Ana Schmidt
É lógico que o deus da trapaça faria aquilo que lhe foi destinado; trapacear.
Não esperei Loki terminar de falar e sai da sala, indo em direção ao quarto de Bucky. Nunca tinha entrado no cômodo, então bati na porta desesperada. Ele não abriu e nem respondeu.
— Bucky, sou eu. –A essa altura eu já socava a porta, sem me importar com a queimadura no meu punho.- Abre aqui, por favor.
Bati mais algumas vezes, decidida a ganhar na insistência, então ele abriu e eu quase cai para dentro do quarto.
— O que foi? –Perguntou rápido.
Analisei seu rosto e vi um hematoma enorme na lateral dele.
— Meu Deus, vamos por um gelo nisso. –Falei, já saindo em direção a escada.
— Ana, para. –Ele disse e eu o fiz.- Não precisa, isso não é nada.
Dei meia volta e abri a boca para protestar, mas fui impedida por uma fisgada forte na minha barriga. Me curvei levemente para frente, enquanto apoiava no batente da porta. Minha visão escureceu por meio segundo e quando me dei conta, estava sentada na cama de Bucky, dentro do quarto dele.
— Está melhor? –James perguntou, estava sentado ao meu lado.
— Sim, passou. –Falei e ajeitei a coluna.- O que houve? O que ele fez com você?
Bucky me encarou enquanto apertava os lábios, avaliando se devia mesmo me contar. Senti isso porque o conhecia bem o suficiente para ler suas expressões, apesar de estarmos afastados desde o hotel, não tinha desaprendido.
— Olha, esquece isso. –Falou por fim.- A culpa foi minha.
— Ele te dá um soco e a culpa é sua? –Me levantei perplexa.- James, não é porque Loki e eu estamos juntos que vou passar pano para tudo que ele fizer, então me conta exatamente o que houve, porque sei que Loki poderia socar qualquer um por muito, muito pouco.
Bucky suspirou e desviou o olhar do meu, falando enquanto encarava a parede lisa atrás de mim.
— Eu falei demais. –Disse.- Somente isso, não se preocupe.
— O que você falou, James? –Comecei a andar de um lado pro outro.- Aposto que não é nada pior do que ele já não tenha ouvido antes.
— Ana... –Ele começou.
— Não, não. –Gesticulei com uma mão.- Eu sabia que aquele trapaceiro não ia se segurar por muito tempo. –Ri fraco.- Nós vimos o que ele fazia com a pobre da Clare, sempre com comentários e piadinhas para irritar a garota, mas eu juro que pensei que ele não faria isso aqui.
— Ana, por favor...
— É sério, Bucky. –Coloquei as mãos atrás das costas.- Essas piadas eu até suporto, mas violência? Poxa, eu sempre achei que ele fizesse o tipo diplomático.
— ANA! –Bucky dessa vez ergueu a voz, me fazendo parar de andar.
Era a primeira vez que eu ouvia esse tom sair de sua boca.
— O que foi? –Perguntei assustada.
— Esquece isso, a culpa do soco foi minha e eu faria o mesmo no lugar dele. –James disse e se levantou, ficando agora de frente pra mim.
— Ah é? –Ri irônica.- O que você pode ter falado de tão absurdo que justificaria um soco?
Ele analisou meu rosto com cuidado e umedeceu os lábios antes de dizer:
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Two Passions, One Love
FanfictionQuando Ana recebe a tarefa de ser a terapeuta particular do deus da mentira, pensa que essa seria a missão mais difícil da sua vida. Quando ela se vê completamente apaixonada por ele e disposta a abrir mão de sua carreira perfeita por quebrar todos...