Capítulo Cinquenta e Um

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💌NOAH URREA💌

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💌NOAH URREA💌

Nunca fui um cara sem paciência, mas ter que lidar com essa coisa toda de polícia e investigação está me irritando porque é como se ninguém quizesse resolver e a situação da minha noiva que foi sequestrada e pelo visto já virou um caso entre muitos. Agora eu entendo a angustia de quem passa por algo assim ou parecido ou qualquer tipo de coisa que envolva a justiça ou polícia e afins. Me sinto impotente e sem saber se a Any está onde quer que esteja, bem.

— Senhor Urrea, o senhor precisa se acalmar. Estamos tentando o máximo possível descobrir o paradeiro de sua noiva.

O delegado Philips fala e eu fico irritado. Nem percebo quando estou em pé com as mãos apoiadas na mesa cara a cara com ele querendo obter respostas e soluções onde claramente nesse momento não vou ter.

O policial na sala se aproxima de mim preparado pra qualquer atitude extrema minha. Mas eu respiro fundo abaixo a cabeça. Meus olhos estão com olheiras enormes. Faz uma semana que eu não tenho nenhuma novidade sobre onde Any pode estar e o que mais me deixa frustrado e preocupado; se ela continua viva.

Mal dormi. Nem tenho dormido ou feito qualquer refeição decente. Todo mundo fica insistindo que eu preciso ficar bem e comer e etc. Mas porra! Só quero a Any de volta.

— Filho... vamos...

Minha mãe toca meu ombro e eu quero colo. Quero chorar até não conseguir mais viver e secar.

— Qualquer novidade entraremos em contato senhor Urrea.

Minha mãe assente em meu lugar e eu caminho ao seu lado. Seguimos pra minha casa. Minha sogra está lá em casa comigo. Assim como Mel e Alex. Meus amigos não me deixam sozinho em nenhum instante achando que vou cometer qualquer loucura. Não os julgo estou a esse ponto. Tentando a cada dia acordar  isso quando consigo dormir e tento levantar sem Any ao meu lado. Só de pensar nela me dói. Onde ela está, com quem, o que ela tem passado.

Já repassei nossa briga diversas vezes na mente. E eu podia ter sido menos idiota menos agressivo. Se eu tivesse tentado a compreender melhor. A gente não tem noção do tesouro que tem nas mãos até deixá-lo escapar ou até estragar tudo.

— E então?

Meu pai fala tranquilo como se nada disso o abalasse. Nem sei porque ele veio. Não espero nenhuma reação dele na verdade.

— Nada Marco. Sem novidades.

Eu entro no carro. Também ninguém me deixa dirigir. Alegando que não estou em condições pra isso.

— Hn... — meu pai emite o mesmo som de sempre. Desinteressado.

Discutimos há 3 dias. Ele poderia fazer muito mais. Com tanto "poder" e dinheiro que tem. Mas ele nada fez. Nem pra me apoiar num momento difícil ele serve.

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