Capítulo 17

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Ana Schmidt


Respirei fundo, percebendo pela primeira vez em como essa situação era a pior possível. Quando levei Clare para meu apartamento, senti que era o pior cenário que eu poderia me encontrar tendo Loki e ela no mesmo ambiente, mas só agora entendi que ter Clare, Loki e Bucky juntos na mesma sala era pior que ser torturada.

Desejei que Steve estivesse aqui para me ajudar, confesso que quando chegamos eu ainda tinha esperanças de que o Capitão se encontrasse, mas não vi sua moto, o que me decepcionou.

Eu tinha Loki, que era dono do meu coração, tinha Clare que era somente um lance casual, segundo suas próprias palavras e tinha Bucky, que era uma pessoa especial com uma ligação forte a mim.

Fechei os olhos, para me concentrar, pensando em Loki.

"Você se daria bem como feiticeira, tá aprendendo a controlar seu escudo mental." Loki falou, quando o chamei para olhar na minha mente.

"Que situação."

"Você se colocou nela." Ele respondeu.

Abri os olhos somente para fuzilá-lo com eles.

— Clare. –Falei.- Esse é Loki, meu... –Não terminei, pois não sabia o que ele era meu.- Bom, ele é a pessoa especial que eu te falei no restaurante.

— Então você falou de mim. –Loki sorriu.- Estou menos ofendido agora.

— E ele? –Ela apontou para Bucky.- Ele tem uma mão robótica.

Trinquei o maxilar ao mesmo tempo em que Bucky escondeu o braço atrás das costas.

— Ele é um amigo muito especial também.

— Não, não. –Ela negou com a cabeça.- Você falou o nome dele no restaurante e... bom, ele se parece com o cara que nos atacou, mas não acredito que sejam a mesma pessoa.

— E não são, por isso estamos aqui. –Expliquei.- O cara que nos atacou estava fingindo ser ele, para incriminá-lo.

— Por que fariam isso? –Ela questionou.

— Clare, são muitas perguntas...

— E você vai responder todas, eu posso ser presa por sua causa! Não faço ideia de onde estou, quem são essas pessoas, eu não sei nem quem é você!

Num pulo Clare já estava de pé, apontando pra mim.

— Vamos com calma, eu vou te explicar. –Me levantei também.- Vamos lá fora.

.

Expliquei a Clare tudo que era possível, começando por como escolhi ser psicóloga, depois como me interessei pela psicanálise, o estudo dos psicopatas... como treinei feito louca na academia, as aulas de Krav Maga, o trabalho em alguns presídios, estudando alguns assassinos em série, finalmente, o recrutamento para a SHIELD, que veio de forma anônima. Então, falei de alguns dos meus pacientes, para ela entender como era um serviço muito específico, era uma análise, um tratamento e até um julgamento, dependendo do caso.

Então chegou a parte do Loki...

Estava encostada no carro que tínhamos "pegado emprestado" e ela na minha frente, andando impaciente, um claro sinal de ansiedade e nervosismo. Estava pensando em como falar pra ela da minha amizade com o deus da trapaça, sem que ela percebesse meu sincero interesse amoroso por ele e também, sem que ela ficasse com ódio do cara.

— Depois de um ano na agência, fazendo pequenos trabalhos de reconhecimento e mapeamento de perfil, me colocaram à frente do caso do Loki. –Falei, olhando pra casa em que ele provavelmente estaria.

Two Passions, One LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora