Capítulo Cinco

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ANY GABRIELLY

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ANY GABRIELLY

Mais cedo, me arrumei no apartamento do Noah. Já sabia perfeitamente identificar quando ele estava nervoso — conhecia cada nuance sua. Quando ficava "indeciso" sobre alguma coisa e começava a externalizar, era sinal de que a ansiedade estava batendo à porta. E eu entendo. Conheço bem esse frio na barriga que rola quando a vida nos joga em algo novo: um emprego, uma rotina, uma oportunidade.

Quando uma porta se abre, a gente tem que atravessar. Espero que ele consiga. Sempre torço muito por ele, e só de pensar que posso ter uma pequena parte nisso, já me sinto satisfeita.

Foi lindo ver o quanto ele ficou empolgado com a novidade, ainda mais depois de contá-lo os detalhes de que o indiquei pra barman no Hel'as. Ver o brilho nos olhos verdes dele me dava alegria.

Ultimamente ou melhor, desde que o conheci, amava passar meus dias com o Noah. Ele é o melhor amigo que alguém poderia ter... e, bem, também é uma enorme tentação. Eu não estava preparada pra vê-lo sair do banheiro só de toalha. Fiquei desconcertada. Não sou puritana, longe disso. Mas é o Noah. A gente quase não compartilha esse tipo de momento mais íntimo, rolaram alguns "pequenos acidentes" assim, vez ou outra, mas mesmo depois de alguns anos de amizade, não posso afirmar que temos esse tipo de intimidade.

Se eu listar, o vi de toalha, de cueca, de bermuda de praia, sem camisa, que só de lembrar, já sinto um calor subir pelo corpo. Ele não tem um corpo musculoso, mas é do tipo magro na medida certa, com algumas definições no abdômen e uma pinta na barriga irrestistível. Adoro o cabelo dele — macio, sedoso, mesmo quando os fios se rebelam, o que é quase sempre. Ainda tem uma bela bunda, confesso. Vi uma vez, em um dos nossos "desafios malucos" quando reunidos com a galera.

Tem sido cada vez mais difícil resistir. Uma parte de mim é completamente insana por ele, já a outra, é do tipo "recatada", "medrosa". No meu dia a dia, tento encontrar formas de lidar com tais sentimentos, aí extravaso, me solto de diversas maneiras, pois Noah Urrea me faz sentir... coisas.

No melhor estilo "Any Gabrielly", coloquei um look com cropped estilo casaquinho sem nenhum top ou sutiã, e saia, pretos, bem básico, mas certeiro. Esperava que meu peitinho não fugisse naquele lookinho. Combinei com uma sandália preta de salto e uma bolsinha simples. Cabelo solto e volumoso, com um gloss e meu perfume de sempre estava preparada para exalar minha energia de gostosa.

Posso estar nesse país há alguns anos, mas se tem algo (respeitosamente falando) que eu tenho muito orgulho é de ser brasileira, temos uma vibe muito distinta de outras culturas. Juro! Vamos tirar as partes ruins (que existem) e foquemos na parte boa? É uma verdade, somos os melhores sim.

Noah veio me chamar e quase nos esbarramos na porta. Senti seu olhar percorrer por meu corpo.

Eu queimaria.

— Que foi? Estou feia? Exagerei? Eu...

Levou uns segundos me olhando, já estava preocupada.

— Não. — me interrompeu — Está linda, muito linda. — o vi engolir a saliva, após dizer em português "muita linda", como o ensinei.

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