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Galerinha, me desculpa qualquer erro tá, essa é a minha primeira fic, eu não estou acostumada a escrever histórias assim, com muitos detalhes e muitas falas, mas eu amo esse casal e sempre quis escrever uma fic, tenham só um pouquinho de paciência com a minha pessoa tá😊 Beijão😘❤️


Havia passado uma semana da ligação do Ricardo, desde então já se passaram mil ideias pela minha cabeça. Eu preciso ter calma, por mais que as coisas sejam diferentes agora, eu sei que o César não vai facilitar pra gente. Saio dos meus devaneios com o som do meu celular tocando.
— Me dê boas notícias Ricardo. - não dei se quer a chance dele falar 'Alô'.
— Elas chegam no sábado, estão vindo em um avião particular, César já mobilizou toda uma equipe pra buscá-las e estão preparando uma recepção, afinal, a alta sociedade de Goiânia precisa saber que as primogênitas de César Pereira estão voltando pra casa depois de tantos anos morando fora.
— E você sabe se vem mais alguém com elas? Um namorado, um marido? -eu fiquei tão eufórica com a notícia de que elas estavam voltando, que não parei pra pensar que Maraísa poderia ter seguido a vida, eu detesto pensar nessa possibilidade, me dói pensar que ela pode ter me deixado no passado.
— Não Marília, só as duas e uma mulher chamada Bertha, que é uma espécie de ' cão de guarda ', durante todos esses anos ela mantinha César informado de cada passo das meninas, nada passava desapercebido, ela recebia ordens diretas dele.
— Eu imaginei. Bom Ricardo, obrigada, de verdade. Você não tem ideia do quanto tudo isso tudo é importante pra mim.
— Não precisa agradecer, sabe disso, assim que eu souber o horário que elas chegam no aeroporto eu te aviso, se cuida. - dito isso ele desligou. Sábado, daqui três dias elas estariam aqui e eu precisava falar com Lauana o mais rápido possível. Lau e eu mantemos a nossa amizade até hoje, seguimos a mesma carreira, nesse meio conhecemos o Henrique ou Ricelly, que faz dupla com Juliano. Basta ter um tempinho livre que a gente tá grudado, o Juliano nem tanto, por ser casado e ter o lindo do Ravi, ele não acompanha muito a gente. Nós três viajamos juntos, compomos juntos, até pra fazer merda a gente tá junto.
Disquei o numero de Lau, que me atendeu no terceiro toque.
— A rainha da sofrência me ligando! A que devo a honra vossa majestade? -ela fala com o ar risonho.
— Oi palhaça! - falo com um sorriso, eu amava aquela idiota.
— Quanto amor pela minha pessoa Marília.
— Por onde você anda? Tenho algo importante pra falar com você. - vou falando com Lau e andando em direção a sala de treino que tenho em casa. Tô precisando descarregar um pouco da tensão desses últimos dias e nada melhor do que fazer isso em um saco de pancadas.
— Bom, você deu sorte, porque eu acabei de chegar em Goiânia e vou passar uns dias por aqui. Aconteceu algo Mah? - não posso deixar de notar o tom de preocupação em sua voz, Lauana sempre foi muito protetora comigo.
— Tá tudo certo Lau, relaxa. Almoça comigo hoje?
— Claro que sim meu amor, onde e que horas?
— Me encontra no Kabanas, uma da tarde tá bom pra você?
—Tá ótimo amor, eu te encontro lá. Agora eu preciso ir, tô louca por um banho e pela minha cama, beijo amor.
— Beijão Lau.

Largo o celular, coloco as faixas para proteger as minhas mãos e começo a treinar. Eu conheci o box tem algum tempo já, ele me ajudou a sair da deprê que eu caí a um tempo atrás. Também peguei gosto por esportes radicais, eu amo saltar de paraquedas, kitesurf, bungee jumping, mas esse eu tive que parar, depois que dona Ruth viu o vídeo do meu último salto e quase infartar, eu levei uns tapas e ela me fez prometer que não faria mais, ela ainda tem um pé atrás com o paraquedismo, mas ela sabe que eu amo saltar e amo a sensação de liberdade.

Hoje, olhando pra trás eu vejo o quanto mudei, não só no físico. Antes eu era um pouco acima do peso, não ligava pra cuidados com a pele, tinha poucas opções de roupas, a minha casa era pequena demais para três pessoas e eu tocava violão na praça para ajudar a minha mãe com as despesas de casa. Não foi nada fácil chegar onde eu cheguei, mas valeu a pena cada esforço, hoje eu moro em um dos condomínios mais caros de Goiânia, me sinto bem com a minha aparência, e no lugar de tocar na pracinha para algumas pessoas, eu tocava em arenas e estádios lotados.

Será que ela vai me reconhecer? Será que também mudou muito?
Nós sempre fomos muito diferentes de qualquer forma, eu razão, ela coração, eu mais fria e dura na queda, ela mais sensível e emotiva, eu preferia cores mais escuras e sem estampas, ela com cores mais claras e seus vestidos floridos.

Me pergunto como duas pessoas tão diferentes desenvolveram um amor tão forte e intenso como o nosso. Nossas diferenças nunca foram um problema de qualquer forma, pelo contrário, elas se completavam, mesmo sendo mais nova que eu por dois anos, sua maturidade me encantava, seu jeito doce e meigo me ganhavam mais a cada dia que passava, sua beleza física era só um bônus, a inteligência, a humildade, seu jeito altruísta, minha menina tinha um coração valioso demais.

Que saudade. Suspiro e encosto a minha testa no saco de areia, rezando baixinho e pedindo a Deus que você não tenha mudado tanto, porque sinceramente amor, eu tenho medo de que a menina que eu conhecia, tenha se perdido na mulher que você se tornou.

 Suspiro e encosto a minha testa no saco de areia, rezando baixinho e pedindo a Deus que você não tenha mudado tanto, porque sinceramente amor, eu tenho medo de que a menina que eu conhecia, tenha se perdido na mulher que você se tornou

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O nosso amor venceuOnde histórias criam vida. Descubra agora