𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Você acaba viajando para 1978 e agora tem que aprender a conviver naquele tempo - Final

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

FAZIA MESES QUE A MENINA havia voltado da sua viagem no tempo e isso tinha intrigado os seus amigos que sempre pediam para a mesma contar sobre os lugares, pessoas e etc. Claro, a menina sentia-se feliz em compartilhar o que viveu nos anos 70, mas também sentia-se entediada por não poder contar todos os detalhes para os seus amigos que sempre ficavam tristes por causa disso.

A família da menina resolveu passar suas férias sem Porto Rico, pois todos os seus parentes estariam lá, incluindo a mãe da sua mãe, no caso, a sua avó, que recentemente foi diagnosticada com Alzheimer, um tanto que triste; mas a mais velha ainda lembrava de alguma coisas que havia passado. Outro motivo, é que seus pais queriam a garota longe da cidade que tudo tinha acontecido, para fazer a menina esquecer mais rápido tudo que passou.

S/n não sentia-se triste por ver a avó no estado que encontrava-se, já que a mulher não se esqueceu dela, nem nesse tempo e nem nos anos 70, apesar que os pais da garota disseram que era apenas uma coincidência sua avó ter uma amiga com a mesma fisionomia e nome que sua neta quando era jovem.

Vance tinha uma leve impressão que conhecia a sua sobrinha-neta, mas não por ser a sua parente, mas sim de outro lugar, de outro tempo, porém aquilo era impossível; isso é o que ele imaginava. A garota abriu a porta da casa de férias da família e abraçou os seus avós empolgada, já que além de serem seus avós, agora eles também haviam tornado-se seus amigos.

— Ah, minha amiga querida! — Margaret fala e abraça a menina, fazendo seu irmão rir.

— Como vai a minha preferida? — perguntou o loiro e recebeu olhares dos primos da menina — Eu suporto vocês, deveriam estarem felizes por isso — o comentário fez a garota sorrir e seu primo mais velho dar dedo para o seu avô, que retribui o gesto.

Antes da garota falar, a mesma foi interrompida pelo seu amigo, Mason, que abraçou a menina fortemente. O loiro explicou que sua família também estava de férias no mesmo lugar, a convite da família da menina. A garota percebeu semelhanças entre o menino e Finney, claro, somente na aparência, pois suas personalidades eram totalmente distintas.

— Ah! Eu ia mesmo lhe contar — fala o garoto abrindo a porta da geladeira — Sabe, o Miguel? — pergunta e a mesma assenti.

Miguel era amigo da menina que havia mudando-se para o México junto a sua família quando completou os seus 10 anos, eles acabaram perdendo contato com o moreno e a menina não tinha uma lembrança clara da aparência do menino, era como uma memória nebulosa que rodeava a sua cabeça quando a saudade batia do seu amigo.

— Ele também está em Porto Rico, podemos encontrar com ele na praia mais tarde... Se quiser — sugere o loiro bebendo a água que havia no copo de vidro. A mesma concorda animada e caminha em direção aos seus avós, que conversavam animados.

Margaret falava sobre o seu tempo de criança e como sua mãe tratava a sua família, a mesma contava mais uma vez sobre o vício em cigarros que a mulher tinha. Vance ria da sua irmã, pois a mesma já havia contado a todos essa história e apenas estava repetindo a mesma coisa, contudo, aquilo já tinha tornado-se tradição da família Hopper; ouvir as histórias repetidas da mais nova. Quando S/n pisa na sala, uma ideia de história vem na cabeça do loiro.

— Hm... Sabe, eu vou contar uma história agora — diz o loiro e recebe olhares surpresos de todos — O que é agora? — pergunta observando todos que estão na sala.

— É que normalmente você não conta histórias para a gente — responde o primo da menina e recebe uma encarada do mais velho, o que fez ele engolir seco e voltar a sua atenção ao tablet que jogava.

— S/n, sabia que a escolha do seu nome foi algo bem... Peculiar? — pergunta e a menina nega — Ah, me lembro como se fosse ontem. Sua mãe estava doida para colocar outro nome, um nome que ela havia inventado, porquê aquela porra não era nome, e sim um xingamento. Então, Margaret disse que era para colocarmos o nome de uma menina perdida que conhecemos, ela estava na floresta e com poucos dias, havia mudado as nossas vidas... Ela era especial, disso tenha certeza.

Enquanto o loiro dizia tudo que a menina tinha vívido, ela sentia seus olhos marejarem, mas segurava o máximo que podia o seu choro. Antes do mais velho continuar, Mason invade a sala chamando aos gritos a sua amiga, fazendo todos ali reclamar com ele, contudo, o garoto ignorou os outros que não eram do seu interesse e puxou a sua amiga para ver o amigo distante.

O moreno estava na praia, mais especificamente, no mar. Antes de irem, ele disse que não iria entrar na água salgada, pois seria muito difícil hidratar o seu cabelo para voltar ao seu brilho natural de antes — palavras dele. A garota chega na praia e encontra os familiares do menino, porém a mesma deu falta do garoto e logo foi apontada a direção que o menino encontrava-se.

— Oi! Miguel! — a garota grita animada para o menino de costas que vira em sua direção, deixando a menina paralisada e sentindo o seu coração acelerado por lembrar do antigo amigo.

— Ah... S/N! — grita o mesmo e corre em direção a menina, pegando a mesma no colo e girando-a no ar, depois abraçando a mesma que parecia estar paralisada — Ué... O que foi? — pergunta para a menina.

Todas as palavras que conhecia havia sumido da cabeça da garota, ela não sabia como descrever o misto de emoções que sentiu ao ver o moreno e como ele era idêntico ao seu amigo do passado. Na verdade, a maioria dos seus amigos eram parecidos com seus outros amigos, mas o mexicano havia mexido com a menina e por incrível que pareça — ou não, Miguel também mexeu com a garota.

— Miguel... É que você é muito parecido com...

— Robin Arellano? — interrompe a menina que o encara confusa, questionando como ele sabia sobre o mexicano — Aliás... Bonita a corrente, tens muito bom gosto... S/s.

O garoto lança um sorriso convencido para a menina que segura a corrente fortemente olhando para o menino assustada, era ele. Contudo, antes de poder falar alguma coisa com o mesmo, é interrompida pelo próprio menino que a puxa em direção as águas salgadas da praia.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora