𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Ele acabou te defendendo e isso faz vocês se aproximarem.

━━━━━ NARRADORA ━━━━━

A GAROTA ESPERAVA o seu motorista chegar até a porta de sua casa, apesar da mesma estar bem adiantada em relação aos outros dias da semana, poderíamos pensar que o motivo era por ser seu primeiro dia de aula, mas isso seria impossível, pois faz meses que o primeiro dia de aula da jovem passou. Donna, sua melhor amiga, caminhava sempre em frente da casa da garota e convidá-la para irem juntas para a escola, mas nunca teve essa sorte de encontrá-la.

— Cadê ele? — pergunta olhando o relógio ansiosamente — Por que eu fui dormir tão cedo ontem? — julgava a si mesma, pelo "erro" cometido. Graças a isso, a menina acordou horas mais cedo do que devia e por causa da ansiedade terminou todas as suas tarefas, por isso acabou se arrumando mais cedo.

— S/n!? — a garota olhava para quem chamou-lhe e aparece a figura feminina mais próxima da garota.

— Donna! — a garota do outro lado da rua cumprimenta com um aceno para a amiga, o gesto é retribuído pela mesma que atravessa a rua de imediato — Eu não sabia que passava por aqui tão cedo — observa a amiga.

— Eu sempre chego na escola antes de você, lembra? — diz rindo — Por que está aqui fora, ainda mais nesse horário? — pergunta a garota.

— Eu meio que dormir cedo demais ontem e já fiz tudo que tinha que fazer praticamente, agora estou esperando meu motorista. Mas ele não irá passar agora.

A amiga da garota dizia para a mesma respirar enquanto fala. Donna sabe que a amiga sofre de ansiedade, de alguma forma, a mesma sabe, por isso tenta ajudar de todas as formas que pode. A menina nunca deixava uma conversa em aberto com a garota ou nem dizia nada de adiar uma conversa e sempre está ajudando a mesma com a técnica de respiração que aprenderam juntas. Nenhuma das duas sabe o motivo de sua ansiedade ser tão forte — apesar de ser bem óbvio.

— Que tal, você ir comigo hoje. Não é somente eu que chego cedo na escola, então terá mais gente lá — Donna sugere e a menina concorda. S/n corre até sua mãe explicando o motivo de ir para a escola tão cedo, a garota não é de mentir e nessa situação não foi diferente, esperou somente sua mãe encerrar a ligação para avisar ao seu motorista e logo foi para a escola com sua amiga.

O clima da manhã era um pouco quente, mas conseguia ir andando sem soar muito. A caminhada nem era tão longa, mais ou menos 20 minutos da casa da garota até a escola, portanto a escola cedo já era uma bagunça. E a jovem percebeu isso por ouvir pessoas gritando "BRIGA, BRIGA, BRIGA."

— A não ser que esteja com medo — o mexicano provoca o garoto a sua frente, que por impulso do momento ia bater no mais baixo, porém o mesmo viu uma "vítima" melhor para seus ataques.

— Não estou com medo seu mexicano de merda, mas tenho assuntos melhores que você — fala e começa desviar sua atenção do mexicano, que revira os olhos sabendo que isso era esperado.

¡Cobarde hijo de puta! — o moreno sussurra para si mesmo.

O garoto de bandana já iria se retirar do local, mas de repente algo lhe chamou atenção. Como o garoto com o ego tão frágil iria desistir de mostrar que é o "melhor"? Isso não fazia o menor sentido e o mexicano estava certo, isso não fazia sentido nenhum.

O garoto que iria brigar com Robin, desviou sua atenção para alguém que tinha certeza que não teria como perder.

— PARA COM ISSO MOOSE! — o grito de Donna reúne novamente uma roda de pessoas ao redor e uma dessas pessoas olhando era Robin, já que o mesmo estava curioso como todos, agora quem estava se enfrentando era Donna e S/n contra o garoto.

Moose não estava batendo fisicamente nas garotas, falava apenas xingamentos banais e esteriótipos do país que a garota vinha.

— Já acabou? — pergunta S/n com um olhar tedioso para o menino, que com toda a certeza levou isso como um ataque pessoal — ME SOLTA — grita a menina depois do garoto ter pego seu braço a força.

— Ou o quê? Vai ligar pro seu papai e chorar? — fala brincando com a menina que estava lutando para conseguir sair do aperto do mesmo.

— Solte, agora — o moreno que antes estava com o grupo de pessoas curiosas, se aproxima do centro que estava somente os envolvidos na briga unilateral — Você é surdo!? — pergunta e Moose demora um pouco, mas logo o braço da mesma é solto pelo garoto.

Robin parte para cima do garoto, desferindo socos e chutes no mesmo. Apesar do mesmo saber que se arrependeria mais tarde, já que seu tio sempre o colocava de castigo se não visse um bom motivo para ter chegado ao ponto de brigar. O garoto já estava jorrando sangue pelo rosto, mas o moreno não parou por causa disso e sim pela dor que estava em sua mão, logo, saiu de cima do menino que batia e foi direto para o banheiro.

Todos levaram a vida normalmente depois do que aconteceu entre S/n, Donna, Moose e Robin. Apesar da garota sentir-se agradecida, ainda tinha medo da fama que o mexicano levava e como seria se isso chegasse aí ouvido de seus pais, mas ainda queria agradecer pela ajuda naquela manhã.

[...]

— Arellano! — a menina chama o garoto que estava em um estacionamento deserto e tinha apenas uma van preta e o carro da garota.

— Oi, o que foi? — o garoto pergunta para a mesma que estava ofegante, já que teve que correr um pequeno percurso para chegar até o mesmo.

— Eu vim lhe agradecer por ter defendido eu e a Donna — a menina falava ofegante com o garoto que continuava com o olhar sério — Para agradecer melhor, venha comigo, eu te dou uma carona até sua casa.

A menina falou de uma forma extremamente gentil e educada, que nem Robin saberia como negar sem sentir culpa, então o mesmo aceitou e os jovens foram em direção ao carro da mesma, passando ao lado da van preta com o homem mascarado, que depois entrou novamente em sua van.

━━━━━━━ END ━━━━━━━

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora