Helena
Estava em casa almoçando com a minha mãe e lennon, daqui umas horas eu voltaria pro salão, ia começar a trabalhar hoje mesmo. Eu estava feliz, mas também um pouco preocupada com a situação do ret..se vanessa descobre ela me mata.
Sandra: tô muito feliz por você filha! você faz seu trabalho tão bem..- ela sorriu pra mim e eu sorri de volta.
Lennon: também tô leninha, vai dar aulas e palestras lá no salão. - dei risada com o apelido. - mas qual foi? parece estar toda preocupada aí.
Sandra: poisé, o que aconteceu minha filha? - disse soltando o garfo e os dois me olharam.
Helena: eu conto, mas por favor.. não pode sair daqui essa história. - eles me olharam atentos e eu contei toda a história, minha mãe tava nervosa.
Sandra: minha filha que perigo. - botou a mão no peito e lennon tocou no ombro dela passando tranquilidade.
Lennon: calma mãe, vai acontecer nada não.. helena agora é intocável. - disse seguro. - na minha irmã ninguém toca, ret não deixa e muito menos eu.
Sandra: oh minha filha..- abaixou a cabeça negando. - segue esse plano direitinho, por favor!
Helena: com certeza mãe, relaxa aí. - sorri. - se os cu azul bota cara nós fura eles todin. - falei brincando e recebi um tapa no braço enquanto lennon ria a beça.
Sandra: olha a boca sua ridícula. - disse brava.
Lennon: valeu marginal. - botou pilha.
Helena: sabe como é né. - pisquei pra ele que riu. - papo tá bom mas eu preciso trabalhar. - disse me levantando tá cadeira.
Sandra: deixa a mãe orar por você. - se levantou vindo até mim, chamou lennon também que ficou do meu lado segurando minha mão. - senhor..eis aqui a minha filha, toma conta da vida dela pai..- começou a fazer uma linda oração.
Eu não frequentava mais a igreja, tinha muita coisa acontecia lá dentro e eu não queria nem me envolver. Mas ainda sim acredito, acredito e tenho muita fé em Deus.
Lennon: amém. - disse assim que minha mãe finalizou a oração dando um beijo na minha cabeça, Lennon levantou minha mão também dando um beijo.
Sandra: tô até mais calma e confiante, deus me falou muita coisa filha.. outro dia a gente conversa sobre isso. - disse sorridente e sorri junto dela, minha mãe tinha me passado muita confiança.
Ret: Lennon! - gritou lá no portão e meu irmão foi atender, peguei um pote e fui arrumando uma marmita.
Sandra: ret é um bom rapaz filha, mas já passou muita coisa. eu vi, eu estava lá! você vai precisar de muita calma, compreensão e carinho. entendeu? - disse e olhei pra ela sem entender.
Helena: somos colegas mãe, relaxa aí com isso. - falei sem graça e botei tudo na bolsa.
Sandra: deus me falou e mostrou muita coisa, helena. - falou calma e saiu da cozinha indo pra sala.
Fui até banheiro escovando os dentes, depois disso retoquei o gloss e em seguida coloquei a bolsa e fui pro lado de fora de casa, assim que cheguei lá vi minha mãe, lennon e ret com o fuzil atravessado nas costas conversando.
Sandra: vem almoçar aqui em casa qualquer dia desses, falo pro lennon te chamar. - disse e fiquei do lado dela olhando pra cara do ret que me ignorou dando total atenção pra minha mãe. - já tá indo filha?
Helena: já, vou de moto. - falei mostrando a chave.
Sandra: ai helena, não gosto de você andando de moto por aí. - falou toda enjoada.
Lennon: ué mãe, tu dá os bagulhos pra garota e não quer deixar ela usar. - falou rindo.
Sandra: dei por que essa praga ficou enchendo meu saco, mas não gosto.
Ret: deixa tia, eu levo ela. - falou olhando pra mim e eu me fiz de desentendida.
Sandra: isso meu filho, leva. - disse me empurrando e eu me afastei indo dar um abraço no meu irmão, abracei ele e recebi um beijo no topo da cabeça.
Lennon: bom trabalho, feia. - falou e botei a chave na mão dele.
Sandra: vai com deus filha. - beijou minha bochecha e eu a testa.
Helena: tchau! bença mãe. - ela disse "deus te abençoe" com um sorrisinho no rosto e eu subi na garupa da moto mas não muito próxima ao ret por conta de sua arma nas costas.
Ret: atividade meu mano. - falou com lennon.
Lennon: tamo junto papai. - fez um belezinha
Ret acelerou com a moto e passou o fuzil pra frente, ele segurou na minha perna e me puxou mais pra perto dele enquanto pilotava.
Ret: vai falar comigo não? - falou alto por conta da moto.
Helena: quem não falou comigo foi você, deu atenção só pra minha mãe. - falei no ouvido dele.
Ret: dei mermo, sou ligadão na tua mãe cara. dona sandra é a melhor que nós temos. - disse e eu ri fraco. - teu irmão disse que você tá com medo dessa história aí, fica na paz de deus. tu é igual eu, intocável. - olhou pra mim pelo retrovisor e concordei com a cabeça. passamos pela vanessa e ela quase quebrou o pescoço pra nos olhar, dei um sorrisinho falso pra ela e a mesma fez beleza com a mão comemorando, virei pra frente me sentindo péssima e me segurei no ret.
Depois de uns 5 minutos parou em frente ao salão da lauane e me ajudou a descer, ele me olhou de cima a baixo me vendo uniformizada. Eu vestia a blusa roxa do salão, uma calça legging preta colada no corpo e meu chinelo kenner.
Ret: tá coisa linda. - disse me olhando e segurou na minha cintura apertando de leve. minha respiração acelerou e eu fiquei olhando bem pra cara dele.
Helena: eu sei. - falei próxima ao seu rosto e ele riu. algumas pessoas passavam na rua e ficavam olhando na cara de pau. fofoqueiros. - obrigada pela carona.
Ret: tamo junto, agora tu tá no meu nome.. vai andar esse morro todinho de moto comigo.
Helena: aguardando minha fama de corna. - revirei os olhos.
Ret: relaxa amor, só tem você. - debochou e eu dei risada.
Helena: se manca bofe. - ele revirou os olhos e eu dei um sorrisinho. - mais tarde vou lá pra ong, vê se aparece..os meninos vivem falando de você.
Ret: vou ver e te aviso. - concordei com a cabeça e dei um beijo na bochecha dele. - tchau, se liga aí hein.
Helena: tchau, ret. - dei as costas pra ele e entrei no salão vendo lauane me olhar estranho.
Lauane: que porra é essa helena? - disse alto e a cliente que estava com ela me olhou feio.
Helena: meu bestie agora. - ri e fui até uma cliente que já estava me esperando. - oi, tudo bem? - disse simpática.
- tudo. - falou toda nojenta. - quero fazer franja e pintar de preto.
Helena: okay, tudo bem. - respirei fundo e comecei os trabalhos.
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Linguagem do Amor.
Teen FictionQue seja eterno enquanto dure, e que dure para sempre.