Quando Marília estacionou em frente a casa, já era perto do meio dia, ela e Lauana haviam recolhido tudo o que precisariam do escritório de Bruno, computador, algumas pastas com documentos e contratos, tudo.
Se as gêmeas tivessem de acordo, começariam a analisar tudo hoje ainda. Chamou um dos homens que estava pela varanda e pediu que ele chamasse os outros, conversaria com eles primeiro e depois levaria as coisas para seu escritório.
— Bem senhores, acredito que Beto tenha repassado as ordens a vocês, certo? - os homens estavam a sua frente.
— Sim senhora, ele repassou algumas coisas, mas disse que a senhora daria novas ordens.
— Acho que já sabem o que está acontecendo, então vou abreviar ao máximo. Eu não quero estranhos rondando a casa, dois avisos é o máximo que vocês darão a aquele que se atreverer, e a menos que se identifiquem, atirem para derrubar. Outra coisa, Júlio e Bruno estão proibidos de se aproximarem, não quero os dois por aqui, quero que fiquem sempre atentos. Comida, água, banheiro, o que vocês precisarem, é só procurar a Tereza, a cozinha é livre para vocês. Ordens, somente minhas, vocês serão muito bem remunerados por tudo. Dentro dessa casa senhores, há três pessoas extremamente importantes para mim, e eu não vou medir esforços para proteja-las. Eu posso confiar em vocês? - os homens se entreolharam e assentiram. — Muito bem, eu vou estar sempre por perto, qualquer problema, não hesitem em me procurar, podem voltar ao seus postos.
— Você não acha que pode estar exagerando um pouco? - Lauana perguntou incerta.
— Não. Não vou vacilar com a segurança de vocês. Vamo levar essas coisas lá para dentro. - tiraram as coisas da caminhonete e levaram para o escritório, as irmãs não tinham aparecido ainda. Fizeram a última viagem até o escritório e quando voltaram, encontraram Tereza na sala.
— Já ia lá na cozinha falar com você Tereza. Não o sei se já viu, mas tem alguns homens aí fora, eles vão fazer a segurança da casa por uns dias, não deixe que falte nada a eles, comida, água, café, se quiserem tomar banho ou o que for, o bem estar deles está em suas mão.
— Entendido dona Marília.
— E não me chame de dona Marília, você tem a idade da minha mãe, não gosto que me chame assim. - sorriu para a mulher.
— Você viu as gêmeas Tereza?
— Estavam no quarto. - respondeu a Lauana. — Estava indo agorinha lá, chama- las para almoçar.
— Pode deixar que eu mesma as chamo Tereza, poderia pedir a uma das meninas para preparar a mesa da varanda para os rapazes e chama-los para almoçar?
— Claro, com licença.
Antes que pudesse falar mais alguma coisa, foi interrompida pelo toque de seu celular.
— Lau, você pode ir chamando as meninas e ir almoçando, eu acho que vou demorar um pouco.
— Algum problema?
— Ligação importante.
— Tudo bem. - saiu em direção aos quartos.Marília foi em direção ao seu escritório, para só então atender a Ricardo.
Ligação on
— Marília, falei com a minha irmã, expliquei toda a situação e ela vai nos ajudar, precisamos conversar, mas eu prefiro pessoalmente, tenho um plano e quero te deixar a par de tudo antes de colocar em prática.
— Eu estou indo a Goiânia semana que vem, podemos nos encontrar no seu escritório. Mais alguma novidade? Como estão as coisas com relação a César?
— Eu tive acesso a mais algumas coisas relacionadas a família Pereira, pelo que vi, eles estão em sérios problemas.
— Como assim Ricardo? O que está acontecendo?
— Outro ponto que temos que conversar, é motivo real da volta das gêmeas. Nós temos mesmo que nos encontrar Marília.
— Tudo bem Ricardo, assim que eu chegar em Goiânia eu te ligo e nos falamos.
— Mais uma coisa, sabe onde está o seu irmão?
— A última vez que falei com ele, estava por aí, em uma das fazendas, porque? Algum problema?
— Não, não, tá tudo certo. Você não consegue imaginar mas alguém que possa querer te prejudicar?
— Não me vem ninguém a memória Ricardo, César é o único que tem algo concreto para se vingar de mim.
— Olha Marília, eu aconselho a não se preocupar apenas com o César.
— Você tem mais alguém em mente?
— Ainda não. Lembra que comentei com você sobre alguns crimes que César cometeu certo, então, um dos políticos que está metido junto com ele, o está ameaçando. Começaram algumas investigações sobre obras do governo que não foram concluídas e foram superfaturadas, a polícia conseguiu chegar ao nome desse cara e ele está sendo investigado, pelo que entendi, César tirou o dele da reta e o deixou para comer a bronca sozinho, e isso o deixou furioso. Alguns dias atrás, eu recebi uma mensagem do mesmo rapaz que avisou da volta das gêmeas. Esse tal político, ameaçou o César, mostrou fotos das meninas, fotos atuais, isso já foi o suficiente pra ele entender.
— Miserável, primeiro as colocou em cárcere privado e agora as coloca em risco.
— Pois é, por isso ele as trouxe de volta, as primeiras exigências foram cumpridas, agora vamos ver as próximas, eu estou atento a cada passo por aqui. Se for o caso, acha que consegue mante-las seguras?
— Faço o que for preciso para isso. Acha que ele pode tentar alguma coisa?
— Não sei, mas é bom estarmos preparados. Vai conversar elas?
— Ainda não, vou segurar essas informações por um tempo, elas podem ser bem úteis daqui um tempo.
— Certo, quando estiver por aqui me avise, ainda temos muito o que conversar.
— Pode deixar. Até mais Ricardo.
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O nosso amor venceu
FanfictionE quando eu sinto seu toque A minha pele se arrepia e toma um choque Minha boca, sua boca, sem sussurrar E uma lágrima escorrendo no meu olhar Dá pra ver, que eu amo você!