Linguagem do Amor.

18

Helena

Na varanda eu andava de um lado pro outro com o celular no ouvido esperando thauan atender, no quinto toque ele atendeu.

Thauan: oi caralho. - falou mal humorado.

Helena: nossa, seu grosso. - falei mexendo em uma das plantas da minha mãe. - fala direito comigo.

Thauan: desculpa amor, que que tu quer?

Helena: quero saber se você está bem, vem pra casa quando? - olhei pra lua que estava linda enquanto falava no telefone.

Thauan: amanhã de tarde, tô bom já.

Helena: quer que eu te busque? mas vai ser de moto.

Ele ficou em silêncio por um tempo parecendo pensar.

Thauan: tua moto é mó confortável, tá têga. - respirou fundo. - quero sim.

Helena: então tá, beijo e amo você. - me preparei pra desligar e sorri ouvindo ele murmurar que também me ama, desliguei o celular e vi minha mãe botar cachorro quente na mesa.

{...}

Sai do banho e vesti um pijama curto da dama e o vagabundo, fui pra sacada com o meu celular em mãos e sentei no meu puff olhando a rua, nem parecia que tinha acontecido uma invasão a pouco tempo atrás. Ja era 1h da manhã e eu conversava pelo whatsapp com a lauane que mandava vários áudios, dava até preguiça. Ouvi falatório no corredor mas ignorei, ninguém tinha me chamado então fiquei na minha. Dois toques na porta e eu murmurei um "entra" um cheiro inconfundível invadiu meu quarto e eu dei um sorrisinho negando com a cabeça.

Helena: quer alguma coisa? - olhei pra dentro do meu quarto vendo ret sem blusa usando uma bermuda de dormir deitado na minha cama enquanto me olhava.

Ret: dormir.

Helena: quarto do lennon é ao lado. - ri fraco implicando com ele.

Ret: tu me estressa. - bufou virando a cara pra parede.

Helena: tô fazendo nada garoto. - levantei e fechei a porta da sacada junto da cortina, aproveitei também pra ligar o ar por que estava um calor do caralho. - levanta aí pra ajeitar a calma.

Ret bufou mas levantou colocando a mão na cintura ficando atrás de mim. Ajeitei a cama tirando o cobertor grosso e deitei na cama no cantinho da parede. O rabugento desligou a luz e deitou do meu lado ficando de costas pra mim.

Helena: virando a bundinha pra mim, quer ser a concha menor é? - impliquei com ele que respirou fundo.

Ret: eu vou afundar a tua cara, meu deus. - virou pra mim olhando dentro do meu rosto, mesmo com o escuro dava pra ver um pouco. - quem disse que eu quero dormir de conchinha contigo?

Helena: eu sei que quer, bofe. - virei de costas pra ele, demorou um pouco mas se aconchegou atrás de mim e eu segurei na mão dele deixando o mesmo bem grudado comigo, formando um conchinha bem gostosa. senti suas mãos no meu cabelo e eu fechei os olhos, poucos minutos depois dormindo sentindo a mão em meu cabelo enquanto fazia carinho na mão do ret.

No outro dia acordei sentindo uma mão pesada em cima de mim, peguei meu celular de baixo do travesseiro olhando o relógio e vi que era 9h da manhã. Entrei no whatsapp e respondi lauane, dizendo que depois do café da manhã iria na casa dela.