𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Vocês não gostavam um do outro, mas uma situação foi capaz de mudar tudo - 3

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

AS MULHERES FALAVAM sobre o ocorrido com os policiais do turno. Robin tinha sido levado ao hospital mais próximo e estava com seguranças na porta do seu quarto, para caso o sequestrador queira visitar o mexicano.

Quando deu entrada no hospital, o garoto estava desacordado e depois de acordar ficou desorientado por um tempo, mas horas depois conseguiu lembrar com clareza o que tinha acontecido e agora teria que responder as perguntas dos investigadores.

— Eu estava andando e vi uma van, mas eu achei que era algo normal, já que estávamos em um estacionamento — contava o garoto até um dos policiais o interromper.

— Diga-me, achou normal uma van em um estacionamento deserto e um homem mascarado? — perguntou irônico ao mexicano.

— Se você não me interrompesse! — responde impulsivo e recebe um beliscão do tio — ¡Eso dolió!falou para tio colocando a mão no local.

— Era para doer mesmo! Respeite as autoridades! — repreende o mais novo que suspira profundamente.

O garoto contou que dias atrás ele tinha visto van, mas ela não fez nada com ele e por isso pensou que seria igualmente aos outros dias. O menino disse que o homem queria uma avaliação sobre seu truque de mágica, ele negou de primeira, mas o sequestrador disse que seria breve e isso fez o mesmo aceitar.

O homem perguntou ao mais novo se queria um balão que tinha na sua van e ele aceitou, pois não queria parecer mal-educado, porem o homem tirou todos os balões e tentou sequestrar o menino, mas viu que esse método não daria certo com o mexicano. Assim optou pela força bruta, conseguindo borrifar o spray na boca do menino e o resto todos já sabem.

O mexicano não demostrava nenhuma reação, mesmo com todo o nervosismo e com o medo que agora sentia. O menino se perguntava aonde encontrava-se sua bandana, mas logo sua pergunta é respondida pela menina que o ajudou.

— Boa noite — diz a menina acompanhada de sua mãe — Você estava segurando isso... Seu idiota — falou a menina.

A garota forçava-se a xingar o menino, não queria ninguém especulando — o que ela já admitiu, seu amor pelo garoto rival. O menino sorriu ao ver o pedaço de tecido, mesmo que ainda sujo por causa da briga que teve mais cedo.

Gracias, chica — falou o mesmo com o olhar mais concentrado nela no que na bandana que tanto perguntava-se aonde estava.

A mulher na sala era esperta e conhecia muito bem a filha para saber o que passava-se em sua cabeça, logo falou para a mesma ficar fazendo companhia ao Arellano e que ela estaria do lado de fora com a família do mexicano. Claro, a garota ficou feliz, portanto demonstrou o sentimento contrário do que sentia.

Apesar de ter admitido que gostava do menino, ela não queria aceitar e faria de tudo para o sentimento desaparecer rapidamente do mesmo modo que surgiu, pois sabia que nunca seria recíproco e isso seria mais um motivo para as provocações do mexicano.

— Sabia que te falta inteligência? — provoca a garota e faz o mexicano revirar os olhos — Não, me fala, me fala! Quem vai em direção a uma van em um lugar deserto?

— Eu já disse que vi a van várias vezes! — respondeu o garoto — Não me enche, garota.

— Do mesmo jeito! — o mexicano percebeu uma coisa diferente. A voz da menina está trêmula e parecia que segurava o choro.

As lágrimas começaram a cair involuntariamente no rosto da menina. A garota não queria mostrar-se venerável na frente da pessoa que até semanas atrás era seu inimigo, mas a mesma sentia uma enorme angústia no peito e um medo indescritível por ela e por ele.

Robin chamou a mesma para deitar-se com ele na maca e abraçou a menina, ele achava que era apenas preocupação com a garota e por isso sentiu empatia por suas lágrimas, nada além disso.

Depois de um longo período de tempo, a mulher entra no local e ver os dois jovens dormindo juntos, bom, era o que ela pensava ao menos, já que o mexicano apenas fingia dormir.

— Minha filhinha tá tão crescida — a mulher fala acariciando a bochecha da menor — Finalmente, encontrou o seu primeiro amor... O mais estranho, é que você sempre odiou ele.

O menino levanta-se surpreso e a mulher assusta-se graças ao mais novo, fazendo ambos se encararem confusos. Robin não esperava saber disso e nem a mais velha esperava revelar o segredo da filha, mas esse foi um infeliz acidente que agora teriam que esconder da menina.

A jovem aos poucos foi acordando e percebeu sua mãe parada encarando o mexicano e o garoto olhando surpreso para a mais velha, isso fez a garota estranhar e perguntar se havia acontecido alguma coisa enquanto dormia, mas sua mãe desconversou e rapidamente saiu do quarto.

— Ué... Adultos são estranhos — fala levantando-se da maca, ajeitando a roupa que vestia e passando a mão em seu cabelo para ajeitá-lo.

Robin não sabia mais como reagir perto da garota, ele não sabia o que faria com essa informação, como utilizaria ela ao seu favor... Ele nem sabia se iria querer utilizar isso ao seu favor. O menino sentiu algo bom quando descobriu que os sentimentos da menina iam além de ódio, muito além de ódio. Portanto, ele não queria magoar a mesma com sua confusão interna.

— É... Muito estranhos — diz regulando sua respiração e desce rapidamente da maca — Enfim, já é hora de você ir. Adiós niña, hasta mañana — fala empurrando a garota apressadamente para a porta.

Robin pediu ao tio para fazer uma ligação, tinha que contar a novidade para seu melhor amigo que pelo tardar já deveria estar na cama, mas ele ainda estava acordado assistindo um filme qualquer que passava. O loiro atende o telefone e fica achando que o mexicano brincava com sua cara, mas acreditou quando colocou o nome da mãe da garota no meio.

Infelizmente ou felizmente, o mexicano sempre escondia muito mal seus sentimentos por qualquer pessoa, ainda mais quando é um sentimento tão forte. O loiro soube de cara o que o garoto sentia, seu único sentimento era felicidade pela descoberta do amigo e torcia para ambos confessarem seus sentimentos um para o outro.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora