Helena
Assim que chegamos lá já podia se ouvir os gritos do thauan mandando povo se fuder, tomar no cu e ir pra casa do caralho.
Ret mal estacionou o moto e eu desci entrando na casa, assim que eu cheguei lá vi o thauan sentado no chão e dois garotos do lado dele, do outro lado estava a mesma mulher que tinha me pedido pra falar com o ret, vanessa o nome dela. Ela estava revirando duas mochilas que eu deduzi ser do thauan.
Vanessa: assume logo o que tu fez garoto, cadê meu celular? - falou com desdenho.
Thauan: no meu cu! tá no meu cu. - quis levantar pra ir pra cima dela mas seguraram ele a tempo.
Helena: o que é isso aqui? - disse alto chamando a atenção deles, assim que thauan me viu correu até mim segurando no meu ombro, fazendo eu olhar pra ele.
Thauan: Lena, acredita em mim cara..eu não roubei nada não, não preciso disso. - disse desesperado e eu só olhei pra ele calma, concordando com a cabeça e ele foi ficando mais tranquilo.
Helena: acredito em você. - ele respirou tranquilo e soltou meus ombros e ficou apenas do meu lado. - vanessa, o que te faz acreditar que foi o thauan que roubou e não que você perdeu?
Ela estava toda sem graça.
Vanessa: no dia que meu celular some esse garoto quer ir embora? fora que ele já tem histórico né, ele não é coisa boa. - assim que ela disse isso pude perceber thauan murchar, aquilo com certeza chateou ele. meu sangue ferveu na hora.
Helena: lave sua boca pra falar do thauan! o que é isso vanessa? isso é coisa que se faça? que se fale? poxa, você tá aqui cuidando dessas crianças todos os dias e não aprendeu a ser uma pessoa melhor? uma pessoa mais empática? - disse brava mesmo. - o que o thauan já fez ou deixa de fazer não é da sua conta e não define ele, você não sabe da história!
Vanessa: quem faz uma vez faz duas. - disse cheia de marra.
Helena: negativo! arruma as coisas dele de novo e me dá por que ele vai embora. - disse firme cruzando os braços.
Vanessa: depois dele me falar onde está meu celular.
Ret: tá comigo. - disse entrando na casa e ele estava sério, postura rígida. foi até o thauan fazendo o toque com ele. - tudo suave aí mano?
Thauan: claro que não. não tá vendo essa piranha fudida me acusando de roubo não? qual foi ret, tu sabe que eu não preciso disso. - disse todo putinho.
Ret: sei disso, até por que o celular tá comigo. - olhou pra vanessa que ficou pálida. - toma. - estendeu o celular pra ela que olhou desconfiada e foi pegar.
Vanessa: obrigada. - na hora que ia pegar o celular da mão dele, ele segurou.
Ret: anda pelo certo comigo que eu ando pelo certo contigo, jae? aqui é o meu morro, o mal eu corto pela raiz. pega a tua visão, tenho olhos em todos os cantos. - disse olhando dentro do olho dela, até eu fiquei com medo. - pinta 7 comigo que eu pinto 14 contigo.
Vanessa: não estou entendendo ret. - disse rindo sem graça, ela suava frio.
Ret: é bom não entender mesmo não. - ret foi apertando o pulso dela e estava ficando vermelho, fui me aproximando pra interferir por que se fosse pelo thauan, ret matava ela ali mesmo.
Helena: tá bom né? chega. - botei minha mão por cima fazendo o ret desviar o olhar olhando pra mim. - vanessa, pega teu celular e entrega as coisas do thauan.
Thauan: isso, arruma bem direitinho. - debochou dela fazendo a mesma ficar vermelha de ódio.
Helena: tudo bem? - olhei pro ret que estava com o olhar perdido. assim que ouviu minha voz despertou do transe me olhando.
Ret: aham, quer que eu te leve no pagode? te trouxe aqui né. - foi falando baixo fazendo a conversa ficar só entre nós dois.
Helena: não não, eu vou subindo sozinha mesmo.. devagar e tals. - sorri sem graça.
Thauan: não, ela quer sim. - se meteu e quando ele ia terminar de falar a vanessa entregou as mochilas dele, ele puxou tão forte da mão da mulher que ela quase veio junto. - me dá esse caralho aqui. - puxou e botou no ombro.
Ri baixinho da cena e ret negou com a cabeça.
Thauan: enfim, ela quer sim! não gosto que helena fique andando sozinha de noite tá ligado? considero ela minha irmã. - olhei pra ele incrédula. - então leva mano, pode levar. quem manda é nós. - fez toque com ele e ret riu fraco concordando.
Ret: já ia levar mermo, quem manda sou eu. - olhou pra minha cara e eu estava sem reação, sem acreditar na cara de pau deles. - vambora Helena.
Helena: não acredito nisso cara. - neguei com a cabeça e me estiquei pra abraçar thauan, era mais novo que eu e ainda é mais alto. - amo você, aparece no pagode lá depois. - beijei a bochecha dele e ele deu um beijo na minha testa.
Thauan: tamo junto, mais tarde eu broto. - piscou pra mim e saí de lá procurando ret, achei ele do lado de fora perto da moto com um cigarro de maconha no bico.
Ret: finalmente. - soprou a fumaça e subiu na moto, subi atrás dele colocando minha mão em sua cintura me segurando e ele deu partida pra quadra onde estava rolando o pagodinho.
Ret ficava fazendo gracinha com aquela moto, ficando acelerando pra caralho e depois diminuía a velocidade. Ele ameaçou empinar e eu dei um tapa nas costas dele que riu, me aproximei encoxando ele.
Helena: para de graça. - falei no ouvido dele que me ignorou
Chegamos do lado de fora e desci da moto assim que ele parou. ajeitei meu cabelo, calça e o decote do meu cropped. Senti minha pele queimar sob o olhar do ret, ergui minha cabeça olhando pra ele que deu um sorrisinho de lado negando com cabeça. Puto e cafajeste.
Helena: tenta disfarçar pelo menos. - impliquei com ele.
Ret: disfarçar o que garota? se toca aí ô besta. - fez cara feia e eu ri.
Helena: tá bom então amigo, beijo. - me aproximei dele dando um beijo em sua bochecha e dei as costas entrando na quadra, fui até o camarote e encontrei meus amigos.
Cheguei lá fazendo gracinha sambando no miudinho e eles riram, só o vh que não.
Vh: tá igual a gabi martins sambando. - falou e geral riu, dei dedo do meio pra ele e fui até meu irmão.
Lennon: fala preta. - me irmão me abraçou de lado e ficou cantarolando uma música do péricles que tocava. Acompanhei ele e ficamos juntos lá.
Lauane se aproximou de mim com uma garrafinha de cerveja e eu sorri pegando da mão dela fazendo um brinde, bebendo ao mesmo tempo e ela ficou lá do meu lado cantando comigo também.
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Linguagem do Amor.
Teen FictionQue seja eterno enquanto dure, e que dure para sempre.