Capítulo Treze

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Notas da autora: Capítulo tem mídia

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Notas da autora:
Capítulo tem mídia. Ouçam a música na parte em que Any se apresenta, se desejarem.
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ANY GABRIELLY

— Eita, profe, vai sair hoje, é? — perguntou, com um tom que misturava charme e ousadia.

Estava de costas para a turma, escrevendo no quadro, rolei os olhos ouvindo a voz de Liam, o aluno mais atrevido da sala, cortando o silêncio com sua habitual provocação.

Me virei, arqueando uma sobrancelha, mantendo a postura de professora que não se deixava levar por gracinhas.

— Minha vida não é da sua conta, certo? — retruquei, com firmeza, mas com toque de leveza. — Já copiou os exercícios?

Liam esboçou um sorriso que ele julgava ser sedutor, mordeu a caneta e piscou para mim. Bufei baixo. Esse garoto tinha apenas 18 anos! Fingi não notar e segui na normalidade.

— Devia ter mais respeito, Liam. — Jhon interveio, sua voz era grave, porém serena.

John Stanley, tinha 27 anos, um dos alunos mais velhos ali, determinado a concluir os estudos. Uma das pessoas mais centradas que já vi para a idade dele, sabe quando a pessoa é nova, mas madura? Era ele. Em compensação contrastava com a energia caótica de Liam.

— Obrigada por me defender, John. — disse, oferecendo um sorriso grato.

Liam revirou os olhos, mas voltou a copiar os exercícios, resmungando algo inaudível.

Passei mais algumas atividades para a turma, corrigi tudo com eles e, finalmente, liberei todos. Encontrei Nour na sala dos professores, e seguimos juntas para o banheiro. Era hora de retocar a maquiagem, ajustar o look e partir para a festa.

Lá fora, minutos depois, Jonah já estava encostado no carro, nos esperando com seu típico ar despojado. Cumprimentamos o mesmo, entrando, e seguimos para a casa de Daniel.

Enquanto Jonah e Nour conversavam animadamente, me perdi olhando pela janela, os pensamentos vagavam pelo dia de hoje. Mais cedo, no parque, Noah e eu parecíamos um casal. Rimos, nos divertimos, e ele ainda ganhou um urso gigante para mim em uma das barraquinhas de jogos. Minha criança interior despertava em lugares assim, e confesso: fazia tempo que não aproveitava um dia tão leve, tão cheio de vida.

Fiquei tão absorta que nem percebi quando chegamos. Ao entrar, logo avistamos Daniel, o anfitrião. Ele era pura simpatia, com uma voz que hipnotizava e músicas que pareciam tocar a alma. Trocamos algumas palavras, e segui em direção a Noah. Alex e Mel, vieram diretamente da faculdade.

A festa ganhava vida: conversamos, dançamos, e eu me entreguei ao momento. Dancei com Noah, que parecia tenso, embora insistisse que não. Aproveitei para beber, fiquei levemente alta, mas sem exageros — pelo menos era o que pretendia. Noah permanecia sempre por perto, e, devo admitir, adorava tê-lo ao meu lado. Inclusive, o flagrei encarando o meu corpo naquele vestidinho bafônico e simples, mas que me faz sentir poderosa.

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