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Oi😍❤️

Os raios de sol banhavam o corpo da morena em sua antiga cama, os fios negros e longos espalhados pelos travesseiros, o lençol cobrindo até a altura do quadril deixando as costas branquinhas livres, a morena se remexeu na cama, sua mão procurando por algo, ainda da porta, Marília pode ouvir o resmungo frustrado, sorriu e se aproximou devagar, seus olhos não desviando do corpo pequeno em nenhum momento, agachou ao lado da cama, seus dedos percorreram levemente as costas de Maraisa, observando a pele arrepiar ao seu toque.

-Eu já disse que odeio acordar sem você na cama? - a morena virou o rosto em direção a Marília, os olhos da loira ainda focados em seu corpo. -Bom dia amor! - os olhos castanhos encontraram os seus, Marília a observou por alguns segundos, se aproximou devagar para deixar um beijo nos lábios da morena.
- Bom dia, linda! - a loira sorriu.
-Que saudade que eu tava desse sorriso. - a morena sorriu.
-Só do sorriso? - Marília perguntou com um sorriso ladino, Maraisa embrenhou os dedos nos fios loiros a puxando para si, foi virando na cama e puxando a loira, quando deu por si, Marília estava com o corpo parcialmente por cima do da morena.
-Do sorriso, do cheiro, do beijo, de você inteira. - a loira sorriu e a beijou, uma de suas mãos livrando o corpo pequeno do lençol, sentia as mãos de Maraisa passeando por seu corpo, a loira passou os braços por baixo de Maraisa e as virou na cama, deixando a morena por cima, estavam perdidas em um beijo envolvente e mãos bobas, mas antes que o clima pudesse esquentar mais, o som irritante de um celular tocando se fez presente, até tentaram ignorar, mas quem quer que estivesse ligando, era bem insistente, se separaram e Marília bufou fazendo a morena rir. - Vai atender amor, eu vou tomar um banho e depois a gente vai procurar algo pra comer, tô faminta. - deixou um selinho nos lábios rosados e levantou indo em direção ao banheiro, o celular que tinha parado, voltou a tocar fazendo a loira levantar irritada.
- Já tô indo inferno. - procurou pelo celular vendo o nome de Luis no visor.

Ligação on

- Bom dia Luis, algum problema?
- Não Marília, só tô te ligando para avisar, que a primeira parte do rebanho já está em Goiânia e a segunda já está a caminho.
- Alguma perda?
- Infelizmente, mas sabíamos o risco que estávamos correndo.
- E os cavalos? Achei que eles chegariam primeiro.
- Tivemos um problema de verminoses com alguns, eles estão isolados e já estão em tratamento, Tupã é um deles.
- Ele vai ficar bem não é? Matheus está cuidando dele e dos outros, por favor peça ao Matheus que me ligue assim que puder, vou ver se consigo estar aí essa semana ainda.
- Eu peço sim, estamos fazendo o possível, não vou mentir que a situação é preocupante, mas não precisa se apressar não, nós vamos informando você de tudo o que está acontecendo.
- Você sabe que eu amo meus cavalos Luis, Tupã principalmente.
- Mas nós estamos cuidando de tudo, eles estão todos isolados, Tupã é forte, está indo muito bem no tratamento, uma das éguas é que está nos preocupando mais.
- Alguma idéia de onde possa ter saído esse surto? Um ou dois cavalos é até normal, mas todos de uma vez, isso já é estranho.
- Estamos investigando, acredito que tenha sido no pasto, toda a comida que colocamos é bem armazenada e bem tratada, assim que tivermos mais respostas, eu ou Matheus ligamos.
- Certo, eu estarei aí no domingo pela manhã, algumas coisas vão mudar e eu preciso conversar com algumas pessoas aí, não me deixe sem notícias Luis e peça ao Jorge para me ligar assim que puder, preciso conversar com ele também.
- Tudo bem, se cuida Mah.
- Você também.

Ligação off

- Que merda....
- Algum problema? - a morena entrou na sala, já vestida com a mesma roupa da noite anterior, sua feição preocupada.
- Era o Luis, os cavalos estão com um problema de verminoses, pelo que ele falou a situação é preocupante. - a loira estava escorada na parte traseira do sofá, os braços cruzados abaixo dos seios.
- Ele falou algo sobre Estrela e Atlas? - se aproximou da loira.
- Ele não me falou deles, mas todos os cavalos estão isolados e recebendo todos os cuidados nescessários, Tupã é um dos que estão isolados. - a loira suspirou e levou a mão a nuca, estava preocupada.
- Vai dar tudo certo amor, logo eles vão estar saudáveis de novo. - abraçou o pescoço da mais alta. - Você vai até lá?
- Não, eu... - foi interrompida pelo som de uma notificação em seu celular. - É a sua irmã, tá chamando a gente para tomar café com ela, vamos?
- Avisa que a gente vai, eu já estou pronta, você ainda vai tomar banho?
- Não, eu já tomei mais cedo, vou só lá no quarto pegar algumas coisas e a gente vai. - deixou um selinho nos lábios da morena e já ia saindo quando sentiu a mão pequena segurar seu braço.
- Eu sei que nós ainda temos muitas coisas para conversar, mas tudo o que eu falei é pra valer Marília, eu estou aqui agora, quero ter de volta tudo o que nos foi tomado, se você ainda estiver disposta, é claro. - a morena a olhava nos olhos.
- Está tudo aqui, sempre esteve, não precisa ficar insegura quanto a isso, eu amo você, sempre amei e sempre vou amar, mas tem um porém. - a loira viu o exato momento que as feições da morena mudaram, ela estava nervosa. - Não quero continuar de onde paramos.
- Não? - os olhos castanhos brilharam com lágrimas.
- Não. - a loira segurou uma das mãos da morena. - Eu não quero mais te chamar de namorada, não cabe mais a você. A nossa história foi difícil, namoramos escondido, fomos separadas a força, conhecemos pessoas, eu quase perdi você de vez para um acidente, quando você voltou, eu pensei que ficaríamos bem, mas você não lembrava de nada e eu quase perdi você de novo, mas estamos aqui agora, você voltou pra mim e dessa vez, eu não vou deixar nada acontecer de novo, ninguém vai separar a gente Isa. - lágrimas rolavam pelo rosto da mais baixa.
- Então... - estava receosa.
- Casa comigo? Não precisa ser agora, imediatamente. - se aproximou da morena, que estava estática. - Eu sei que pode estar sendo precipitado e eu vou entender se você não quiser, mas Maraisa, eu não quero perder mais tempo, já basta todos os anos que passamos longe uma da outra. - Marília já estava apreensiva, Maraisa a olhava sem nenhuma reação, foi só quando apertou um pouco mais forte a mão da morena, que ela saiu de seu estado de torpor.
- Sim, claro que sim amor. - a morena abriu um sorriso e pulou nos braços de Marília, que a rodopiou no ar. - Mil vezes sim, eu amo você Marília, amo muito. - Maraisa enchia o rosto da mais alta de beijos.

O nosso amor venceuOnde histórias criam vida. Descubra agora