Ret
Estava até agora no salão esperando o vh, esse pau mandado tinha ido comprar quentinha pra mulher dele. Ainda estava estranhando a Helena, tava toda esquisita.. aérea. Curiosidade tava me correndo, queria muito saber o que estava acontecendo.
Lauane: amiga, tem avental e uma blusa daqui do salão pra você lá no estoque, pode ir lá buscar - falou Lauane com Helena e ela concordou.
Helena: vou lá buscar então. - disse levantando e foi até o estoque.
Fiquei observando e quando ela fechou a porta eu fui atrás, lauane me olhou estranho mas não se meteu.
Abri a porta e Helena deu um pulo se assustando, botou a mão no peito e me olhou com a respiração acelerada.
Helena: que susto. - riu sem graça e deu as costas voltando a procurar os bagulhos que a lauane tinha falado com ela.
Encostei na parede e segurei nos braços dela puxando, fazendo a mesma ficar de frente pra mim. Olhei nos olhos dela tentando entender o que estava acontecendo.
Ret: dá o papo helena. - disse sem soltar a mão dela, estávamos próximos.
Helena: você vai acreditar em mim? - disse começando a ficar nervosa, nariz dela foi ficando vermelho e os olhos começaram a encher de lágrimas. tava até ficando preocupado.
Ret: se você me contar..eu acredito. - falei calmo e tranquilo, culpa da maconha. botei a mão no coração dela sentindo acelerado, ela ficou me olhando nos olhos. - calma.. respira, o que tá rolando?
Tirei a mão do coração e botei na cintura.
Helena: tão armando pra você..- disse e eu fiquei logo nervoso, apertei a cintura dela de leve incentivando a continuar falando. - é a vanessa da ong, pai dela é policial.
Ret: e como tu sabe disso? - falei com o maxilar trincado.
Helena: ela me contou. fingi não gostar de você só pra ela me contar, disse que ajudaria ela e te derrubar. - fiquei surpreso, não esperava que ela faria isso por mim, fiquei surpreso também com a inteligência dela. - ela até me deu dinheiro e me mandou mensagem no whatsapp dizendo o que era pra fazer contigo.
Ela mexeu nos bolsos pegando o celular e eu fiquei só observando, ela tava toda nervosa. Era até bonitinha, nariz vermelhinho e toda afobada. Feia.
Helena: aqui..- me mostrou o comprovante do pix que a vanessa tinha feito pra ela, entrou no whatsapp e me mostrou também as mensagens que a piranha mandou pra ela.
Na mensagem ela mandava a Helena transar comigo duas vezes, a primeira pra conquistar confiança e na segunda vez mandava me dar alguma coisa pra me apagar, no mesmo dia ia rolar invasão e iriam tomar meu morro. Ri sem graça, plano bosta do caralho.
Helena: que foi? - me encarou com aqueles olhões castanhos escuros.
Ret: plano idiota, fudido e falho. - revirei os olhos e ela ficou quieta de novo parecendo lembrar de algo. - tem mais alguma coisa?
Helena: eles não querem subir aqui só pra tomar o morro ret..- disse olhando nos meus olhos. - eles querem te matar.
Se tinha uma coisa que eu não tinha medo era da morte, lei da vida tá ligado? uma hora todo mundo morre. não tenho ninguém que me prenda aqui, que dependa de mim.. sei que se eu partir dessa pra melhor meus parceiros vão sentir saudade, mas depois passa, vão conseguir tocar com a vida deles. Minha preocupação mesmo é descobrirem que a Helena me contou essa porra toda, aí quem vai estar correndo risco de vida é ela. Ela é uma mina do caralho, não merece perder a vida a troco disso, e ainda é irmã do meu mano lennon, não vou deixar nada acontecer.
Ret: tá suave, sou intocável gata. - pisquei pra ela que deu um sorrisinho e eu também.
Helena: vai, fica brincando mesmo.. não vou prestar homenagem pra ninguém. - brincou e eu ri.
Ret: ó, presta atenção no que eu vou te falar agora. - ela me olhou atenta. - vamos seguir com o plano dela, na visão do povo temos que estar próximos, pegou a visão? e tu vai falar pra ela que a gente fudeu, que você me deu um chá do caralho e eu gamei muito em você. - disse e ela riu. - não sei se ela vai acreditar, uma coisa dessas é difícil de acontecer.
Helena: te manca. - revirou os olhos cruzando os braços.
Ret: se liga ô esquisita. - dei um tapinha na cabeça dela. - faz o que eu tô te falando.
Helena: tá ret..
Ret: isso aí, me obedece mesmo. - impliquei com ela e a mesma ficou puta, tentou se afastar de mim e eu segurei firme na cintura dela trazendo pra perto. - vai ficar aqui. - falei olhando pra cara dela que sustentou o olhar.
Helena: só isso senhor? - ironizou.
Ret: queria te agradecer pela lealdade aí, tendeu? - cocei a cabeça. - tu não tinha obrigação nenhuma de me contar essas coisas, minha vida tava na tua mão.
Helena: não precisa agradecer, fiz o necessário. te conheço a muito tempo, tu é amigo do meu irmão. - respirou fundo. - e estamos nos aproximando também né? não quero que você morra.
Ret: valeu. - fiz o toque com ela.
{...}
Sentei na cadeira e coloquei a glock em cima da mesa respirando fundo, todo dia um estresse diferente. Abri a gaveta pegando um cigarro de maconha e taquei fogo botando no bico, só a verdinha era capaz de me acalmar no momento. Minha sala foi invadida pelas minhas mulheres, vh e maneirinho.
Vh: tô pá vários ódios hoje. - chegou todo putinho sentando em uma das cadeiras de frente pra mim, maneirinho ficou em pé encostado na parede.
Maneirinho: só por que tua mulher te chamou de bofe? - disse e começou a rir.
Vh: ela marola com essas porra mano. - negou com a cabeça. - chamou a gente pra quê?
Maneirinho: hora da meinha? - esfregou as mãos e eu fiz cara de nojo.
Vh: que viadagem é essa?
Ret: tão armando contra minha vida, minhas putas. - disse encostando na cadeira e olhei pra cara deles.
Maneirinho: como assim mano? que isso..- veio até mim, sentando na cadeira de frente.
Ret: poisé..- contei toda a história pra eles, sem tirar nem por e eles me olhavam com atenção ouvindo tudo em silêncio. - é isso mano. - finalizei.
Vh: maneiro da parte da helena, fortaleceu.
Maneirinho: é, e ainda bem que ela contou, por que se a gente descobre e pega essas conversas..ia de ralo firme.
Vh: papo reto, judaria a gente não perdoa não. Tu vai fazer o que, piranha? - falou comigo.
Soprei a fumaça e respondi.
Ret: fazer essa cachorra acreditar que eu e helena estamos nos aproximando, o resto vocês vão descobrir no dia. - falei batucando na mesa. - agora vão trabalhar.
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Linguagem do Amor.
Teen FictionQue seja eterno enquanto dure, e que dure para sempre.