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Mil perdões pelo atraso, mas ultimamente eu não estou tedo um minuto de sossego para escrever. O capítulo não tá muito legal, sempre que eu começo a escrever alguém me chama, alguém me pede algo, eu espero que vocês gostem.

Música do capítulo: Tenerife Sea -Ed Sheeran ❤️

Marília precisou correr para organizar tudo, passou em alguns lugares, comprou tudo o que iria precisar, em casa, pegou as chaves e um violão, colocou tudo no carro e se dirigiu ao local, no caminho, foi ligando para o restaurante e fazendo a reserva.

Chegou ao seu destino e antes de entrar, observou o lugar, fazia um bom tempo que não ia até lá, a parte da frente estava bem cuidada, assim como a parte de dentro e o quintal, uma vez por mês, alguém ia até lá e fazia uma boa faxina na casa, limpava ao redor, não quis se desfazer do lugar, haviam muitas lembranças ali, boas, nem tão boas, de certa forma, era também um ponto de paz, ninguém sabia daquele lugar, sua mãe achava que tinha sido vendido, e seu irmão não fez muita questão de saber o que aconteceu com sua antiga casa.

As vezes também se refugiava ali, para compôr, para se conectar de novo com suas raízes, ou simplesmente para dar um tempo do mundo caótico em que vivia. Abriu a porta sentindo um pouco de nostalgia. Lembrou de todas as dificuldades que enfrentaram, depois que Mario abandou os três e sumiu no mundo, tudo foi difícil, segundo sua mãe, o homem estava em depressão, havia sido traído por um sócio que o deixou na rua da amargura, Marília ainda era muito pequena, seu irmão era um bebê, mas para Marília, nada justificava um abandono, ele poderia ter escolhido ficar, enfrentar as adversidades junto com a família, mas preferiu agir como um covarde, hoje já não fazia mais diferença, sua mãe era sua base, seu exemplo. Ruth foi uma guerreira, segurou firme a barra de criar dois filhos pequenos, sozinha.

Lembrou do dia em que assinou o contrato com Pepato, foi um dos dias mais felizes da sua vida, ali as coisas começaram a mudar, comprou um violão melhor, mudou alguns móveis, reformou alguns cômodos, ainda lembra da felicidade do irmão, quando o presenteou com um celular, ainda não era o mais moderno, mas ainda assim foi de coração, trocou a geladeira que já não estava das melhores, a tv da sala que também já não funcionava mais, por último, arrumou seu quarto, trocou sua cama, que até então era de solteiro, a pequena cômoda no canto, deu lugar a um guarda roupas.

Espantou todos aqueles pensentos e se pôs a trabalhar, ainda tinha algumas coisa para fazer e não tinha muito tempo.

Longe dali, as irmãs conversavam, Maraisa ajudava Maiara a escolher uma roupa para a tal social de Naiara, já tinham experimentado uns sete modelos diferentes.
- Irmã, quê que cê acha desse aqui? - Maraisa mostrou para a irmã um vestido preto de mangas longas, muito bonito, a ruiva analisou. O vestido era justo ao seu corpo, um pouco acima dos joelhos e com uma abertura em cada lado de sua cintura, perfeito.
- Perfeito, falta só o sapato, mas eu já sei qual vou usar. - colocou o vestido na cama e foi guardar o restante. - Marília disse onde vocês vão jantar? - voltou com um par de scapin nas mãos deixando ao lado da cama.
- Não, disse apenas que passaria aqui as oito e que depois iríamos em um outro lugar. Vai me ajudar né?
- Claro que sim metade, mas me conta, como vocês estão? Esses últimos dias não deu para gente conversar direito. - se jogou na cama junto com a irmã.
- Estamos bem, Marília é uma mulher incrível, carinhosa, atenciosa. As vezes eu me pergunto se ainda estaríamos juntas caso não tivesse acontecido tudo isso, sabe, se já seríamos casadas, se já teríamos filhos. - a morena suspirou. - Mai, posso te perguntar algo?
- Você pode me perguntar o que quiser meu amor. - virou de frente para a irmã.
- A minha primeira vez, foi com a Marília não foi? - estava um pouco sem jeito, Maiara sorriu.
- O que você acha? - Maiara a olhou e Maraisa sorriu.
- Acho que sim, mas não sei como eramos antes, não lembro se já namorei antes dela, isso de não lembrar é um saco. - a morena bufou.
- Você precisa ter paciência, suas memórias não vão voltar assim derrepente, sim, a Marília foi a sua primeira vez, você até teve um namorico antes dela, mas não foi tão longe, ele estudava com você.
- Marília foi a única mulher na minha vida? - estava curiosa.
- Foi sim metade, depois que a gente foi embora, você não se envolveu com ninguém por um bom tempo, eu ainda tentei, mas não consegui, depois do acidente você conheceu o Diego, lembra dele? - a morena assentiu.
- Diego era legal, nós ainda dormimos juntos algumas vezes, mas não dava, faltava algo. Acho que no fundo, inconscientemente, eu procurava com ele a conexão que eu tinha com a Marília, é surreal irmã, é como se a gente estivesse ligadas o tempo todo. Lembra do dia que teve aquela confusão com o Bruno? - Maiara assentiu. - Depois que ela saiu do escritório, eu senti algo estranho, uma nescessidade de trazer ela de volta, de manter ela perto, foi com se eu sentisse que algo ruim iria acontecer, então eu fui atrás dela e quando cheguei lá fora, ela estava quase matando o Bruno.
- Sempre achei linda a forma como você falava da Marília, o amor de vocês é tão lindo metade, andei pensando muito desde ontem, acho que eu e Lauana não éramos para ser, nós nos amamos, foi lindo, mas eu acho que ficou lá atrás mesmo, eu fiquei sim magoada, ainda estou na verdade, mas não como eu achei que estaria, acho que foi melhor a gente terminar, depois que a poeira baixar e tudo se acalmar, nós vamos conversar de novo, vamos pôr realmente, um ponto final na nossa história, é o justo a fazer.
- Você está realmente bem, metade? Ainda vejo uma pontinha de tristeza nos seus olhinhos. - Maraisa levou a mão ao rosto da irmã.
- Estou sim, vou ficar melhor quando você lembrar de tudo, quando você e Marília enfim estiverem felizes e em paz, agora, nós precisamos arrumar uma roupa pra você, vamos já são quase sete da noite.

O nosso amor venceuOnde histórias criam vida. Descubra agora