𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒ

𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

Vocês não gostavam um do outro, mas uma situação foi capaz de mudar tudo.

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

NÃO ERA NOVIDADE para ninguém na cidade que os jovens se odiavam, mas a única coisa que intrigava os fofoqueiros de plantão era o motivo para isso. Suas famílias são amigas e se tratam muito bem, os jovens tem amigos em comum o que deveria aproximá-los, portanto ainda continuam a se odiar do mesmo jeito.

Finney infelizmente sempre estava entre os inimigos quando saíam juntos, ouvindo os xingamentos que trocavam entre si e às vezes até achava um pouco de graça da situação, mas em outras, pegava sua bicicleta e ia embora deixando os estrangeiros em sua discussão.

— MÃE! EU NÃO TÔ ACHANDO MINHA MOCHILA! — grita a menina para a mais velha. A mulher retribui o grito falando que estava em cima do guarda-roupa, mas a menina já tinha achado debaixo da cama — PRECISA MAIS NÃO!

Enquanto a menina arruma-se para ir a escola, Finney e Robin espera a mesma em frente a sua casa, mas o loiro teve que aguentar as reclamações do amigo mexicano e o de bandana tinha bastante coisa para falar.

— Não é possível, essa hija de madre! Nunca vai sair de casa, não? — o moreno olha incansavelmente para a porta enquanto balança a perna freneticamente.

— Tenha um pouco mais de paciência Robin — fala o loiro — Ela daqui a pouco já vai sair — tranquiliza o amigo.

S/n conseguia ouvir as reclamações do mesmo, por isso tomava seu café da manhã tão lentamente que até sua mãe reclamou com a mais nova, já que se a mesma demorasse mais um pouco o portão da sua escola fecharia.

— ¡VAMOS CHICA! — a menina ouve a voz do mexicano, pelo seu tom dava para ver que já estava estressado, mesmo que o dia ainda nem tenha começado direito.

A menina sai de casa e abraça o loiro, depois levanta o dedo do meio para o mexicano que minutos antes tinha chamado-lhe de lerda e logo uma discussão foi iniciada pelos mesmos. Finney respirava profundamente e pensava o que fazia ali com eles, mas tentou fortemente ignorar.

— S/N, O CARRO! — o loiro grita a tempo e o mexicano puxa a menina rapidamente para a calçada.

A menina ficou muito próxima do mexicano que não prestava muita atenção no que estava acontecendo bem a sua frente, mas sim no carro que tinha acabado de passar e por quase ter matado alguém, e isso fez o garoto xingá-lo até sua última geração. O coração da garota começou a bater rapidamente e sua respiração ficou desregulada, fazendo a mesma se perguntar o que estava acontecendo e se foi por causa da sua quase morte.

Após um tempo, o trio chegou a escola e todos sabiam o que iria acontecer naquela manhã, já que era quarta feira e a menina tinha todas as aulas junto ao mexicano.

Ambos são bastante briguentos e sempre tiveram uma resposta para tudo, essa é uma das muitas coisas que eles têm em comum mas fingiam que não. A diretora do espaço escolar sempre via os mesmos com uma frequência maior quando era quarta, esse era um evento tão rotineiro em sua vida, que até tinha ganhado um espaço na agenda da mulher.

Robin começava com as provocações para a menina, jogando bolinha de papel na mesma ou às vezes chamando a garota por terceiros e fingia que nunca chamou a mesma, mas hoje ela não caiu em suas provocações, pois tentava convencer a sua cabeça que aquilo que tinha acontecido mais cedo era porquê quase tinha morrido e nada mais.

Donna percebeu a perna trêmula da amiga que faz dupla, elas tinham apenas os primeiros horários juntas e depois se viam apenas na próxima segunda, e nos intervalos que acontecia nos dias, mas mesmo assim conseguiram se tornar boas amigas.

Muitos achavam que essa amizade não duraria, já que os pais dão bastante liberdade para S/n e isso fazia a garota ser alvo de fofocas maliciosas, mas Donna não se importou com isso e foi conversar com a menina. Garanto a todos que ela não se arrepende de sua decisão.

— S/n, o que aconteceu? — pergunta a garota. A menina estava no mundo da lua que nem conseguiu ouvir a pergunta da amiga, que estalou os dedos para conseguir chamar sua atenção — Tá vendo! Você não prestou atenção!

— Não é nada, relaxa Donna — mente ridiculamente para a sua acompanhante.

As provocações de Robin não deram certo por toda a manhã, não importava se o mesmo xingasse a garota ou jogasse bolinhas de papel, a menina simplesmente ignorava o mesmo. Ele achava que a menina estava fazendo de propósito, para provocá-lo e isso o deixava furioso, já que ela estava conseguindo o que "queria".

— Finn, ela deve está planejando alguma coisa contra mim! — Robin falou para o amigo no banheiro.

— Aham — diz ironicamente o amigo indo em direção a pia — Robin, ela só deve ter cansado disso ou alguma coisa pode está acontecendo. Nada demais — fala tranquilizando.

A tentativa falha do garoto de ajudar o amigo, fez o mexicano ficar ainda mais preocupado com a menina, mesmo ele não admitindo isso, já que — graças ao loiro, a possibilidade de ter algo ruim acontecendo com a garota surgiu a cabeça do mexicano e incomodava-lhe de maneira confusa.

Finalmente, o sinal bateu e as crianças saíram da sala rapidamente indo em direção a suas casas. S/n não percorria o mesmo caminho que os garotos quando voltava, por motivos ainda desconhecidos pelos mesmos. O caminho que pegava na volta era mais curto, portanto ainda era mais deserto, mas isso não incomodava a menina.

— Ei! — fala uma voz conhecida — O que tá acontecendo? — confronta o mexicano para a garota que o encara.

A garota já tinha pensado em todas as possibilidades que existiam no mundo e o amor foi uma delas, mas foi uma das primeiras a ser descartadas já que a menina brigava frequentemente com o mexicano. Porém, a mesma não poderia negar que tinha algo mudando em sua relação com ele.

O mesmo acontecia com Robin, ele sabia que seus sentimentos estavam mudados já fazia um certo tempo, mas aparentemente ficaram ainda mais fortes naquela manhã.

A mudança era boa para os dois, mas ambos não sabiam disso, infelizmente, não entendiam o que estava mudando e o porquê de estar mudando.

•━━━━━━━ END ━━━━━━━•