Capítulo Vinte

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ANY GABRIELLY

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ANY GABRIELLY

[Flashback on]

— ANY? — exclamou, atônito.

Noah havia puxado minha máscara.

— Noah... — sussurrei.

Meu peito acelerou.

Eu poderia tê-lo odiado profundamente naquele momento, mas estava tão perplexa quanto ele, que me olhava confuso e surpreso. Já eu, lancei um olhar assustada, retomando minha consciência, onde em fração de segundos as luzes apagaram acabando aquele espetáculo, me salvando.

Apenas saí dali às pressas para o camarim, totalmente atordoada.

Meu segredo havia acabado de ser descoberto. Por que ele fez isso? Que merda!

Vi os seguranças o barrando na porta lateral do palco que dava aos camarins. Sua tentativa de vir até mim gerou um pequeno tumulto.

— Any... — Heyoon, me chamou aparecendo com um semblante nada bom.

— Heyoon... eu...

— Vi o que aconteceu. — me cortou — Você precisa resolver suas questões com o Urrea.

— Eu sei.

— Não vou intervir, não quero advertir os dois, então darei uma chance pra vocês. Se resolvam. — disse firme.

Talvez por sorte, a chuva de dinheiro tenha distraído os clientes, pelo menos eu contava com aquilo, que só Noah tenha visto o meu rosto. Foi tudo tão rápido, tudo super inesperado. Estava preocupada.

— Elly? O que foi aquilo? — seu tom era de espanto.

Se ela e Heyoon viram, será que outras pessoas também?

— Não sei por que ele fez isso, Nour. Não estou nem raciocinando direito. Ele não tinha o direito. Eu nunca imaginei que... — comentei desesperada.

— Calma. Respira. — ela me passava algum alento, esfregando minhas costas — E agora? O que você vai fazer?

— Não sei!

Tirava a maquiagem, mas nem isso eu conseguia por estar trêmula. Nour me começou a me ajudar.

— Heyoon está sendo até gentil com vocês, — comentou passando o removedor levemente — e ela não está errada.

— Eu sei disso. — ela tinha ouvido a pequena repreensão da nossa chefe.

— Você precisa se acertar com Noah, Elly. Ainda mais agora.

— Eu não... — balançava as pernas nervosa — não sei. Não sei o que vou fazer. Eu quero fugir!

— Não pensa besteiras. — me repreendeu — Sei muito bem como você fica quando irritada, encurralada. Encare de frente. Até porquê... — hesitou — você teve parcela de culpa pra que isso acontecesse.

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