Capítulo Quarenta e Nove

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💌 NOAH URREA 💌

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💌 NOAH URREA 💌

— Uau. Você está, uau... amor.

— Fecha essa boca. rs. Vamos.

Estávamos saindo pra uma festa de gala. Era um evento beneficente dos Urrea. Dessa vez como da outra eu esperava que fosse ser menos tedioso. Minha família e amigos estariam. O pessoal do Venice também estaria lá. Eu dei uma passada no restaurante, pra acertar algumas coisas e me convidaram pra ver a cozinha em dia de funcionamento. Por conta desse dia descobriram que meu sobrenome tem ligação com a Wines&Beers, minha lógica foi pensar que eles já sabiam da minha ligação, mas não. Depois disso pensei que iriam me tratar diferente depois de associar as informações, meu nome, a empresa, minha família. Ainda assim, não. Surpreendentemente, eles se mantiveram convictos do meu talento e não focaram no meu sobrenome.

Eu não tinha como fugir do dia de hoje. O clima estava diferente com a mamãe, bem melhor, mais saudável; ainda era tudo muito hostil com meu pai, e devido o ocorrido no churrasco, mais ainda.

Flashback On

— Bonita a casa.

— Ah. Pai. — falo desanimado.

Eu estava em um canto bebendo cerveja, só respirando um pouco. Eu tinha naquela hora acabado de ouvir uma conversa das meninas com Any. Estava pensativo e um pouco já chateado.

— Achei que você não conseguiria tal feito um dia. Comprar um imóvel assim.

— Eu trabalho pai.

— Eu sei. Mas meu filho, convenhamos que não é o melhor trabalho do mundo. Ainda sonho com o dia em que você irá ceder e irá trabalhar comigo.

Fico quieto, ouvindo ele falando com tanta precisão e certeza. Todo audaz e cheio de si. Como meu pai pode ser assim? Somos tão diferentes. Não me vejo nem um pouco nele. Talvez só compartilhemos o sangue mesmo.

— Não quero falar sobre isso.

— E qual o melhor momento pra você? Precisa marcar hora? — ele fala sarcástico e eu fico furioso.

— Olha pai ! — digo alterando a voz — Sinto muito eu não ser o filho perfeito que você quer que eu seja ou nem sempre fui! Eu tenho um emprego honesto. Não preciso do dinheiro do senhor! Eu consigo as minhas próprias coisas! Sinto muito ter que falar tudo isso novamente! E sinto que o senhor ache que eu sou um pé rapado que não seguiu os SEUS SONHOS!

Ele fica espantado com meu repentino estresse e fica me olhando. Gritei com ele, dessa vez bem mais do que da outra discussão que tivemos há meses atrás. Um silêncio se faz presente.

— Esse seu orgulho ainda vai te custar muito...

— E sua falta de amor e compreensão pra comigo também.

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