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Bom dia❤️

Depois de todos os fatos esclarecidos, Almira tentava dar algum consolo para a velha amiga, a mulher estava sem chão, quando César apareceu em sua porta, contando que Mário tinha ido embora e a deixado sozinha com duas crianças pequenas e desamparadas, se revoltou, como que o homem que um dia jurou ser o amor de sua vida pôde fazer algo daquele tipo? E agora, anos depois, quando toda essa história já não deveria mais fazer diferença, vem Almira com toda a verdade, seu marido, seu Mário, nunca a abandonou, nunca a deixou sozinha com dois filhos pequenos, não por querer.
- Que tipo de homem o César virou afinal? Eu passei anos da minha vida odiando o único homem que amei, eu menti para os meus filhos, dizendo que ele estava doente, que o pai deles nos deixou por causa de uma maldita doença, para hoje eu descobrir que o César, o homem que um dia Mário chamou de irmão, o traiu, o deixou para morrer, que tipo de monstro o César virou, Almira? - o choro de Ruth era tão doloroso, quase desesperado.
- Ruth, você precisa se acalmar, vai acabar passando mal. - Maraisa estava sentada ao lado da sogra, a morena passava a mão nas costas da mais velha. - Marco, vá até a cozinha e peça a Fátima que traga um copo de água para a Ruth, Maiara está lá fora com os outros, peça que ela entre também. - a morena pediu ao irmão, que imediatamente a obedeceu.
- Eu sinto muito por tudo que você teve que passar Ruth, eu só soube de toda a história a pouco tempo. - Almira sentou de frente para Ruth e segurou a mão da mesma. - Eu confrontei o César, queria saber o porquê de ele odiar tanto a Marília, eu sabia que ela tinha algo que me era familiar, das poucas vezes que a vi, eu sabia que ela me lembrava alguém, mas nunca a vinculei a Mário. - Ruth chorava ainda mais, que mundo pequeno, sua filha iria se casar com a filha do homem que traiu seu pai, que causou a sua morte.
- Ruth, por favor. - Maraisa puxou a mulher para perto de si.
- Aqui a água. - a mulher entrou o copo a Maraisa e ficou ali caso precisasse ajudar em algo mais.
- Ruth, eu preciso que você beba um pouco de água, você precisa se acalmar, ainda vai ter que conversar com Marília. - a mais velha bebeu um pouco de água, suas mãos tremiam tanto.
- Ela quase matou o seu pai. - a morena olhou para a mãe assustada, tá explicado toda a sensação ruim que sentiu. - Por sorte, Marco chegou antes que ele pudesse perder totalmente a consciência, foi uma luta para tirá-la de perto dele. - o coração de Maraisa apertou, imaginar Marília ouvindo todas aquelas barbaridades sozinha, sem seu suporte, imaginar a loira perdendo o controle de suas ações e sentimentos.
- Ela não vai me perdoar. - a mulher virou de frente para a morena. - Maraisa, ela não vai me perdoar, explica pra ela filha, explica que eu fiz pelo bem dela e do Gui, que eu não sabia de nada disso. - a mulher praticamente a implorava.
- Ei, Marília idólatra você Ruth, se ela é a mulher que é hoje, é graças a você. - Maraisa passava a mãos no rosto da mais velha, em uma tentativa falha de secar suas lágrimas. - Vamos fazer assim, você vai parar de chorar, vai se acalmar e depois vocês conversam, tá bom. - a mulher assentiu. - Mas por agora, eu preciso que você fique calma, não quero que passe mal. - Ruth abraçou a morena fortemente, quando levantou seu olhar, Maraisa se deparou com a loira na porta de entrada do corredor, seu rosto vermelho, provavelmente pela raiva, pelo chroro, seus olhos estavam vidrados em sua mãe, que ainda estava abraçada a morena, embora os olhos estivessem na mãe, o olhar de Marília estava distante, como se lembrasse de algo, a loira balançou a cabeça e seus olhos encontraram os da morena, Maraisa os viu, machucados, quebrados, antes que pudesse falar algo, a loira virou as costas e voltou para onde estava, ouviram novamente a porta ser fechada com um estrondo.
- Mãe? - a ruiva entrou na sala confusa. - Metade, o que está acontecendo?
- É uma longa história Mai, mas eu preciso que você fique aqui e mantenha as coisas sob controle, eu preciso ver como a Marília está. - a ruiva assentiu. - Ruth, eu preciso ver como Marília está. - a voz da morena saiu mansa, a mais velha assentiu e a soltou, Maraisa deixou um beijo nos cabelos da mulher e olhou para a irmã, que se afastou um pouco junto a morena.
- O que aconteceu dessa vez, irmã? - a ruiva estava preocupada.
- O pai da Marília está morto metade, ele era sócio do nosso pai, eles eram amigos, o tio Má, era o pai da Lila. - os olhos da ruiva de arregalaram.
- Não acredito! O quão louco pode ser tudo isso? - eram muito pequenas para lembrar perfeitamente, mas a ruiva lembrava de uma terceira presença adulta em sua casa quando era pequena, Tio Má, como o chamavam, sempre perdia um pouco de tempo conversando ou brincando com as duas, o homem sempre dizia que tinha uma garotinha e que um dia a levaria para brincar com as duas.
- Pelo que entendi, César o traiu, o enganou, Mário foi morto por causa do nosso pai, Mai. - Maiara a olhou horrorizada. - Eu preciso ver como a Marília está, você poderia cuidar de tudo por aqui, de Ruth, dos meninos, acho que vai ser complicado com a Lila.
- Não se preocupe irmã, vai lá ver ela, eu cuido de tudo por aqui. - a ruiva abraçou a irmã e ela trocaram um selinho afetuoso. - Lembre a ela que nós estamos aqui e que a amamos. - Maraisa assentiu e seguiu em direção de onde a loira estaria.

O nosso amor venceuOnde histórias criam vida. Descubra agora