capítulo 127

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Pov Portuga:

...

Até eu fiquei impressionado com o lugar. De cara eu já gastei cem reais, só de olhar. Negócio parece ser coisa de gente de classe altíssima.

Atendente: Boa noite, tudo bem? Vocês fizeram a reserva?_perguntou educada.

Portuga: Sim, está no nome de Pedro Silva._sorri.

Atendente: Ah sim, queiram me acompanhar por favor._sorriu saindo e nós fomos atrás dela.

Atendente: Prontinho, fiquem a vontade! Já já iram atender vocês. Boa noite.

Saiu me deixando ali sozinho com a Lua que não parava de me olhar. Eu estava de cabeça baixa, fingi estar vendo o cardápio, nem pique pra ler eu tinha.

Lua: Quando você me disse que a próxima que a gente saísse você não iria me levar em um restaurante de esquina, eu achei que você estava brincando._sorriu.

Portuga: Eu sou homem de palavra._dei uma piscadinha e ela riu negando com a cabeça.

...

Jantamos e eu paguei a conta escondido da dona, a mina é persistente, queria dividir a conta.

Lua: Eu não acredito que você pagou a conta escondido de mim._me olhou surpresa.

Portuga: É a regra dos encontros, paga a conta quem convida._abri a porta do carro para ela.

Lua: Regra? Não sabia que tinha regras para um encontro.

Portuga: E não tem, mas eu criei._entrei no carro e olhei pra ela sorrindo.

Lua: Ah sim, dá próxima vez eu convido, eu pago a conta._falou decidida.

Portuga: E...

Lua: E se você me chamar primeiro eu não vou._sorriu debochada.

Portuga: Complicada e perfeitinha..._cantarolei escutando sua risada gostosa.

Tava adorável a noite, eu não queria levar ela para casa, não agora. Mas eu também não fazia idéia de onde levar ela. Geralmente, toda vez que saímos o nosso último lugar é a praia.

Portuga: Onde você quer ir agora?_olhei para ela.

Lua: Não sei, me surpreenda._sorriu.

O foda tá é nisso aí. Eu não faço idéia de onde levar ela, seu fizer uma merda vai surpreender um total de zero pessoa, mas de qualquer forma. Fiquei travado com o negócio, eu precisava de mais cursos com as meninas.

Essa parte elas não tinham me falado. Paguei cinco açaí pra receber metade das informações, porra.

Lua: Faz o seguinte, vamos para o alto do morro? Eu levo o meu violão, e você leva as cervejas.

E foi aí que eu descobri que tô investindo na pessoa certa. A Lua gosta de coisa simples parça, e isso facilita uma boa parte da minha vida. Porquê eu sei que qualquer coisa que eu fizer, que foi feito de coração vai agradar ela.

Passamos na casa dela, ela trocou de roupa, pegou o violão e fomos para o morro. Durante o caminho a gente conversa sobre as crianças, sobre o morro, sobre o hospital.

Não sei, mas hoje ela não me provocou nenhum pouquinho. Tá estranho.

Merda, esqueci a porra das flores de novo. Eu vim o caminho todo lembrando dessa merda, caralho, pode me reprovar no negócio de romantismo. Quando eu falar com as meninas eu vou ouvir tanto sermão, tô até pensando em poupar esse detalhe.

Lua: O morro cresceu!_falou assim que subimos no topo.

Portuga: Sim, o alemão tá lindo._olhei a vista admirado.

Eu fico feliz de saber que eu tô conseguindo administrar o morro. É tudo que eu tenho do meu pai, e saber que eu estou conseguindo melhorar e crescer isso aqui é uma satisfação enorme.

Eu acho que onde quer que o meu pai esteja, ele estará orgulhoso de mim. Hoje eu vejo que é tudo diferente do que a gente planeja. Eu tinha planos quando criança de virar policial, e o engraçado é que mesmo sabendo da realidade o meu pai sempre me apoiava.

Eu cresci, vi o meu pai morrer, encarei a realidade, e herdei o bem precioso que o meu pai deixou, o morro. Eu faço isso por amor.

Era o sonho dele ver os netos, ter aquele churrascão em família, todos reunidos, pagodinho. Só de lembrar eu fico feliz, tenho dois filhos maravilhosos, minha família está estável, só falta a Lua para completar a felicidade.

Lua: Lembrou do seu pai né?_me olhou sorrindo e eu assenti.

Lua: Você está fazendo um bom trabalho, tenho certeza que ele está muito orgulhoso de você.

Portuga: Ele iria adorar conhecer o Anthony e a Gabriela._sorri.

Lua: Pelo o que você me fala do seu pai acho que os meninos seriam mimados, seu pai iria dar tudo que eles quisessem.

Portuga: Sim, ele seria um ótimo avô._concordei rindo e pegando uma cerveja na caixinha e entreguei pra ela.

Lua: Eu queria ter conhecido a minha mãe, queria que as coisas no passado tivessem sido diferente pra mim. Mas eu fico feliz, acho que se não fosse tudo eu passei, provavelmente hoje eu não seria quem eu sou. Eu senti o amor materno quando sua mãe apareceu na minha vida._sorriu boba.

Portuga: A dona Luisa é foda.

Lua: Sim, ela é._concordou rindo.

Portuga: Ela me bateu quando soube que você havia ido embora do Brasil. Ela só não me contou o motivo de estar me batendo, mas eu apanhei._sorri.

Lua: Queria ter presenciado a cena.

Portuga: Rebelde._brinquei.

Lua: Quando eu fui pra Rússia eu não tinha planos de me mudar. Eu conheci a Kimberley, e no último dia ela e o Kaio me convenceram de ficar. A Kimberley é uma advogada maravilhosa, não teve dificuldade em fazer transferência e essas coisas.

Portuga: Eu achando que era minha culpa.

Lua: Também. Não queria ver a sua cara nem pintada de ouro naquela época.

Portuga: cara, quando fez um ano e você tinha sumido eu perdi as esperanças que você um dia iria voltar. Aí na reunião do nada pá, chega você e o seu irmão. Minha garganta secou, tava diferente mas eu sabia que era você.

Lua: Eu vi sua reação, foi muito satisfatório. Mas eu também tremi na base. E você também não parava de me olhar._sorriu e eu concordei.

Portuga: Cê deu um show na reunião, a primeira mulher, mafiosa, foi top mermo te ver passando ordem._dei um gole na cerveja.

POR AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora