capítulo 122

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Pov Portuga:

...

Acordei cheio de dor, vista turva. Se pá eu bebi demais e nem sei onde eu tô. Fechei os olhos novamente, a claridade dessa porra tava forte demais. Tem a possibilidade de eu ter morrido, Deus ter me perdoado pelos meus pecados e ter me deixado ficar no céu.

Tô tontinho, certeza que não foi só cerveja. Tô forçando a mente tentando lembrar o que realmente aconteceu, ao invés de ficar de paranóia doida, mas tá complicado.

Abri os olhos novamente tendo a visão mais limpa. Olhei para os lados, uma maca, um negócio de soro na minha veia, uma televisão, medicamentos na mesa do lado. Porra, tô no hospital é isso?

Uma luz surgiu na minha mente trazendo todas as lembranças do que tinha acontecido. Que filha da puta, será se ele morreu? E a Lua? Como estão as crianças? Tem quantos dias que eu tô aqui?

Por uma teimosia minha eu levantei o braço sentindo uma pontada fina debaixo do braço. Mesmo com a dor eu passei a mão na minha barriga sentindo um curativo na mesma.
Baleado na barriga? E eu achava que o playboyzinho não sabia atirar.

A claridade era da lâmpada, parecia estar de noite. Tava com fome parceiro, tem quantos dias que eu tô nessa merda, certeza que são dois dias ou mais, ou então decidiram fazer uma lipo e retiraram tudo que eu havia comido.

Fiquei olhando para a janela, a Lua tava linda hoje, que nem a mãe da minha filha. Ouvi o barulho da porta e olhei em direção a mesma tendo a visão de uma loira gostosa de jaleco, óculos, uma divindade.

Lua: MISERICÓRDIA!_colocou a mão na boca tentando amenizar o susto.

Lua: Você acordou!_me olhou animada.

Portuga: Onde eu estou? Quem é você?_meti uma amnésia e vi seu sorriso desmanchar.

Lua: Você não lembra de nada?_me olhou preocupada.

Portuga: Lembro que tava sonhando com uma loira gostosa, mãe da minha filha._soltei uma gargalhada vendo ela revirar os olhos.

Lua: Pelo visto já está bem melhor, não é Pedro? Diz aí, está acordado há quanto tempo?_pegou uma caderneta.

Portuga: Tem pouco tempo não! Cadê as crianças?

Lua: Deixa eu fazer o meu trabalho? Preciso te consultar, deixe seus interrogatórios para depois._falou séria e eu olhei para ela com tédio.

Lua: Está sentindo muita dor?_falou e eu assenti.

Lua: De zero a dez, quanto de dor você está sentindo?_ajeitou o óculos no nariz.

Portuga: Oito e meio, dá pra suportar.

Eu não desviava o olhar dela. Eu tinha um sonho de ver ela sendo doutora, fazendo as consultas e essa porra toda, eu só não imaginava que eu veria isso sendo o paciente fudido numa maca sem conseguir se movimentar direito.

Lua: Certo, está tendo alguma dificuldade em respirar? Está sentindo algo mais além da dor?

Portuga: Eu estou respirando ótimo, e além da dor eu estou com fome. Tem quantos dias que eu estou aqui?

POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora