𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Você era a irmã mais nova mimada de Vance Hopper e isso faz você ser a popular da sua escola - 4

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

A APROXIMAÇÃO DOS JOVENS era notória, não é à toa que a amizade deles era uma das coisas mais comentadas diariamente pelo seus colegas. Algumas pessoas com autoridade na escola sentiam-se receosos com a aproximação dos jovens, outros achavam legal a junção do Arellano com a Hopper — torcendo para que não virassem um casal.

— Não!... Sério? — Vance finge surpresa para uma das garotas que foi falar com ele sobre a irmã, na verdade, criticar a mesma — Garota, vaza da minha frente — diz e as garotas o obedecem.

Havia tornado-se rotina ouvir diversas fofocas maldosas sobre sua irmã em relação ao mexicano, o loiro não acreditava em nenhuma delas, já que tinha consciência sobre o perfil da menor, mas ele não poderia negar que ouvir todas aquelas bobagens tinha se tornado cansativo.

Na escola, Robin tentava não transparecer o desconforto com seu nome sendo comentado por todos e os olhares que recebia dos seus colegas. Antes o mexicano era conhecido somente pelo seus amigos ou pessoas que lhe faziam mal indiretamente, mas agora todos sabem seu nome e sobrenome, e ele nunca foi alguém que gostou de tanta atenção voltada a si.

— Tranquilo maninho? — perguntou Finney observando a distração do amigo. O mexicano olha para um ponto específico da quadra em que assistem o jogo. Finney sabia o motivo do mesmo olhar tanto para aquela direção e sentia uma leve vontade de rir por causa do comportamento do amigo.

— Ei! Para de encarar minha irmã, idiota! — Vance fala passando com seus amigos e batendo levemente na cabeça do menor.

— Qual é, Vance! Deixa o muleque ser feliz! — aconselha o amigo bêbado.

Vance não está com tempo e nem disposição para cuidar dos seus amigos irresponsáveis, ele foi para aquela quadra com o objetivo de conversar seriamente com o mexicano e os sentimentos dele pela sua irmã, não deixaria que ninguém o distraísse do seu objetivo.

O cacheado instruí ao seus amigos a ir para o outro lado da quadra e esperarem ele ali. Robin segue o loiro a pedido do mesmo e eles sentam-se no canto mais afastado da arquibancada.

— Por que me chamou? — perguntou direto o mexicano para loiro que havia acabado de se sentar. Robin tinha uma leve suspeita pelo motivo do cacheado o ter chamado, mas ainda não estava preparado para as perguntas do mais velho.

— Você gosta da minha irmã, certo — diz e o moreno nega rapidamente — Eu não 'tô perguntando, imbecil! Eu 'tô afirmando! — falou com um tom levemente alterado.

Robin suspirou profundamente e já havia fechado os punhos para defender-se, pois sabia que levaria uma bela surra do irmão possessivo. O loiro sorriu cínico observando a cena do mexicano e ordena para o mesmo soltar seus punhos, pois se quisesse bater no garoto já teria feito.

— Olha, não 'tô afim de ficar vendo duas crianças apaixonadas se flertando ridiculamente. Então... Vou te ajudar com isso — o loiro interrompe novamente o mexicano que tentava falar desde quando a conversa começou.

— Se eu saber ou sonhar que você machucou a minha irmã, pode ter certeza... Eu arrebento a sua cara, estamos entendidos? — perguntou o loiro.

Aceitar o acordo proposto pelo cacheado seria como admitir seus sentimentos pela garota que tanto criticava, mas o que ele poderia fazer? Ele não conseguia mentir para a figura intimidadora a sua frente.

— Sim — respondeu o garoto e o loiro retirou-se do canto em que estavam caminhando em direção a saída da quadra

Robin achava engraçado a forma em que irmãos se tratam, mesmo que o loiro não demonstrasse abertamente que se preocupava com a irmã, ele nunca deixaria a mesma se machucar e o mesmo acontecia com a garota, "até aonde essa relação levaria os irmãos?" Esse era um dos questionamentos do mexicano quando conversava com o loiro.

A mais nova seguiu seu irmão, provocando o mesmo por não ficar lá mais tempo. Uma van começou a seguir os irmãos, mas eles estavam focados em xingar um ao outro até alguém perder a paciência. O veículo acelera e para em frente aos jovens que se assustam, mas ficam mais calmos quando um homem de roupas extravagantes saí do carro.

— Desgraça! — resmunga rindo e olha  para os pneus da van — Aí, aí todo santo dia é isso agora — fala notando a presença das crianças. Vance coloca sua mão em frente da mais nova que por algum motivo, não sentia-se bem na presença daquele homem.

— Aconteceu alguma coisa, velho? — pergunta Vance olhando em direção aos pneus. O homem explica que seus pneus devem ter furado e precisava que os irmãos pegassem os pneus extras no fundo da van.

S/n acompanhou seu irmão até atrás da van e estranhou o motivo de não ter nenhum pneu, somente balões pretos que dão um ar esquisito para o carro. Vance pega um casaco vermelho que estava jogado no lugar, logo reconhece o dono do mesmo. Billy, o entregador que ficou próximo de Vance por jogar junto a ele no fliperama.

O loiro pega rapidamente a mão da mais nova e corre junto com a mesma em direção ao lugar movimentado mais próximo, mas o sequestrador está com uma van e consegue alcançar os irmãos.

Robin estranhou que a garota não voltou mais e foi perguntar a Gwen se ela havia visto a menina, mas a mais nova nega desinteressada e o mexicano vai para fora da quadra. O garoto caminha uma pequena distância, mas não vê nada além de uma van preta seguindo seu caminho.

Ouvir a notícia que seus dois amados filhos estão desaparecidos não irá ser uma tarefa fácil, ainda mais para uma família tão desestruturada como a dos Hoppers.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora