Helena
Duas semanas tinham se passado e coisas aconteceram. Lauane abriu um salão aqui no morro e me chamou pra trabalhar com ela, ainda não tinha dado resposta mas estava pensando em aceitar. Eu e ret estamos nos aproximando, ele é bem legal mas me irrita demais as vezes, chato e rabugento demais. Vanessa lá da ong ultimamente estava se aproximando muito de mim depois que dei uns conselhos pra ela sobre relacionamento.
Vanessa não era muito feia, mas o fato dela ser carente de atenção e ser soberba só afastava as pessoas dela.
Abri o portão de casa e saí subindo o morro indo em direção a ong, tinha que deixar umas coisas lá. Pelo caminho fui passando por umas casas pegando doações, tava um peso que só e esse sol na minha cabeça só piorava. Tava com vontade de chorar já, ainda faltava muito pra chegar. Enquanto subia ouvi o ronco de uma moto e dei um pulo me assustando, quase chorei de novo. Olhei pra trás vendo o ret e fiz bico.
Ret: qual foi? - parou a moto do meu lado.
Helena: tô cansada, esse morro é gigante. - bufei.
Ret: bora, sobe aí. tá indo pra onde? - pegou a bolsas da minha mão pra mim subir e assim que subi me entregou.
Helena: pra ong. - ele não falou nada e deu partida pra lá, poucos minutos depois chegamos. pegou as bolsas da minha mão de novo pra mim descer e depois me entregou.
Agora que estava mais tranquila pude analizar ele com mais calma, estava um gostoso. Bermuda preta, kenner, sem camisa deixando a barriga definida a mostra e as correntes que deixava tudo melhor. Ele deu um sorrisinho de lado pois percebeu que eu estava observando e negou com a cabeça.
Ret: cuidado pra não se apaixonar, valeu? - revirei os olhos com o excesso de confiança dele.
Helena: se manca, ret. - ri sem graça e ele deu de ombros. - obrigada aí tá?
Ret: tamo junto. - ele fez toque comigo e eu dei as costas entrando na casa, assim que bati o portão ele foi embora.
Tinha uns meninos do lado de fora tomando sol e assim que me viram levantaram vindo me ajudar, pegaram tudo e colocaram no estoque, suspirei aliviada e entrei na casa passando por eles.
Helena: obrigada meninos, depois pago um sorvete pra vocês. - pisquei.
- ih helena, ret já comprou um monte. - falou um colocando a mão na cintura.
Helena: ah é é? - cruzei os braços prestando atenção no que eles estavam falando.
- é menina, trouxe açaí e sorvete, disse também que assim que possível vai trazer umas piscinas pra gente. - disse outro.
- ele tem o coração muito bom. - falou um moreninho.
Helena: é, ele tem mesmo. - mexi nos bolsos pegando meu celular. - então eu pago um corte de cabelo pra vocês, pode ser?
Eles iam negar por vergonha mas um tomou frente.
- pode sim helena, estamos precisando dar um trato. - ele disse e eu ri, peguei na capinha 50 reais e entreguei pra eles.
Helena: vão lá então. - eles saíram me agradecendo e eu terminei de entrar na casa, mexi com algumas crianças que estavam na sala e fui até o berçário ver os nenéns.
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Linguagem do Amor.
Teen FictionQue seja eterno enquanto dure, e que dure para sempre.