capítulo 58

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Pov Portuga:

A mina meteu o louco e partiu pra pegação, foi um bagulho estranho quando eu vi ela pegando um playboyzinho lá, mas não falei nada, não estava no meu direito dizer ou opinar alguma coisa.

Em casa não trocamos nenhuma palavra sequer, porque eu estava emburrado sem motivos, e ela não fez questão.

Passei a tarde toda com o meu menor, levei ele para brincar, aproveitei o dia com ele, enquanto as meninas arrumavam as fantasias de hoje.

Papo reto, tô martelando umas ideia na minha cabeça desde ontem, e nada me tira daquela hora, dia, lugar, a mina fisgou meu pensamento de um jeito insuportável, é uma coisa que eu não estou sabendo controlar, quando vejo já estou pensando nela de novo.

Hoje eu conversei bem pouco com ela, referente a mais cedo, agora eu já estou mais tranquilo, o foda é que ela sabe como me provocar, ela sabe, sabe perfeitamente.

Eram quatro da tarde, a gente estava se arrumando para ir pro bloco, não tinha tanta opção de fantasia, de última hora as meninas decidiram que todos iríamos de salva vidas.

Lua: Amarra isso aqui pra mim por favor?_se virou para que eu amarrasse o top dela.

Portuga: Calma ae, vou pular na piscina ali, me afogar para você me salvar, certo?_brinquei.

Lua: Se fosse depender da minha ajuda, você iria morrer afogado, eu não sei nadar.

Portuga: Mas assim, uma respiração boca boca, acho que estou sentindo falta de ar!_falei e ela deu uma risada gostosa.

Lua: Você não tem jeito._negou rindo.

O momento que eu passei com ela no luau foi fantástico, único. Naquela de pegar e depois agir como se nada tivesse acontecido, ela está conseguindo fazer isso perfeitamente, quem não conseguiu foi eu.

Não é aquela coisa de "á vou ficar só com ela" não é bem assim, eu só queria beijar ela mais vezes, situação totalmente diferente.

Ela tem cara de quem vai revirar a minha vida de cabeça para baixo facilmente, ela tá no domínio pô, ela sabe como funciona, e eu tô me rendendo para aquela mulher, não estou me reconhecendo.

Lua: Pelo amor de Deus Manu, modera na bebida, o coitado do Ld sofreu com o seu fogo no rabo!_falou rindo e a Manu mandou o dedo do meio para ela, que fingiu ofendida.

Outra coisa que me impressiona é a forma dela beber, ontem ela bebeu tanto e ainda permaneceu lúcida, possivelmente porque ela virou umas duas garrafas de água de uma vez só, mas é duvidoso.

E outra coisa que eu tenho que admitir, ela realmente é tudo e uns caralhos, ela é aquela que vai estar lá independente da situação, pra ela qualquer lugar é lugar, se tiver que beijar no povão, ela beija.

Quando eu falo que a mina pegou o domínio da minha mente o povo acha que é exagero, tanta coisa pra eu pensar e eu tô aqui pensando nela, que culpa eu tenho se o beijo dela é pior que o vício de droga.

Lua: Portuga? Posso te perguntar uma coisa?_me parou assim que chegamos no bloco.

Portuga: Manda brasa morena!_sorri.

Lua: Quando a gente voltar para o morro, você me leva para fazer uma tatuagem? Por favor?

Portuga: Pelo visto a nega tá afim de mudar a vida mermo, levo pô. Chegando lá a gente marca tudo certinho, belê?_fiz jóinha com a mão, e ela sorriu concordando.

Não posso ficar moscando no asfalto, certo que a minha ficha lá nos cu azul está limpa, mas o máximo que eu conseguir evitar de ficar passeando por lá é bom.

Lua: Se você quiser eu vou te dar um amor, desses de cinema..._cantou feito uma louca fazendo a mão de microfone.

Lua: Canta pô!_olhou para mim animada, e eu neguei com a cabeça.

Tava todo mundo cantando, pulando, e eu tava lá na minha, observando tudo, absolutamente tudo. Tinha um carinha que olhava fixamente para a Lua, fiz logo a minha parte que é não deixar ela ficar com ninguém hoje.

Abracei ela por trás e fiquei dançando, os meninos começaram a gritar na hora por conta do ato, o foda é que amanhã vai virar motivo de conversa.

Lua: Qual foi?_me olhou sem entender.

Portuga: Ué senti vontade de te abraçar pô, tá podendo mais não?_menti na maior cara dura.

Lua: Seu nível de carência é surpreendente!_negou rindo.

Portuga: Xiu, relaxa aí pô!_fiz sinal de silêncio.

Curti a noite, e ela não pegou ninguém, que peninha. Por fim a gente saiu do bloco dez da manhã, só saímos porque estávamos cansados mesmos, se dependesse da Lua a gente ficava lá até às duas da tarde.

Manu: Oloco, a Cleide está lá com a Florência!_apontou para uma planta do lado de um boneco de posto.

Karina: De novo não, pelo amor de Deus, sossega menina._riu.

Portuga: Fiquei sabendo que a Florência está pegando o marido da Cleide, Manu._falei rindo.

Manu: NÃOOOO, A FLORÊNCIA NÃO!_gritou.

Quando olhei para trás ela estava chorando no colo do Ld que só sabia rir, assim como todos nós. A idéia era não deixar a Manu dar pt, a mina é fraca demais com bebida, e vira isso aí, falando com plantas, chorando sem motivo. A bebida antes de matar ela humilha.

Manu: Ae véi, papo retão, eu amo vocês tá bom? Vocês são os amores da minha vida, se eu pudesse eu casava com todos vocês._falou embargada por conta do choro.

A Lua só sabia rir e filmar a situação, minha barriga doía de tanto rir, já vi maconha dar um efeito brisado nas pessoas, agora cerveja, Ice e vodka, primeira vez.

O caminho foi assim, rindo feito loucos da embriaguez da Manu, quem passava por nós na Rua falava que estávamos loucos, mas na situação que ela estava, era impossível não rir.

Manu: Aí cara me solta, eu tenho um crush, ele é alto, branquinho, tem tatuagem, usa brinco na orelha, ele fuma, mais é inteligente, tem cara de ser corno._descreveu o Ld para o próprio Ld.

Eu queria saber que acontecia ali, não tinha lógica o efeito que a bebida causava nela, mó bagulho louco.

Manu: Vou falar com a minha mãe que vocês querem me envenenar, eu não quero isso, não tem gosto de nada!_negou a garrafa de água.

Lua: Toma isso logo Emanuelle Cardoso, para de feiúra._entregou a garrafa de água.

Manu: Ô meu amor, desculpa tá bom meu bem? A titia promete arrumar um treinzin pra você, você não vai mais ser encalhada._abraçou a Lua que olhou pra gente pedindo socorro.

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POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora