Pov Portuga:
"Não se sinta culpada (o) por fazer aquilo que é melhor para você!"
A Lua não tinha nenhuma expressão em seu rosto, eu e o restante estávamos com a mesma expressão, sede de vingança.E eu pretendo começar primeiro pelo Marcelo, vou fazer aquele cara sentir na pele o que a Lua sentiu quando ele fez a porra do estrupo.
Peguei um balde de água gelada que estava no canto, e joguei sem dó, fazendo com eles se assustassem.
Sandra: Puta que pariu!_resmungou.
Lua: Bom dia, querida mamãe!_falou com uma voz de deboche.
Lua: Meu queridíssimo padrasto, e você também!_apontou para o Papagaio.
Papagaio: Cara, eu não tenho nada a ver com isso, eles só pediram a minha ajuda e eu ajudei, mas eu não estou envolvido em caso de família.
Carlos: Quem...
Papagaio: Eu.
Carlos: Te perguntou!_olhou cínico.
Lua: Como uma ótima filha eu fiz um chá para você se acalmar, olha que maravilha._sorriu para a Sandra.
A Lua foi até um balde de óleo quente e entregou para o Carlos, eu sabia que ela não queria realizar nada ali, mas ela queria aquela vingança.
Foi longa o trabalho, e eu fiquei para o final, queria fazer o meu trabalho bem feito, os três ainda estavam vivos, mas estavam morrendo de dor, sem dúvidas.
Pov Lua:
Saí daquela salinha com um sentimento surreal, não era de culpa nem de dó, mas eu não conseguia decifrar, ver os três ali, juntos, implorando o perdão me vez ter ódio cada vez mais.
Era covardia? Sim, muita. Mas ninguém pensou em mim antes de me machucarem.
Eu estava com a mente cheia, farta de tudo, eu só queria dormir e nada mais. Os meninos ficaram para terminar o trabalho, e eu fui andando sozinha para casa, porque ainda não tive a oportunidade e nem as condições de comprar um automóvel.
Condições eu tenho, mas ainda não surgiu a oportunidade, tenho a habilitação e tudo, eu juro que comprarei assim que possível.
Ainda estava cedo, a Luísa saiu para fazer alguma coisa que eu não me lembro e a Karina dormindo, e eu vou fazer a mesma coisa que ela.
...
Acordei ainda mais com sono, infelizmente eu não podia permanecer na cama por questões de fome.
Desci as escadas com preguiça, e já estavam todos reunidos na mesa, esperando a comida ficar pronta.
Lua: Bom dia!_falei ainda sonolenta.
Karina: Para quem costuma levantar cedo, eu estou impressionada!_riu.
Lua: E levantei, levantei eram quatro da manhã, e voltei a dormir eram oito e pouco, estava cansada, passei a tarde no postinho escutando um tanto de crianças chorando tomando vacina, minha mente ficou um pouco perturbada.
Portuga: Os três foram para o saco, o Marcelo coitado, sentiu na pele a mesma dor que você sentiu, foi tão satisfatório!_sorriu vitorioso e eu retribuí o sorriso.
Lua: Eu saí de lá, estava com um sentimento diferente, mas não era de dó por estar fazendo aquilo, não sei, só sei que foi extremamente estanho.
Almoçamos juntos, conversando sobre coisas aleatórias, resumindo, foi um almoço agradável, parecíamos jovens formais, com conversas saudáveis.
Pov Portuga:
Terminei meus trabalhos na boca e fui para o meu escritório, ultimamente eu ando bem afastado do meu filho, e isso não faz ter orgulho do pai que estou sendo, meu pai sempre foi presente para nós, e eu pretendo seguir o mesmo exemplo.
Deixei o Anthony na casa da minha avó, com toda essa revoada de perseguição, ameaças, foi o melhor a se fazer, não posso colocar a vida do meu filho em risco.
Fiz as anotações necessárias, e olhei como estava o ritmo da boca nesse mês, se até amanhã tudo estiver em ordem eu vou viajar com a família, preciso descansar a mente, em outros tempos eu usava droga para fazer isso, mas eu acabei viciando e me tornando um cara agressivo, e hoje vai fazer dois anos que eu parei de usar qualquer coisa relacionada.
Mesmo sabendo a vida que eu levo, eu não quero isso para o Anthony, quero que o moleque cresça, faça uma faculdade, sei lá, seja alguém na vida, a vida do crime não leva a gente para lugar nenhum, eu não me arrependo de ter esse morro, mas eu perdi várias oportunidades por ele, e eu não quero isso para o meu filho.
Marquei um psicólogo para a Lua sem a permissão dela, por que se eu fosse depender da permissão da gata, ela não iria nunca em uma consulta. E ninguém precisa ser inteligente para saber que ela necessita disso, sei lá, a gente acumula tanta coisa na mente, que é capaz de nego enlouquecer.
Ainda não entendo o que essa mina fez para que eu tratasse ela tão bem, só pelo jeito dela ser, me comove, me deixa boiola, aquela mina tem uma cara de que vai me deixar totalmente rendido a ela, e eu não falo em questão de amor, longe disso, amor é ilusão, anota.
Ela só é diferente de todas as outras, admiro de ver ela se esforçando para fazer tudo, e mesmo sabendo que eu tinha a obrigação de bancar ela, ela trabalha e faz tudo e os caralhos.
Imagino eu que ela queria sair lá de casa, afinal ela tem a vida dela, faculdade, amigos, e agora ela descobriu que seu pai existe, ela não tem nada a perder, só seria estranho ela ir embora assim de repente, acostumei com a presença dela em todo canto.
Mó papo de apaixonado, e essa nem é a situação. Se o povo soubesse de todos os meus esquemas, eu ia sair como o cachorrão da história, e é por esse e outros motivos que pego todas em sigilo, porquê se for para ter fama, que seja daquilo que compensa o povo saber, longe de mim ter fama de cachorro, apesar de ser um. AU AU AU!
Estava cansadão, sono era mato, se eu fechasse os olhos eu dormia em pé, sem sentir. Tomei um banho, vesti uma roupa, liguei o ar condicionado, é impossível dormir sem alguma ventilação no Rio de Janeiro, calor da porra.
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POR AMOR
FanfictionSe eu errar que seja por muito, por amar demais, por me entregar demais, por ter tentado ser feliz demais. - Clarice Lispector 12/01/2022