Helena
Três dias tinham se passado desde o ocorrido com o ret e não tínhamos nos falado até agora, e é aquilo né? se ele não falar comigo eu não falo com ele, simples assim. Nesse momento eu estava descendo pra praça para tomar uma cervejinha com a lauane, estava um fim de tarde lindão e um calor também. Quando estava descendo o morro vi ret subir de moto com paola na garupa, ela olhou pra minha jogando beijo e eu não entendi como esse bofe consegue ficar com uma mulher tão imatura assim..mas enfim!
Helena: cadê a loira? - falei me sentando no banquinho e lauane tomou um susto comigo, o que me fez rir.
Lauane: tá chegando já, pedi pro menino trazer a mais gelada. - concordei com a cabeça e olhei em volta vendo thauan subindo o morro com uma garota muito bonita por sinal. tinha o cabelo trançado até a bunda com uns cachos soltos, pretinha e maior corpão. ele vendo eu e lauane puxou a garota vindo até nós duas.
Thauan: não sei que tara é essa de vocês duas de beber quase a semana toda, vão morrer de cirrose hein. - disse e abraçou a garota pelo pescoço que estava toda tímida.
Helena: vira essa boca pra lá. - fiz careta
Lauane: é garoto, euem. - riu fraco e olhou pra garota. - não vai apresentar ela?
Thauan: vou cara. essa aqui é a carol - a menina sorriu tímida e estendeu a mão pra mim que apertei, e fez o mesmo com lauane que também apertou. - essa é helena, minha irmã mais velha do coração e a outra é a doente da lauane.
Carol: prazer, viu? thauan vive falando de vocês.
Ficamos conversando por uns 10 minutinhos mas thauan estava com pressa pois iria mostrar o morro pra ela, então foram embora deixando eu e lauane sozinhas bebendo, mas não demorou muito até os meninos descerem, entre eles ret. Queria ir embora mas lauane não deixou, segundo ela eu estaria mostrando dar muita importância a ele, então fiquei.
Maneirinho: esse baile que vai ter sexta vai ser do caralho. - fez uma dancinha comemorando.
Vh: vou estar pras fodas. - acompanhou ele e lauane ergueu uma sobrancelha o olhando. - é brincadeira, amor.
Lennon: acho que nem vou nesse. - fez careta.
Ret: ué, por causa de quê?
Lennon: altos bagulhos pra resolver..
Vh: então a helena também não vai né, nunca vi.. só vive grudada no lennon. - implicou e eu olhei pra ele sorrindo falsa.
Helena: se preocupa com a tua mulher..se ela vai ou não. - disse e geral riu gastando o vh, ret apenas riu de lado e ficou me encarando, o que estava começando a me incomodar.
Cara chato, insuportável, bipolar, otário e fanfarrão.
Helena: papo tá bom mas vou ganhar o meu. - levantei pegando meu celular colocando no bolso e fui até lennon e lauane dando um beijo na bochecha dos dois.
Vh: que isso amiga, cedinho.
Helena: amanhã trabalho, amigo. - sorri sem ânimo e dei tchau mais uma vez logo subindo o morro.
Enquanto subia o morro ouvi barulho de moto atrás de mim mas ignorei porque sabia quem era, mas logo fui impedida de andar quando parou em minha frente.
Ret: tu vai ficar nessa? tá me ignorando por causa de quê? - disse com a cara mais sínica do mundo e eu me segurei para não socar ele.
Helena: dá pra sair da frente? quero ir pra minha casa.
Ret: não enquanto você não me dizer o que está acontecendo. - falou sério. - foi pelo o que eu disse?
Helena: óbvio que foi! - quase gritei. - porra, parece que não pensa.
Ret: abaixa o teu tom de voz, tô falando na moral contigo. - disse puto. - essa palhaçada toda só por que eu não quis dizer meu nome?
Helena: não, ret. é por que você foi babaca, deu a entender que sou qualquer uma logo após da gente transar. - apontei. - você acha isso certo? gostaria que fosse com você?
Ret: porra..- negou com a cabeça. - você entende e escuta o que quer né, helena? não é possível.
Helena: não, ret. eu entendo e escuto o que você fala! - apontei de novo. - e eu estou no meu direito de ficar chateada, não por você não querer falar teu nome. - gesticulei. - que se foda, mas você foi babaca.
Ret: cara, você não entende. - negou com a cabeça.
Helena: por que não me contou? não confia em mim? - perguntei cruzando os braços, ainda sim com medo da resposta. ret ficou me olhando nos olhos sem dizer nada.
Senti meus olhos arderem e minha respiração falhar, ele não confia.. depois de tudo aquilo. Me fiz de forte enquanto segurava as lágrimas que brigavam para cair.
Helena: você é babaca pra caralho. - apontei e falei calma. - depois de tudo você não confia em mim? cara... - respirei fundo enquanto ria desacreditada. - eu quero que você se foda e que não me procure.
Me afastei dele subindo o morro indo pra minha casa, enquanto subia ouvi ele arrancar com a moto subindo o morro a milhão. Assim que empurrei o portão e entrei na minha casa me permiti chorar tudo que estava preso. Minha mãe vendo a cena não disse nada, só me abraçou apertado e sentou comigo no sofá enquanto eu chorava.
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Linguagem do Amor.
Teen FictionQue seja eterno enquanto dure, e que dure para sempre.