Aviso: conteúdo sensível, ansiedade, choque e tocofobia (medo de maternidade).
Ana Schmidt
Olho do furacão.
Puff!
Até quando eu ia ficar presa nessa fantasia?
— Fica calma, vamos pensar. –Bucky falou, me entregando um copo de água.
— Eu sabia que tinha algo diferente com você! –Loki exclamou, me fazendo arregalar os olhos e tremer mais ainda.
Ali na cozinha, enquanto eu tentava me acalmar, depois de ter levemente surtado com a pequena hipótese de ter um... um...
— Você não está ajudando. –Bucky falou pra ele.
Eu respirei fundo e engoli a água.
— Ela comeu um balde de pipoca inteiro hoje. –Loki continuava falando. – Ela nem gosta de pipoca!
— Loki, juro que se você não calar a boca. –Falei pausadamente. – Eu vou pegar minha arma e atirar em você.
O príncipe parou de andar na hora, ficando de frente para mim, do outro lado do balcão. Devolvi o copo para Bucky, que estava sentado do meu lado.
— Está melhor? –Ele perguntou, acariciando meu braço.
— Não. –Sorri fraco. – Isso tudo é uma grande merda.
Ele também sorriu, levantando a cabeça para Loki, que nos encarava com olhinhos ansiosos.
— Vamos pensar, quantas vezes fizemos sem proteção? –James falou calmo.
Só falou, porque sua mão no meu braço tremia tanto quanto o meu corpo inteiro. Loki rolava os olhos entre nós dois, estava ansioso e sei que lá no fundo, tão nervoso quanto eu e Bucky.
— Quantas vezes?! -Perguntei indignada. - Em todas elas, soldado, exatamente em todas.
— E você tá com algum sintoma? -Perguntou.
— Sem sintomas, nada que... –Travei. – Merda!
— Essa é a palavra do dia. –Loki resmungou e se afastou do balcão, indo se servir de água também.
— Fala pra mim, você sentiu alguma coisa? –Bucky insistiu.
— Não foi exatamente um sintoma, foi só uma tontura. –Dei de ombros. – Segunda de manhã, quando saí do escritório.
O soldado assentiu com a cabeça, enquanto Loki voltava para perto de nós.
— Vamos pensar melhor, qual é a possibilidade? –Perguntou.
Eu ri com ironia.
— Meu útero não é um bom lugar pra um bebê crescer. –Avisei. – Mas não é impossível, na teoria.
— Onde você tem os focos? –Loki questionou, me fazendo arquear as sobrancelhas.
Como, de repente, ele sabe tudo sobre minha doença?
— Nos ovários, mas por quê? –Perguntei, cruzando os braços.
— Cerca de 35% sem tratamento. –Ele pontuou. - Isso se tiver uma vida sexual ativa, o que você claramente tem. Ativa até demais. Então diria que as possibilidades são maiores.
Ergueu as mãos e um livro grosso surgiu nelas, um livro sobre doenças inflamatórias. Ele abriu certeiro no capítulo sobre endometriose e deixou no balcão, para que eu e Bucky víssemos.
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Two Passions, One Love
FanfictionQuando Ana recebe a tarefa de ser a terapeuta particular do deus da mentira, pensa que essa seria a missão mais difícil da sua vida. Quando ela se vê completamente apaixonada por ele e disposta a abrir mão de sua carreira perfeita por quebrar todos...