

Portuga: Ixi, eu não posso te elogiar mais não? K.o isso aí, só estou te elogiando._me olhou como se ele fosse uma pessoa inocente.

Lua: Elogiar pode, mas está exagerando já._sorri.

Portuga: Por um acaso, eu menti sobre você?_me olhou sério.

Lua: Sim._retribui o olhar.

Portuga: O seu problema é esse, de acordo com a ciência as borboletas não conseguem ver suas próprias asas. Então, elas não tem noção do quanto são verdadeiramente, mas todos ao redor podem ver, e você é assim!

Sorriso: Cheguei família, cadê o restante?

Lua: Estão se arrumando, cadê o Car...o nosso pai?

Sorriso: Está lá fora conversando no celular, tá linda com esse cabelo, mó gatona!_me elogiou.

Lua: Para, nem tá isso tudo!_ri sem graça.

Portuga: Aiai, me olhou debochado.