Capítulo 31

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Ana Schmidt


Fechei os olhos por um instante e logo os abri, vendo Loki entrar no quarto pela porta de entrada. Me sentei assustada, olhando ao redor e vendo que o sol já estava no topo, indicando que já estava próximo ao meio dia, ou seja, acabei dormindo.

O deus tinha em mãos um copo e um prato, que logo foram entregues a mim.

— Voltei e você tinha apagado, achei prudente não te acordar. –Ele se sentou ao meu lado.

Bebi toda a água no mesmo instante, partindo para o sanduíche que estava no prato.

— Não sei do que é feito, mas gostei quando comi o meu. –Ele apontou para o lanche.- Seu sargento que fez.

Assenti, sem falar nada.

Reparei que estava devidamente vestida, com a roupa que tinha escolhido ontem à noite.

— Precisamos fazer compras. –Murmurei, depois de engolir o último pedaço.

— Lembro de minha mãe animada para ir ao centro, voltava sempre com tantos tecidos que fariam vestidos para cobrir o palácio inteiro.

Sorri ao perceber o tom nostálgico de sua voz.

— Realmente, é prazeroso. –Me levantei, sentindo o corpo dolorido. - Mas não é esse tipo de compras, eu falo de comida.

Entrei no banheiro apenas para fazer minha higiene, ficando assustada ao perceber que tinha olheiras e, principalmente, algumas marcas no pescoço e braços. Levantei a roupa e vi que meus seios também estavam marcados pelos chupões, denunciando que aconteceu ontem. Fiz uma nota mental para comprar maquiagem, seria esquisito aparecer sempre assim.

Peguei os óculos que havia comprado durante a viagem e os coloquei, tomando coragem de descer e encarar Bucky.

As imagens do que tinha acontecido naquele quarto voltaram com tudo e só de pensar que Bucky possa ter escutado, me constrangia.

"Fique tranquila, ele não ouviu nada." Loki disse em minha mente.

Abri a porta do banheiro, para ver Loki ajeitando o cabelo em frente ao espelho do guarda roupas.

— Como assim? –Perguntei.

— Os sons foram limitados a esse quarto, ninguém além de nós dois ouviu. –Ele explicou simples.- Disse que tinha outras maneiras de desperdiçar minha magia.

— Achei que ela fosse limitada. –Cruzei os braços e semicerrei os olhos, mesmo sabendo que ele não poderia vê-los.

— Ah, humana, seria um prazer fazer o quarteirão inteiro ouvir seus gemidos, mas não acho que essa seja a melhor forma de criar uma reputação na vizinhança. –Ele falou manso, estendendo os braços para segurar minha cintura.

Meu coração falhou ao ouvir isso.

Loki apertou minha cintura, trazendo um certo arrepio que tomou conta de todo meu corpo.

— Se continuar me olhando assim, não sei se terei vontade de sair do quarto. –Falei pra ele, me afastando do seu toque.

— É mesmo insaciável, milady. –Loki falou com uma risada, mas logo saiu do quarto me acompanhando.


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— Bom, talvez a gente devesse investir em uma cafeteira elétrica. –Sugeri, olhando o preço do eletrodoméstico exposto na entrada do supermercado.

Two Passions, One LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora