capítulo 54

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Pov Lua:

O pessoal marcaram de ir em um luau hoje a tarde, e eu estou muito animada, sei lá, estou curtindo tudo que está acontecendo, pra que terapia se existe essa casa na praia, anotem, quando eu conseguir crescer na vida eu vou comprar uma também.

Enquanto as meninas preparavam o almoço, eu fiquei fazendo a sobremesa, era divertido passar o tempo assim, isso acaba me deixando muito mal acostumada, mas era gostosinho o momento.

Manu: Tá, mais e o Portuga?_me olhou.

Lua: O quê que tem ele?_retrubuí o olhar.

Karina: Tá pegando o meu irmão que eu sei._sorriu.

Lua: Não meus amores, a gente é amigo, se é que me entendem, não quero nada com ele assim como ele não quer comigo, ele sabe ser gente boa quando quer, mas a gente não se pega, e isso não vai acontecer, relaxem!

As meninas ficaram me zoando, mais iludida que eu, só elas. Almoçamos todos juntos, a Luísa e a Manu ficaram lavando as vasilhas, e a Karina ficou com o Anthony, e eu estava cansada, deitei e dormi.

...

Assustei com um peso de um ser humano na minha cintura, levantei com dificuldades e era o Portuga, dormindo que nem anjo, ele é bonito, até dormindo, caraca, minha meta é ser assim, bonita de qualquer jeito.

Fui até o banheiro troquei o meu curativo, e fiquei na varanda do quarto olhando e admirando aquela vista.

Olhei para trás onde o Portuga dormia, e tinha um frigobar no quarto, o Portuga fez questão de colocar cerveja e refrigerante lá, se ele pegou do meu chocolate então não seria ruim da minha parte pegar uma cerveja dele, e de fato eu estava aguando a cerveja.

Peguei a cerveja e abri com a boca mesmo, aprendi com o meu pai, valeu a pena. Fiquei sentada ali, sentindo toda aquela brisa, o barulho do vento balançando as folhas dos Coqueiros, e o barulho das ondas do mar, aquilo era lindo.

Aquilo ali na minha frente era o antídoto para todos os meus problemas, só de admirar aquela vista, eu esquecia de absolutamente tudo, era apenas eu e a vista.

Portuga: Gostou daqui?_sentou no sofá do meu lado, também com uma cerveja na mão.

Lua: Aqui é uma tranquilidade, estou encantada com essa vista!_dei um gole na cerveja.

Portuga: Quer tocar violão para melhorar ainda mais o momento não?_me olhou cínico.

Lua: Não, está tão bom assim!_sorri.

Portuga: Vai morena, toca pra nós, por favor pô._me olhou sério.

Levantei pegando o violão que estava encostado na porta e começou a rolar, a gente cantava, conversava, ria, estava bom aquilo ali. Cantávamos todas as músicas de mpb possíveis, e o mais incrível, o Portuga sabia todas.

O Portuga desceu para pegar o Anthony, e enquanto isso eu bebia a minha cerveja, já estava na terceira garrafa.

Portuga: Ala a titia ó, vai lá nela._soltou o pequeno que andou até mim.

Lua: Oi meu amor, você brincou tantão com a tia Kahh meu príncipe!_peguei ele no colo e ele sorriu tão inocente para mim, o mesmo sorriso que o Portuga tinha.

Ficamos brincando com o Anthony um tempão, eu nunca tinha visto o Portuga tão carinhoso, era lindo a relação que ele mantinha com o filho.

Lua: Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy era você além das outras três..._cantei, e o Portuga me observava junto com o Anthony.

Portuga: Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês..._sua voz era suave.

Lua: Agora eu era o rei,
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei a gente era obrigada a ser feliz...

Portuga: E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país...

E fomos cantando juntos toda a música, é de se admirar, ninguém imagina isso quando escutam "o dono do morro". A gente pensa totalmente diferente, pensamos em um cara frio, agressivo, covarde, infelizmente julgamos muito sem ao menos conhecer.

Ele era diferente, a companhia dele fazia tudo ficar diferente, um diferente bom, a vibe que ele transmitia era surreal. Espero que todos conheçam o Pedro que eu conheço, o que não é o Portuga, um cara que sabe ser gentil, simpático.

Portuga: Pensando em quê moça?_me olhou.

Lua: Nem eu sei, só fiquei viajando aqui mesmo, coisa boba._sorri.

Portuga: Não queria estragar o momento, mas o luau começa às cinco da tarde, e agora são quatro e meia, não seria ideal você ir se arrumar?

Concordei e expulsei os dois meninos do quarto e fui me arrumar, usei um vestido com uma estampa que para mim puxava a vibe praiana, e uma rasteirinha, fiz uma produção bem básica, não existe tanto glamour e elegância quando se trata de praia, eu acho.

Liberei o quarto para os meninos se arrumarem, e permaneci lá, tinha que ajeitar o meu cabelo, e o Portuga não tem vergonha mesmo.

Ele arrumou o Anthony, bem fofinho, ele tem o dom de saber arrumar a criança, uma bermuda branca, com uma camiseta floral.

Terminei o meu cabelo e saí do quarto com o Anthony, arrumados só tinha o Ld e o meu pai, o restante ainda estavam se arrumando.

Carlos: Olha lá se não é a minha obra de arte mais bem feira que fiz._falou assim que me viu.

Lua: Um gato hein meu pai!_elogiei o mesmo.

Ficamos sentados no sofá conversando sobre futebol, e aos poucos todos foram ficando prontos. Era a praia ao lado, porém era um pouquinho longe para irmos á pé.

Nós dividimos e fomos no carro, era engraçado como o Anthony ficava tão atento com toda a paisagem que ele via pela janela do carro.

Uma parte que eu esqueci de citar, o Portuga, estava arrumado, até brincamos falando que ele estava parecendo um playboyzinho da zona sul, ficou emburrado até. Ele estava com quase a mesma roupa que o Anthony, lindo lindo, e enquanto isso eu agradeço a Deus por não existir o poder das outras pessoas lerem nossos pensamentos.

Imagina se existe essa possibilidade, porquê a boca é possível controlar, agora o pensamento, caraca, incontrolável, e seria tão perturbador.

POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora