Capítulo Doze

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💌 NOAH URREA 💌

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💌 NOAH URREA 💌

Trabalhar aqui tem sido interessante. Já gravei em 2 dias o nome do senhorzinho que vem beber escondido da esposa, seu Alfredo. Ele tem 78 anos, casado com a esposa dele de nome Melinda há 53 anos. Uau. Imagina uma vida assim? Ao lado da pessoa que você verdadeiramente ama e a pessoa à você. Deve ser incrível. E foi exatamente isso que ele me falou, mas ele também se abriu contando que muita coisa já deu errado e já passaram por muita luta. Ele e ela tiveram 3 filhos um deles tendo falecido em um acidente de carro quando adolescente. Triste, mas nem por isso a vida deles acabou.

Seu Alfredo é o tipo de pessoa que você acha que vai encher o saco, mas aí ele começa a puxar assunto bem simpático e você acaba concentrado e vidrado na conversa leve dele e muito significativa e por vezes esclarecedora. Eu ri muito com algumas histórias que ele me contou nesses apenas duas vezes que o atendi, mas também tive vontade de chorar é cada história que fiquei pasmo. Gostei a bessa dele, e o motivo dele vir aqui toda noite, é porque ele toma umas bebidas pra "esparecer" e ele gosta de irritar dona Melinda. "Um verdadeiro implicante que eu sou, mas ela continua me amando", ele disse.

Antes do seu Alfredo ir, perguntei o porque ele não ir num bar somente bar, ele disse que aqui tem "mulheres bonitas pra ver". Velhinho safado, pensei. Mas aí ele disse que ele vem e vê todas essas mulheres, mas quando ele chega em casa "o pau dele ainda sobe e ele sabe que ele só quer a Melinda dele". Ri muito disso, e depois ele se foi deixando uma bela gorjeta. Cujo o agradeci.

Eu fico o seguindo com os olhos até a porta e penso que envelhecer devia ser assim, como a história dele, e eu falo que Any é uma romântica incurável, mas talvez eu também seja um pouco. Quero ter a chance de viver um amor tão intenso assim e que dure pra sempre. E fazer tudo e de tudo com a minha futura mulher. 

Eu e Jonah continuamos atendendo, o movimento está normal, pra "fraco" hoje. Não teve jogo, e segundo a Heyoon, amanhã a boate não abre. Jonah me chamou pra saírmos durante o dia amanhã e à noite irmos pra uma festa na casa do Daniel, amigo dele. Eu topei e já mandei mensagem pra Alex e Lamar, mas Lamar não vai poder ir. Infelizmente.

— Acha que as meninas topariam ir conosco?

— Cara, acho que sim. Elas são de topar tudo, você também as conhece.

— Sim. Sim. Então vou perguntar à elas depois.

— Pergunta sim cara.

Já eram 22:15. Destraídos de costas pro bar ouvimos duas vozes femininas e nos viramos de repente. Eram Any e Nour. Fiquei um tanto surpreso dela estar alí. Brinquei se ela estava alí só porque queria me ver, e fiquei feliz com a resposta. Mas eu queria mesmo é que fosse com aquele fundo de verdade e eu pudesse ter certeza de que ela sente o mesmo por mim. Preparamos as bebidas que elas gostam.

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