Noah é calmo, trabalhador e talentoso na cozinha - seu maior sonho é ter um restaurante próprio. Embora pareça transparente, guarda um lado oculto que evita revelar. Any, jovem professora determinada, é admirada por sua força e beleza, mas à noite...
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NOAH URREA
Abri a porta do meu apartamento. Olhei pro corredor. São três da manhã e ouvia as risadas ecoando, mas elas nem repararam que estava ali. Ou melhor, que estávamos ali. Lamar e Alex vieram pra cá mais cedo, no caso, ontem. "Noite dos caras"; acontece sempre uma ou duas vezes ao mês. Assim como as mulheres e, não nos comparando, nós também precisamos de momentos de zoeiras e besteirol. E foi exatamente essa vibe que rolou a noite toda.
Morris trouxe a mesa de sinuca retrátil, que eu nem sabia que poderia existir até ele comprar uma e nos mostrar essa "novidade". Jogamos e acabamos perdendo a noção da hora, e agora ele havia cismado em querer pôr logo a mesa na picape dele porque amanhã "não queria ter trabalho". Por isso, ao abrir a porta, demos de cara com três morenas, vulgo, nossas amigas, na porta do apartamento de Any.
Deixei os dois se matando pra levar a mesa e me concentrei em ir na direção da Soares para falar com ela. Aliás, ela estava maravilhosa, em um vestido curto, vermelho, de tirar o fôlego de qualquer um. Não queria pensar maldades, mas era inevitável. Any estava gostosa.
Me repreendi mentalmente e, perto dela, senti seu cheiro delicioso.
— Uh, Noah... — falou arrastada.
Certeza que havia bebido, mas não estava tão bêbada quanto já a vi algumas vezes.
— Chegando a essa hora, Any Gabrielly? — falei no meu tom sarcástico e protetor, e um pouco curioso.
— Oi Noah! — Mel e Nour falaram juntas, tentando abrir a porta do apartamento rindo a bessa.
Depois de uns segundos, elas conseguiram adentrar.
— Sabe como é. Noite das garotas, fomos ao Hel'as, — deu um sorrisinho piscando lentamente — foi muito bom.
Se movia pra frente, bem próximo a mim. Aqueles lábios vermelhos, marcados. Porra... se controla, Noah Urrea! — pensei.
Porquê ela tinha essa mania? Sei lá! Sempre que bebia um pouco além da conta, ela falava se balançando como se estivesse num balanço. É, isso soou redundante, mas era exatamente isso.
Bem de leve, Any veio pra frente e depois pra trás. Gabrielly me causava "coisas".
Definitivamente.
— Sei... então se divertiu e nem me chamou? — brinquei com ela, que sorriu pra mim.
— Desculpa... — fez um biquinho de um jeitinho sexy — Mas se quiser se divertir comig... — a frase ficou no ar.
FALA CRIATURA?!
— Noah! Ajuda aqui porra! — fomos interrompidos pela voz de Lamar, reclamando — Oi Elly!
— Oi meninos! — respondeu, e Alex deu um tchauzinho de volta.
— Não é hora de flertar, Noah! Ajuda aqui! — foi a vez da voz irritante de Mandon me chamar.