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A viagem foi tranquila, chegaram em Goiânia no meio da tarde, quando o helicóptero pousou, um carro já as esperava.
— Tire esses dias para descansar Felipe, na quinta nós saímos pela manhã, São Paulo nos aguarda.
— Tudo bem, eu vou deixar tudo preparado. - trocaram um aperto de mão.
— Aproveite a folga. - seguiu rumo ao carro, Maraisa, Maiara e Lauana já haviam se acomodado, a loira entrou sentando ao lado de Maraisa. — Já podemos ir Augusto. Lau, você vai pra minha casa ou vai direto para a sua?
— Eu acho que vou para casa, amanhã de manhã a gente se vê por lá. Quando a gente vai levar as duas aqui até o apartamento? - apontou para as gêmeas.
— Eu achei que poderíamos passar o domingo juntas e na segunda levarmos as duas até lá, o que acham?
— Pode ser, mas a gente ainda vai ter que ir na casa do César de qualquer forma, todas as nossas coisas estão lá e nós ainda precisamos arrumar um carro Isa, eu vou aproveitar que já estamos aqui e me apresentar logo lá na Workshow.
— Cê falou Workshow? O que cê vai fazer lá? - a loira a olhou curiosa.
— Eu acabei de ser contratada por eles, provavelmente vou defender um bando de artistas mimados que vivem se metendo em polêmica. - a ruiva bufou e revirou os olhos.
— Você ouviu do que a tua namorada chamou a gente? Tô chateada. - a loira fingiu uma carinha triste.
— Pô ruiva, aí cê pegou pesado. - Lauana imitou a amiga.
— Vocês são da Workshow?  Meu deus. - a ruiva explodiu em risos. — Me desculpa, me desculpa, me desculpa amor. - deixou um beijo na bochecha de Lauana. — Eu não sabia que era o escritório de vocês.
— Magoei viu. Mas vem cá, cê num era advogada empresarial não? - sentiu a mão da morena em sua perna e ela se encostar em seu ombro.
— E eu sou, só que lá na Workshow foi o mais rápido que eu consegui, eu já cheguei no Brasil com a ideia fixa de não depender mais do César para nada, eu só fui direto para casa dele porque eu não tive como procurar um lugar antes.
— Mai, você poderia vir falar comigo, eu tenho alguns amigos empresários, donos de grandes empresas, eu poderia ter te dado uma força, a Lau também, nós temos vários amigos em comum.
— É Mai, você deveria ter falado com a gente.
— Relaxem, a Workshow vai ser só um pontapé inicial, eu quero abrir o meu próprio escritório. - foram interrompidas pelo toque do celular de alguém, depois de conferir Marília constou ser o seu, olhou no visor e soltou um gemido de frustração.
— Não, o que ela quer agora? - a loira virou o celular para Lauana que apenas revirou os olhos.
— Quem é? - a ruiva estava curiosa, tinha visto o nome no celular da amiga.
— Mais uma apaixonada pela Marília, essa garota vive correndo atrás, mesmo a Marília falando que não queria nada com ela.
— Cê não vai atender? - a morena que até então estava calada perguntou.
— Não mesmo, eu até já imagino o que ela quer. - deixou a chamada cair e depois desligou o aparelho.
— Quais as chances de ela aparecer pela sua casa amanhã?
— Eu espero que nenhuma, o Henrique disse que já tem um tempão que não fala com ela, espero que não tenha falado agora.
— Porque ela iria a sua casa? Aparentemente você não deu essa intimidade. - a ruiva perguntou dessa vez, Maraisa estava muito calada e a loira estranhou.
— Na verdade, ela era rolo do Henrique. Em um dos churrascos que a gente tem costume de fazer, ele levou ela e ela passou o dia inteiro de olho na Marília, sempre arrumava uma desculpa pra tocar, pra puxar assunto, a Marília foi educada o tempo inteiro, mas a garota se apaixonou. - Lauana explicava toda a história para Maiara, enquanto a loira desviou a sua atenção para Maraisa, seus braços ao redor do corpo pequeno, o rosto da morena enterrado em seu pescoço.
— Você está bem, meu amor? - sua voz soou baixa no ouvido da morena.
— Só a cólica voltando. - a voz dengosa.
— Nós já estamos chegando na minha casa, você toma uma banho, come algo e deita um pouco. Vai dormir comigo hoje né? - seus dedos faziam um carinho calmo nos cabelos negros.
— Chegamos dona Lauana. - o carro parava em frente a casa da cantora.
— Cê vai ficar comigo Mai? Amanhã a gente vai junto pra casa da Marília.
— Metade, você tá bem? Quer ficar com a gente ou você vai com a Lila? - seus dedos passearam nos cabelos da irmã.
— Fica tranquila meu amor, eu vou com a Lila e amanhã a gente se vê tá. - deu um beijo na bochecha da ruiva, recebendo um em seus cabelos.
— Eu sei que você vai estar muito bem cuidada, mas qualquer coisa me liga tá, vou estar com o telefone o tempo todo. - Maraisa apenas assentiu, Maiara deixou um beijo no rosto de Marilia e desceu do carro, Lauana já tinha pego suas bolsas.
— Cês tomam café com a gente amanhã?  Vou ver se falo com os meninos também para chegarem mais cedo, quero mostrar a música pra eles amanhã mesmo.
— A gente chega cedo por lá, pode deixar, beijão Mah, se cuida. - Lauana fechou a porta do carro e Augusto seguiu para a casa da loira. Minutos depois estavam estacionando em frente a casa, Marília desceu e ajudou a morena a descer, pegou suas bolsas e estendeu a mão para Maraisa que prontamente aceitou, antes que pudesse tocar a massaneta, a porta foi aberta por uma Ruth sorridente e de braços abertos, seu primeiro abraço foi na morena.
— Como você está filha? Parece um pouco abatida.  - Ruth a soltou e olhou para seu rosto.
— Só cansada da viagem e com um pouco de cólica dona Ruth, mas eu estou bem.
— Nada de dona, só Ruth e eu espero que a Marília não tenha te dado muito trabalho, essa garota é um poço de teimosia. - fechou a cara para olhar a loira que apenas levantou as mão em rendição.
— Ela foi ótima, não se preocupe. - Ruth ainda segurava a mão da morena.
— " Oi Marília, minha filha, como você está? Foi tudo bem esses dias? Tá com fome? Eu tava morrendo de saudade." Eu estou ótima mãe, foi tudo bem esses dias, sim eu estou com fome e eu também estava com saudades. - a loira falava tudo com ironia, Ruth e Maraisa riram e a mais velha foi abraçar a filha.
— Deixa de ser ciumenta menina.- abraçou a loira com força, que retribuiu a altura. — Que saudade que eu tava de você filha. Agora vamos entrar, eu preparei um lanche delicioso para vocês. - Ruth enlaçou seu braço ao da morena e saiu a puxando casa a dentro. Marília apenas sorriu e negou com a cabeça, estava adorando a interação das duas mulheres mais importantes da sua vida.

O nosso amor venceuOnde histórias criam vida. Descubra agora